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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

DELÍRIO - de Olavo Bilac

                           DELÍRIO - de Olavo Bilac
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenezi.
No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
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Esta obra prima de Olavo Bilac deve ter causado furor aos moralistas da época.
Nicéas Romeo Zanchett
http://poesiaseroticas.spaceblog.com.br

A LIBERDADE SEXUAL FEMININA


                   A LIBERDADE SEXUAL FEMININA
As mulheres modernas deixaram para traz milenares conceitos e preconceitos. Seus últimos receios cairam por terra e finalmente se libertaram dos caprichos e da subserviência aos homens. Aos poucos elas foram conquistando uma liberdade cada vez maior e hoje exigem mais e melhor do amor porque já não são mais as antigas escravas submissas.
Mesmo passado tanto tempo do advento da pílula, muitos homens ainda estão assustados com esta nova mulher. Elas estão expondo à luz suas verdadeiras vontades e desejos que antes eram reprimidos e guardados apenas para si. Mas, por outro lado, os homens descobriram que as mulheres são mais ardentes que eles e quando estimuladas, transformam-se em verdadeiros furacões do amor.
A agressividade das mulheres é um fato nôvo ao qual alguns homens ainda não se habituaram. De eternas conquistadas, passaram a ser conquistadoras. No passado as mulheres que tomavam a iniciativa constituíam uma exceção e quase uma anormalidade. Hoje, ao se igualarem aos homens no jogo do amor, elas adquiriram nova personalidade e, ao mesmo tempo, um novo encanto. Não são mais passivas, mas não deixaram de ser meigas e belas.
O sexo é um instinto. Uma pessoa indiferente a esse instinto deve ter razões importantes para isso. Talvez uma das razões seja a velada guerra que, mesmo inconscientemente, continua existindo entre os sexos. As tenções da vida diária provocam um estado de irritação quase que permanente, e essa irritação acaba sendo despejada no parceiro ou parceira, influenciando assim, desastradamente, nas relações sexuais do casal.
A ambição pelo poder, pelo dinheiro e pelo prestígio social são substitutos  do instinto sexual. Vemos cada vez mais a sexualização do dinheiro, ou seja, o dinheiro considerado como uma conquista sexual. A razão desse fenômeno é que o homem joga com mais segurança na busca do dinheiro, que considera mais fiel que a mulher.  Pela mesma razão, podemos notar que muitos homens preferem o amor das prostitutas, porque com elas o jôgo é mais seguro e verdadeiro. Eles pagam e exigem o que querem.  As esposas exigem cada vez mais e torna-se mais difícil setisfazê-las. Temos como exemplo o caso do homem que chega extenuado do trabalho. Nesta condição ele não gostará de ser submetido a um duro teste para provar a sua masculinidade. No fundo, a maioria dos homens detestam e procuram evitar as mulheres que exigem sexo constantemente. Talvez isso ocorra pelas mesmas razões que fizeram as mulheres, desde a ancestralidade, submissas às vontades dos homens. É como se elas estivessem dando o troco. Entretanto, é importante observar que existe uma substancial diferença entre desejar e exigir sexo. Quando a mulher apenas deseja, pode tornar-se uma verdadeira companhia para o amor, mas a coisa muda de figura quando ela exige.
Sexo é um instinto cujo elemento básico é a busca do prazer. Um homem, mesmo forçado a ter relações freqüentes com uma mulher, pode sentir prazer, mas nunca será "aquele prazer" e, com o tempo, começará a odiar e evitar aquela mulher que para ele é insaciável. A constante exigência faz com que a relação do casal fique muito artificial e nada tem a ver com o desejo.
Muitos homens parece que estão indiferentes ao sexo. Há uma certa falta de sentimentos. Há homens incapazes de sentir desejo, paixão ou prazer. Vivem apenas para o sucesso profissional e completamente indiferentes em matéria de sexo. Já muitas mulheres de sucesso profissional desejam obter o prazer sexual com a mesma facilidade e prestesa com que fazem compras no shoping. Procuram uma completa satisfação sem terem  o cuidado de se prepararem emocionalmente para o ato. Embora falem sempre em felicidade e amor, essas mulheres modernas estão dando maior importância aos assuntos sexuais, mas os homens não estão conseguindo entender bem êste novo jogo e ficam perplexos e confusos.  
Uma vida sexual satisfatória depende basicamente  da capacidade de um dos parceiros expandir-se sexualmente em toda a sua plenitude e imaginação. Mas sem confiança mútua isso torna-se impossível. De modo geral, o marido teme comunicar as suas fantasias à mulher, pressupondo que vai chocá-la ou ofendê-la. Limita-se apenas a fazer aquilo que imagina que ela espera dele.  Esta falta de dialogo sincero acaba prejudicando o relacionamento e quando o homem deseja sentir um verdadeiro prazer, termina por procurar outra mulher. Com ela se sente animado a liberar-se de seus complexos, fazendo funcionar a imaginação sexual para realizar o que tanto deseja. Entramos aqui num campo muito diversificado, pois há imaginações diferentes para cada pessoa. Mas a verdade é que os instintos não são antinaturais, pelo contrário, são necessários a uma vida sexual satisfatória e sadia.  
Sempre se disse que o casamento é uma instituição fadada ao fracasso e que brevemente as pessoas não mais passarão pelo cartório ou pela igreja. Até certo ponto isto é verdade, pois o que vemos é um crescente número de uniões sem qualquer tipo de compromisso moral ou econômico. Isto, porém, não quer dizer que os homens não confiam mais nas mulheres. É que muitos homens e também mulheres, não querem mais ter a sensação de estarem presos a determinada pessoa. Em muitos casos é por experiências anteriores que procuram não repetir. Um dos fatores que mais tem contribuido para esse novo modelo de casamento é a severidade das leis do divórcio. O homem não se conforma quando pensa que terá de sustentar uma mulher que não é mais sua e que nada mais significa em sua vida.
De modo geral,  ainda hoje, os tribunais querem sempre castigar o homem cujo casamento fracassou. E sua pena é pagar. As leis ainda se baseiam no falso mito do sexo fraco e acabam sempre favorecendo a mulher.
Embora muitas não concordem, não se pode negar que é uma contradição: as mulheres lutam pela igualdade de direitos, mas na hora de obter o divórcio tranformam-se em seres desiguais, fracos, medrosos, que necessitam de apoio para viver. Tal atitude não é apenas hipócrita, mas também inconseqüente. Antigamente esta inconseqüência era um dos charmes femininos porque as leis não eram tão parciais.  Hoje, o homem teme permanentemente que a mulher uso o sexo apenas para ter direito a seu dinheiro e garantias futuras. Esta questão é muito importante e pode levar o homem moderno não apenas à indiferença, mas à própria impotência ou desinteresse. 
O casamento perde o sentido quando o casal não deseja ter filhos. Se não deseja ter filhos, para que casar? O melhor é apenas viver juntos até o dia que for conveniente para os dois. O movimento hipie pode ser considerado como o início desta tendênca. Ele tem um significado mais profundo, pois baseia-se na sua revolta contra a hipocrisia. 
Com erros e acertos, a verdade é que homens e mulheres sempre estarão juntos. O importante é  encontrar o caminho que possa formatar um relacionamento prazeroso. Este caminho passa, necessáriamente, pela sinceridade, pelo diálogo franco, pela fidelidade, pela compreenção e pela tolerância que molda a convivência no dia a dia de um casal. 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://amoresexo-volume1.blogspot.com.br

domingo, 16 de dezembro de 2012

O VIAGRA NÃO EVITA E NEM CURA IMPOTÊNCIA

           O VIAGRA NÃO EVITA E NEM CURA IMPOTÊNCIA
Quando o pênis está relaxado e não há nenhum tipo de excitação sexual, a quantidade de sangue que entra pelos vasos sangüíneos do corpo esponjoso é a mesma que sai.
Quando o cérebro recebe um estímulo sexual, células do corpo cavernoso do pênis liberam óxido nítrico. Este óxido atua sobre a molécula chamada GMP (guanosina monofosfato cíclica), responsável pela dilatação dos vasos e relaxamento do corpo esponjoso, o que permite a ereção. Mas a enzima PDE5 (fosfodiesterase 5) pode estragar tudo, inativando a GMP cíclica. Quando isso ocorre, a mesma quantidade de sangue que entra sai do pênis e ele não fica ereto o suficiente para a penetração na vagina.
O Viagra age bloqueando a PDE5. Com isso, a GMP cíclica volta a entrar em ação. Desse modo, os vasos do corpo esponjoso se dilatam para o sangue entrar até o ponto de expandir o tecido erétil e comprimir as veias que fazem o sangue sair do pênis. Com as veias comprimidas o sangue é bloqueado dentro do corpo esponjoso e o pênis se mantém ereto. Mas o estímulo sexual, que inicia todo o processo, é fundamental para a ereção.

A pílula facilita a ereção, mas não evita a impotência  em casos como a obstrução das artérias de membros inferiores.
O processo da ereção depende diretamente da excitação do homem. O Viagra não é um excitante e nem atua sobre o sitema nervoso central.  Ao agir de modo específico sobre o corpo cavernoso, que é o tecido erétil do pênis, a droga facilita a ereção, mas não a provoca se houver causas psíquicas ou orgânicas impedindo o estímulo sexual.
A disfunção da ereção pode ser vista como um problema global, que envolve o corpo e a mente. Tudo depende do estado físico e mental do indivíduo. Assim sendo, uma preocupação, cansaço, ou estresse podem neutralizar o efeito do Viagra pela falta de excitação que é componente indispensável para que o mecanismo da ereção funcione. Um paciente deprimido não consegue ter uma vida sexual normal. Da mesma forma um homem que se excita com uma parceira mas não com outra, também não terá sucesso com a pilula. Observe como a excitação é importante para que o pênis fique ereto. Muitos homens se excitam normalmente, mas, mesmo assim usam o Viagra. Nesse caso ele funciona como um estímulo psicológico; uma espécie de efeito placebo.
O remédio pode dar bons resultados quando o homem tem a ereção mas perde, durante a relação sexual, por um problema chamado fuga venosa. Neste caso, o sangue foge do pênis, não ficando nele o tempo necessário para que a ereção seja mantida até o orgasmo. Como o Viagra tem a propriedade de concentrar por maior tempo o sangue na região genital, pode ajudar na impotência. Mas até 70% dos casos são de origem psicológica e neste caso o efeito do remédio também é apenas psicológico e não necessariamente de efeito químico. Ele produz um estado de segurança para o indivíduo que sem ele se sente inseguro e temeroso. É a tal impotência psicológica que afeta homens organicamente saudáveis, mas psicologicamente enfermos.
Há vários motivos que causam impotência, como a anemia, o diabetes não controlado, a insuficiência renal, baixos níveis de testosterona e a atrofia dos testículos. É preciso investigar bem as causas do problema, para que se possa tratá-lo adequadamente. Se ouver obstrução das artérias cavernosas, por exemplo, não adianta tomar Viagra pois o pênis não enrijecerá.
Basicamente a droga só funciona, com seu efeito químico, em casos leves de impotência, em que o pênis não fica rígido o suficiente para penetrar na vagina. E isto pode acontecer com homens de qualquer idade, inclusive jovens. Os jovens também apresentam problemas sexuais, sobretudo devido à ansiedade quanto ao desempenho. Nestes casos o tratamento deve ser estritamente psicológico e não químico.
A rigidez do pênis é resultado de um complexo mecanismo de que participam os sistemas neurológico, vascular, hormonal e psicológico.  Para se utilizar a terapia adequada é indispensável a identificação  correta da perturbação que a provoca. Sem isso, qualquer tratamento  irá fracassar.
Hipertensão, doença coronariana, tabagismo e traumas pélvicos podem levar à impotência. Só o médico, depois de avaliar todas as possíveis causas da impotência, irá diagnosticar e prescrever o tratamento certo.
Nicéas Romeo Zanchett.
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

HPV - PAPILOMA VIRUS HUMANO -(human papillomavirus)

                               HPV - PAPILOMA VIRUS HUMANO
                                            (human papillomavirus)
O HPV é um virus que também é sexualmente transmissível. Muitas pessoas os confundem com o HIV, mas não tem nada a ver.
Ele infecta tanto as mulheres como os homens. Nas mulheres ele ataca principalmente a pele da vulva (área externa do órgão genital), a região em torno do anus, a vagina e o colo uterino. Um dos maiores problemas é que ele pode passar despercebido, exceto pela presença de corrimento, uma coceira na vulva e verrugas.

O virus também atinge os homens, contudo, a infecção permanece latente, isto é, não se manifesta através dos sintomas mais comuns. Entre estes sintomas estão pequenos tumores benígnos (ou verrugas), que se concentram na área genital. As verrugas masculinas crescem em torno da entrada da uretra e do anus, bem como nas áreas do pênis em que há atrito com a vagina. Apos o contato sexual,  podem levar oito meses para se manifestar e neste periodo o homem tem a oportunidade de espalhar o virus às suas parceiras sem se dar conta do problema.

As vítimas preferenciais do virus são as mulheres, sexualmente ativas, na faixa etária entre 15 e 25 anos. Pesquisa indicam que atinge entre 3% e 5% da população em idade reprodutiva. O contágio se dá principalmente através do sexo oral, vaginal e anal. Também pode ser transmitido por objetos úmidos, como toalhas de banho ou biquínis compartilhados por mulheres. Outra forma de transmissão, muito rara, ocorre durante o parto normal, com a mãe infectada contagiando o bebê. Se não for diagnosticada e tratada a tempo, evolui até se tormar muito grave. É considerada a doença mais comum em todos os países. Nem sempre a doença é identificada logo, já que há casos em que ela se manifesta não através das verrugas, mas através de manchas esbranquiçadas ou lesões redondas e pequenas, do tamanho da cabeça de um alfinete.
É muito comum que as pessoas, ao descobriem que estão com a doença, entrem em pânico imaginando tratar-se do terrível HIV, mas esta é perfeitamente tratável.
O virus é altamente transmissível. Cerca de 75 % das pessoas que têm contato sexual com um parceiro infectado desenvolvem HPV dentro de três meses. Ele está presente em mais de 90 % de todos os casos de câncer do útero. Mas só as mulheres infectadas que não se tratarem estão em risco de desenvolver o câncer. Uma lesão inicial leva no mínimo dez anos para se transformar em câncer. Isso reforça a importãncia do exame anual preventivo - PAPANICOLAU.

O resultado anormal do primeiro exame não significa que a pessoa esteja com câncer. Muitas vezes o diagnóstico pode ser feito durante o exame ginecológico, sobretudo se as verrugas forem visíveis a olho nu. Toda a vez que um exame preventivo (chamado Papanicolau) verificar que há alguma anormalidade com as células da área genital, o passo seguinte é fazer um exame mais apurado, chamado colposcopia, seguido de biópsia dos tecidos. Mas não se apavore, peça orientação a seu médico e não se impressione com palpites de amigas. A maioria das mulheres com HPV "não" está à beira de um câncer de útero. Uma vez diagnosticado, o vírus é facilmente tratado, mas é importante que este diagnóstico não seja tardio. Existem outros fatores que se associam ao câncer de colo de útero, entre eles a carência de vitaminas C e D, o uso descontrolado dos contraceptivos orais, os partos múltiplos e a falta de exames ginecológicos anuais. O exame ginecológico anual é essencial, pois permite que o vírus seja diagnosticado e controlado antes que se torne um caso mais grave.
Muitas pessoas expostas ao vírus não ficam doentes porque seu sistema imunológico está mais fortalecido. Mulheres com doenças que prejudicam sua imunidade - como Aids - e que tem HPV devem ser tratadas imediatamente, pois a baixa imunidade permite o agravamento da doença.
Quando o HPV é detectado, a mulher deve fazer o controle para o resto da vida, pois o vírus, mesmo ficando latente durante certos períodos, pode retornar, sobretudo em fases de baixa imunidade do organismo. Além disso, a presença do HPV aumenta em 16 vezes o risco de câncer.
Existem cerca de 80 subtipos diferentes do virus HPV, mas a maioria são benígnos. Há inclusive alguns associados às verrugas comuns da pele (por exemplo, as verrugas que nascem nos pés).

As pesquisas tem se concentrado num grupo pequeno, os que produzem mais risco de malignidade. Os subtipos  de maior risco são o16 e o 18. O HPV-16 é uma das formas mais agressivas do microorganismo; acredita-se que ele seja responsável por cerca de 50% dos casos de câncer do colo do útero em todo o mundo. Os tipos 6 e 11 são os de mais baixo risco.
O exame é feito por um ginecologista de forma rápida e indolor. O médico colhe material da vagina com uma espátula descartável. O material é enviado ao laboratório para análise. Lá é examinado ao microscópio, o que permite detectar alterações nas células da superfície do colo do útero. Se a "displasia"(nome que os médicos dão às alterações pré-malígnas) for grave, pode ser feita a colposcopia (exame microscópico muito mais preciso) e a biópsia do tecido.
Principalmente os jovens namorados, com vida sexual ativa, talvez por constrangimento, evitam falar no assunto. Mas é importante ressaltar que a única prevenção contra o vírus  do "papiloma humano" é a mesma para qualquer doença sexualmente transmissível: o preservativo, ou camisinha, usado durante as relações sexuais.

Também entre as pessoas mais velhas e experientes ainda há muita gente com vergonha de tocar nesse tema.  Alguns homens com lesões anais jamais mensionam às mulheres que já tiveram relações homossexuais. Com isso colocam as parceiras em risco de contrair tanto o HPV quanto o HIV. E, por incrível que possa parecer, há mulheres que não exigem o uso da camisinha, embora desconfiem do comportamento promíscuo dos parceiros. Os homens, por sua vez, deveriam ter mais consciência e tomar os cuidados necessários, mesmo que sua mulher não exija. Depois que o casal se acostuma ao uso da camisinha tudo fica muito natural. É como se ela nem existisse.
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Este artigo não é um documento médico-científico. É apenas uma contribuição, viabilizada por pesquisas sobre o tema, em linguagem simples para facilitar o entendimento por pessoas leigas.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ORGASMO SIMULTÂNEO

                                 ORGASMO SIMULTÂNEO
Quando se fala em sexualidade os mitos estão sempre presentes. São mitos quanto ao desempenho, quanto à satisfação, quanto ao próprio desenvolvimento do ato sexual em si.
O orgasmo simultâneo é possível, embora raro, porque pressupõe a coincidência de rítmos diferentes, mas parece ser mais um desses objetivos que grande parte das pessoas procura sofregadamente atingir. Ele pode ocorrer quando menos se espera, num momento saudável de comunhão de corpos e espíritos.
O orgasmo simultâneo tem muito do ideal romântico de um casal. Entretanto, não se deve estabelecê-lo como se fosse uma meta obrigatória, fundamental e essencial para a felicidade.
Para o casal chegar ao clímax junto é preciso harmonia de movimentos entre os corpos.
A excitação depende muito do visual e dos pensmentos de cada parceiro. O casal começa por se tocar mutuamente, manipulando seus orgãos sexuais, e assim dando tempo para que os dois se preparem e consigam atingir o orgasmo simultâneo, mas mesmo assim o rítmo de um ou do outro pode ser diferente. Isto acontece porque cada um está envolvido com o próprio prazer e muitas vezes não consegue dar continuidade a um movimento que está dando prazer ao parceiro. O que se sabe é que na maioria das vezes acontecem orgasmos consecutivos e não simultâneos.
A harmonia de movimentos proporciona uma relação mais intensa, com os dois parceiros se curtindo em profundidade. É natural que cada um possua seu próprio objetivo de prazer, mas tudo deve acontecer como numa dança, onde um tem que estar ligado no que o outro vai fazer.
Sabemos que a mulher tem um rítmo de excitação mais lento do que o homem, mas isto não pode ser usado para camuflar algum problema mais sério como, por exemplo, o distanciamento do casal.
Na medida em que se aprofunda a afinidade, com o conhecimento de um pelo outro, as barreiras vão sendo destruídas, inclusive as sexuais, colocando o casal em comunicação através de uma linguagem comum que ajuda a encontrar o melhor caminho para chegarem juntos ao prazer do orgasmo.
Muitos homens, impulsionados pelo fator cultural, acham que devem sempre perseguir o ideal do orgasmo simultâneio. Na cama, muitas vezes apenas para impressionar, quando sentem que vão gozar e a parceira ainda está a caminho , começam a desviar a atenção para outras coisas. Essa distorção acaba prejudicando todo o prazer espontâneo que ele poderia tirar da relação. 
Os estudiosos Masters e Johnson estabeleceram quatro fases para o ato sexual: a excitação, o platô, o orgasmo e a resolução. O orgasmo simultâneo pode ocorrer quando os dois parceiros percorrem as fases de excitação e platô em igual tempo e caminham juntos para a etapa subseqüente num só nível de prazer. Mas, na maioria das vezes, um acaba tendo orgasmo antes, o que ajuda provocar o orgasmo do outro.  A visão do parceiro entrando em clímax é muito excitante e a participação no orgasmo de quem chegou primeiro é um gatilho para se alcançar o próprio orgasmo. Quando o homem chega primeiro ao orgasmo, que é o que geralmente acontece, a mulher pode se concentrar nas pulsações do pênis dentro de sua vagina e também na sensação do esperma sendo liberado e então chegar lá, quase juntos. Da mesma forma, um homem, quando sua parceira já teve orgasmo, pode se concentrar nas contrações espasmódicas dos múlculos em volta da vagina comprimindo e relaxando, e com movimentos do seu próprio pênis, neste momento, conseguir maior excitação e chegar ao orgasmo em seguida.
O momento exato do orgasmo sempre traz uma espécie de perda da consciência por alguns segundos e por isso acabam não curtindo juntos. Nessa condição, cada um acaba esquecendo-se do outro, mesmo que por poucos segundos, para só então se reencontrarem conscientemente.
Muitas casais pensam que estão tendo orgasmo simultâneo, mas na verdade são orgasmos consecutivos.
Nicéas Romeo Zanchett
http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br


INSTINTO SEXUAL

                       INSTINTO SEXUAL
Muitas mulheres imaginam que o homem está sempre pronto para o sexo. Seria o natural instinto do macho. Da mesma forma, muitos homens imaginam que a felicidade completa seria ter muitas mulheres ao mesmo tempo. É certo que os homens gostam de sonhar acordados com muitas mulheres e de olhar fotos lascivas, um tanto estonteados com a realidade. Na verdade, na vida real,  as coisas são bem diferentes.

Os homens e as mulheres têm atitudes bem diferentes sobre sexo. Os homens têm sua orientação sexual  no hemisfério cerebral direito, e são atraídos pelos olhos, muito mais que as mulheres. Ficam excitados com fotos sexy e olham mais as mulheres na rua do que elas os olham. Embora achem o prazer sexual menos difícil de entender do que as mulheres, parece-lhes absolutamente inconcebível  uma mulher gostar de sexo sem orgasmo.  Tendem a ser mais confiantes sobre sua "performance" como amantes.
Já as mulheres têm orientação sexual no hemisfério cerebral esquerdo, e são atraídas pelas palavras. Podem ficar excitadas com conversas e idéias românticas.  Têm medo de não serem boas amantes e receiam que os homens as queiram apenas para o sexo, sem amor. Apesar de conhecerem os métodos contraceptivos, elas são mentalmente programadas para estarem atentas a uma possível gravidez. É por isto que a presença do amor lhes parece tão importante na escolha de um parceiro. Daí a importancia que dão à durabilidade de um relacionamento. Elas sonham com amor eterno e eles sonham com sexo sem compromisso.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br


domingo, 2 de dezembro de 2012

AS DIFERENÇAS ENTRE EROTISMO MASCULINO E FEMININO

                  DIFERENÇAS ENTRE EROTISMO MASCULINO E FEMININO
O relacionamento de um casal deve sempre levar em conta as fundamentais diferenças que existe entre os dois parceiros. Principalmente o homem, nunca pode esquecer que está diante de uma pessoa cujos sentimentos são muito diferentes dos seus. Para começo de conversa, a mulher age sob o impulso dos hormônios femininos e o homem dos hormônios masculinos. Isto por si só basta para dizer o quanto é importante usar a sensibilidade diante da parceira.
O erotismo masculino é ativado pela forma do corpo, pela beleza física, pelo fascínio, pela capacidade de sedução da mulher. Não pelo reconhecimento social, pelo poder, pela posição social. Se um homem tem a passibilidade de escolher, para fazer amor, entre uma mulher importante ou famosa, mas não tão bela e outra comum e simplesmente linda, não terá dúvida em escolher a segunda.  
Na mulher tudo é diferente. Elas não procuram homens bonitos, mas sim aqueles que tiveram mulheres bonitas. Tendem a uma permanente competitividade entre si. O erotismo feminino é profundamente influenciado pelo sucesso, pelo reconhecimento social, pelo aplauso e, principalmente, pela classificação no elenco da vida. É por essa razão que se sentem atraídas por artistas famosos, homens carismáticos, lideres religiosos ou com alta posição social e poder. Eles são amados, mesmo que seja fraternalmente, por muitas outras mulheres e isso desperta o erotismo feminino.  As feministas esplicam esse fenômeno com o fato de que foi sempre o homem que mobilizou o poder. A mulher, dizem elas, ao longo dos milênios, aprendeu a erotizar a proteção do poderoso. Entre os mamíferos superiores, a fêmea entrega-se ao macho que derrotou os rivais e domina o território. Entre humanos pode ser verdadeiro como fato antigo, mas, com a igualdade entre os sexos, esta situação tende a lentamente desaparecer.
Resumindo, pode-se dizer que o homem sonha com mulheres diversas, enquanto a mulher vive paixões com um único homem, mas absolutamente extraordinário.
Não há dúvidas de que o homem ama a variedade e a mulher, ao contrário, busca um amor eterno. O primeiro sonha com um corpo sensual, a segunda, com uma relação amorosa duradoura, até que a morte os separe. Sertamente a mulher é mais possessiva, persistente e fiel com seu escolhido. Para ela a masculinidade é um atributo físico e social. O simples olhar, um gesto de comando, o modo de falar, o carro esporte, o odor, a superioridade, são fatores que nunca passam despercebidos.  Em sua forma benévola, suave, a masculinidade se apresenta no arquétipo do príncipe encantado.
Entretanto, se o encantamento dependesse apenas das qualidades reconhecidamente sociais das pessoas, todos os homens se apaixonariam unicamente pelas mulheres belíssimas, e as mulheres unicamente pelos homens poderosos e famosos. Isso realmente não acontece. Há portanto, aqui, uma oposição erótica pelo lider poderoso, que se dirige a um objeto coletivamente reconhecido, e o enamoramento, que envolve a individualidade por si mesma. O enamoramento subverte os valores sociais, as hierarquias reconhecidas. Quando está apaixonada, a mulher ama até a pequenez, os defeitos, as fraquezas, a fragilidade do amado. Ama-o como ele é, não levando em conta a opinião do resto do mundo. Seu amor posiciona-se acima da opinião coletiva. Toda a mulher procura encontrar o herói no amado.
O correspondente feminino do poder é a grande beleza. Nela se oculta uma terrível carga competitiva. As mulheres já perceberam, com estupor e inquietude, que freqüentemente os homens tem medo da beleza feminina. A mulher muito bonita sempre desperta desejo, mas também desconfiança e temor. Por essa razão, homens bonitos, inteligentes, cheios de qualidades, com muita freqüência se casam com mulheres feias ou apenas agradáveis. O gosto não mudou, mas aprenderam a desejar algo mais modesto, mais ao seu alcance e, principalmente, que lhe dá segurança. 
A grande beleza é atraída inexoravelmente pelo poder, e o poder tende a monopolizá-la. A sedução feminina tende a produzir uma emoção erótica indelével. Mesmo quando se trata de apenas uma aventura, um único encontro, provoca no homem um desejo que se acende como uma tocha. 
A observação objetiva e sem preconceitos da realidade nos mostra que existem apenas algumas categorias de homens que possuem mulheres belíssimas: astros famosos, alguns milionários, grandes atores, poderosos diretores, líderes carismáticos e até gangsters. Quem pretende a mais bela deve estar sempre disposto a defendê-la a qualquer custo. No poema de Goethe, quando Fausto encontra a bela Helena, é obrigado a conquistar Esparta e derotar Menelau numa guerra. Esse profundo vínculo ansestral, mas sempre vivo e renovado, torna os homens comuns mais prudentes.  
Ao seduzir um homem a mulher quer, acima de tudo, produzir um enamoramento, suscitar nele um desejo permanentemente e renovável. Porém sua meta última não é o ato sexual, mas sim despertar-lhe um encantamento e fixá-lo sobre si. Por essa razão o estímulo sexual deve ser, ao mesmo tempo, recusa, obstáculo. O estímulo apressado em consumar a satisfação sexual não é um encantamento, mas sim o esquecimento, o desinteresse. Isto acontece porque aceita o fim do estímulo. O encantamento é o contrário do obsceno
O macho, quando pensa na conquista, tem em mente a relação sexual sem continuidade. Para seduzir um homem a mulher precisa de bem pouco artifício. Basta levantar a saia, deixar que entreveja seu seio, sussurar-lhe que o deseja e ele imediatamente se acende, pronto para fazer amor. No erotismo masculino o que conta é a intensidade do encontro sexual. Tem, portanto,  um princípio e um fim. Ele vê tudo como uma experiência regeneradora, da qual sai enriquecido, reforçado, feliz, realizado.   Já para seduzir uma mulher a tarefa não é tão simples. Ela tem em mente a emoção erótica que o faça desejá-la para sempre. Ela não quer apenas uma conquista, mas sim um romance, uma continuidade. Sempre de disse que toda a mulher espera pelo príncipe  encantado que virá despertá-la. Ela o espera para mostrar-lhe uma beleza que ele desconhecia e fazê-lo experimentar desejo e paixão. Quer fazer-se desejada, ser lembrada para sempre. Age toda no presente, mas tem os olhos no futuro.
 O homem enamorado experimenta, às vezes, um sentimento de profunda tristeza pensando que o divino momento que vive está destinado a desaparcer, a perder-se no tempo. Durante a separação, continuará a pensar em sua amada. Às vezes sente mesmo um desejo lancinante. Se imagina tê-la perdido para sempre, sentirá uma angustia tão dolorida que o deixará completamente indefeso. A lembrança dela mora em seu coração.  Entretanto, se o homem não está enamorado, o desejo de revê-la dependerá da beleza do encontro. Se este foi muito gratificante, desejará encontrá-la outra vez. A sedução feminina tende a isso, mas o enamoramento profundo é um acontecimento raro, improvável. Além disso,  mulher tem dificuldade de reconhecê-lo com segurança. Tende a confundir o apaixonamento com a continuidade temporal física, coisa válida para ela, mas não para o homem. Diante dessa situação, a sedução feminina procura renovar-se, duplicar-se com o objetivo de exorciar o descontínuo que existe nele. Mas, assim fazendo, é obrigada a repetir o esforço e torna-se cada vez mais insegura.
A mulher é artífice de uma contínua transfiguração de si mesma e da sua casa. Quando inicia uma relação amorosa que lhe agrada muito, despreende uma energia incrível preparando-a, tornando-a atraente, confortável, acolhedora, para que seu homem ali encontre alegria e vida. A casa, seu ninho de amor, é verdadeiramente uma extenção de si mesma, de seu corpo.
O homem tem uma natureza de total despreendimento amoroso. Adormece facilmente apos o ato sexual, afasta-se, vai embora. Isto acontece até ao mais apaixonado dos amantes, ao mais puro dos heróis. Em algum lugar, sempre existe uma fonte de esquecimento ou de amor. Por essa razão a mulher está sempre vigiando o amado, seja ele marido ou amante. E nisso não há nada de marterno, como muitos imaginam. É uma reação primária, que pertence à sedução e ao erotismo da sedução. A mulher que quer manter seu parceiro cuida e procura manter vivo o amor, nela ou no próprio homem, sem jamais romper aquele fio tênue que é a atração erótica.
Todo o encontro luminoso é um fragmento de tempo, modificável pela fantasia, que sempre poderá ser lembrado como um acontecimento de vida.  
Nicéas Romeo Zanchett
http://poesiasselecionadas.spaceblog.com.br

domingo, 25 de novembro de 2012

O DECLINIO SEXUAL DO HOMEM

                    O DECLÍNIO SEXUAL DO HOMEM
Nenhum homem é imune às transformações orgânicas que gradualmente enfraquecem suas funções físicas, particularmente seu desejo sexual, à medida que envelhece. Depois dos vinte anos de idade, o inexorável declíneo da potência sexual masculina é um fato indiscutível, facilmente visível nas linhas estatísticas do comportamento humano.
Todo o homem de meia idade, independente de sua grande ou pequena satisfação sexual, tende a iludir-se para manter o jogo dos números a que estava habituado antes. Depois de  esquivar-se de algumas seções de amor, ele constata subtamente que a freqüência de suas relações sexuais vem baixando ao longo de vários anos. O declínio iniciado aos vinte anos, agora aos 40, já mostra sua indesejável presença. Num primeiro momento vem o desespero pelo temor da impotência. Depois tenta aumentar a média ao nível que mantinha no pleno vigor de sua juventude que, evidentemente, é uma causa perdida.
Os machos humanos sempre relacionaram a virilidade com atividade sexual. Na natureza de todos os animais, o macho sempre persegue e possui  a fêmea que o recebe, independente de sua agressividade ou motivação predominante. Este costume também era comum nos ancestrais humanos quando ainda caminhavam rumo à civilidade.  

Na sociedade civilizada, a agressividade converte-se em competição por influência, dinheiro ou prestígio. Aos quarenta ou cincoenta anos de idade, a maioria dos homens já fêz uma avaliação realista de suas possibilidades e acomodou-se a uma determinada posição, mas, mesmo sabendo que não conseguirão vencer o tempo,  muitos continuam a competir consigo mesmos. 
No filme "La Citá Delle Donne", de Federico Fellini, o ator Marcelo Mastroianni vive a fantasia do homem de meia idade num mundo dominado por belas mulheres. Enquanto elas dominam e impoem suas vontades e desejos mais profanos, o homem assiste a tudo inerte, muito confuso e atordoado. Tudo se assemelha a um livre espetáculo promovido por muitas e belas mulheres que não se preocupam com éticas morais e com a própria lei da física que não poupa o homem de meia idade colocando-o como o sexo menos favorecido.
Também no Filme " O Último Tango em Paris", o Ator Marlon Brando vive  a fantasia do homem de meia idade com a atriz Maria Schneider, sob a direção de Bernardo Bertolucci. Um drama erótico franco-italiano que provocou a íra dos puritanos e censura governamental em muitos países.
O ponto crucial do problema sexual do homem de meia-idade é a sua reação irracional, e muitas vezes desesperada, contra o índice decrescente de relações sexuais. Embora a baixa freqüência não seja um sintoma correspondente à perda de virilidade, a identificação psicológica que ele faz com a alta potência não lhe permite aceitar, sem conflitos, uma marca mais baixa no costumeiro índice de freqüência.
Fazer uma verdadeira estatística sobre a freqüência sexual dos homens de meia idade é uma tarefa muito difícil, justamente pelo fato que não haver aceitação da realidade. Mas, nos Estados Unidos, o pesquisador Kinsey mostrou que os homens casados, com idades entre vinte e trinta anos, tinham cêrca de um orgasmo a cada três dias. A partir de então, os números caíam em contínua tendência decrescente. Aos quarenta anos, a média era de menos de dois por semana. Aos cincoenta, mal chegava a um orgasmo por semana. A freqüência continuava decaindo e aos cincoenta e cinco mergulhava para menos de um por semana até cessarem  aos setenta e cinco anos. Estas estatísticas conincidem com outras nos Estados Unidos e Inglaterra da época.
Com o avanço da ciência médica, produtos como o Viagra, tentam prolongar a vida sexual do homem, mas esbarram em problemas como a própria saúde, que muitas vezes impendem seu uso. Mesmo para aqueles que podem usar de algum artifício para manter a ereção, é preciso considerar que isto não significa garantia de orgasmo. Com o avanço da idade, a capacidade de ter mais de um orgasmo por seção amorosa, cai pronunciadamente. A maioria dos homens com mais de quarenta anos é incapaz de atingir o clímax regularmente repetidas vezes. Com vinte e poucos anos, o homem pode se conservar no auge da excitação, sob contínuo estímulo erótico,  por uma hora ou até mais, mas por volta dos quarenta e cinco anos, raramente poderá reter a ejaculação por mais de vinte minutos.
O maior problema é que muitos homens, não sabendo o que lhes está contecendo fisicamente, entram em pânico imaginando sua perda de virilidade. Sua suposição se volta contra si, sente-se inseguro, e muitas vezes se agarra a qualquer coisa, em desespero, para estimular o apetite sexual. Muitos buscam a prova de sua própria virilidade na conquista de mulheres bem mais jovens que muitas vezes só fazem piorar seu estado emocional. A sensação de incapacidade, que começa a assaltar o homem que chegou aos quarenta e alguns anos mais, sem um sucesso decisivo em sua carreia profissional é muito semelhante na questão sexual. Hoje, pelas desconcertantes transformações das práticas de trabalho, há uma enorme frustração nas perpectivas que só aumentam suas dificuldade de adaptação. A capacidade profissional, adquirida por meio de longa experiência, de repente se torna obsoleta em face dos progressos tencológicos. Estas ameaças à sua posição fazem-no extremamente sensível  a qualquer indício de velhice. O mesmo ocorre com sua vida sexual. É preciso reagir e adaptar-se a nova realidade que se impõe a cada momento. O bom senso lhe diz que já não mais  possui a força e resistência de seus gloriosos anos. Entretanto, isso não significa que, tanto no trabalho como na vida sexual, tudo esteja acabado. Cada um poderá ter sua continuidade levando em conta as limitações que a idade impõe.
Nicéas Romeo Zanchett 
http://poesiasselecionadas.spaceblog.com.br

domingo, 18 de novembro de 2012

A VIDA SEXUAL DO CADEIRANTE

                     A VIDA SEXUAL DO CADEIRANTE
Falar da vida sexual de pessoas com deficiência física, em muitos sentidos, ainda é um grande tabu. Mas ultimamente o tema tem sido  muito discutido na sociedade e por especialistas.
A pessoa com deficiência física precisa reaprender a ativar sua sexualidade que ficou adormecida, mas que está em algum lugar esperando para ser descoberta.
Não existe uma forma única para orientação no sentido de reencontrar a satisfação sexual e isto deve ser trabalhado individualmente. Cada pessoa tem sua própria forma de pensar o sexo e quando, por algum motivo, tem sua vida sexual interrompida precisa redescobrir o prazer que sentia.
A palavra recomeçar pode ser o marco inicial para, a partir daí, descobrir sua própria sensibilidade erótica. A pele é nosso maior órgão sexual e se houve perda de sensibilidade em certos pontos é preciso encontrar outras formas para estimular o cérebro. A melhor maneira para se descobrir uma zona erógena é exercitando, buscando a sensibilidade possível nos mais variados pontos do corpo.
Cada deficiência física implica em variações de possibilidades e percepções do próprio corpo e também do parceiro. O sexo pode ser satisfatório se existir vontade e delicadeza de ambas as partes. A pessoa com deficiência pode, sem rodeios, conduzir o parceiro para as posições possíveis e mais agradáveis. De modo geral as posições mais confortáveis para o cadeirante são aquelas em que fica por baixo, de lado e também com as pernas abertas e barriga para cima. Se a deficiência já não permite mexer a cintura, uma boa solução é um travesseiro embaixo do quaril. O conforto e a sensibilidade devem dosar a relação. Quanto mais confortável estiverem,  melhores serão as chances de satisfação para ambos. Antes de iniciar a excitação é importante que o deficiente se sinta bem e seguro. Para tanto não devem ser esquecidos alguns cuidados básicos como: esvasiar a bexiga e estar com o intestino limpo. Isso evitará que aconteçam acidentes desagradáveis.

Muitos imaginam que um deficiente só pode manter relação com quem também tenha deficiência porque assim haverá melhor entendimento, mas isto não é necessariamente verdadeiro.  É muito importante que a outra pessoa tenha conhecimento básico sobre sua deficiência e como agora funciona seu corpo. Isso ajudará evitar constrangimentos e até possíveis danos a algum membro sem sensibilidade. Antes da relação devem falar abertamente do que gostam e como gostam que faça. A troca dessas informações pode garantir o sucesso ou o fracaso na hora do ato.
Uma relação com pessoa deficiente requer uma ação mais longa de cuidados, carinhos e preliminares.  Como sempre falei, sexo não é apenas penetração, mas sim um conjunto de possibilidades que podem levar ambos ao pleno prazer. Massagens com óleos perfumados, talcos e outros produtos especiais,  com toques localizados, podem despertar a satisfação e prazer por outras janelas sensoriais (visão olfato, audição, tato, paladar, podem potencializar o prazer para ambos).
É comum a pessoa sem deficiência física ficar perdida e com medo de machucar seu parceiro deficiente. Quem não tem deficiência, na prática, fica mais fácil conduzir a relação com o deficiente, desde que o conheça bem e saiba suas limitações e medos. 

Recomeçar a vida sexual apos um acidente é sempre difícil, mesmo para quem não perdeu a maior parte dos movimentos. Poucas pessoas sabem o básico sobre a sexualidade dos lesados. Os deficientes que tiveram lesão medular, por exemplo, que resulta na diminuição de sensibilidade genital, pode ter sua sexualidade dirigida para outras áreas do corpo e obter grande  prazer. O cérebro é um importante aliado. Ele continua sendo estimulado, muitas vezes em sonhos eróticos. Isto quer dizer que sua capacidade de sentir excitação continua como antes. O parceiro do deficiente precisa ser orientado para esta percepção e assim, juntos, conseguirão tirar o maior prazer de áreas do corpo que muitas vezes ficam esquecidas.
Na relação sexual de um cadeirante com outro com as mesmas deficiências, não dá para inventar muito, mas mesmo assim tudo pode ser maravilhoso. Basta que ambos entendam e aceitem suas proprias limitações, e assim, a potência sexual fluirá naturalmente.
Uma pessoa com paralisia cerebral pode ter as mesmas habilidades e sensibilidades que outra pessoa sem a lesão. 
Com todos os cuidados necessários, qualquer pessoa deficiente pode ter uma vida sexual ativa e prazerosa. Basta que nunca desista de buscar qualquer possibilidade de uma vida totalmente integrada.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

domingo, 28 de outubro de 2012

TOQUE DE AMOR

                                    TOQUE DE AMOR
A busca do amor inicia-se como uma jornada ao nosso íntimo e depois se manifesta em nossas demonstrações exteriores. 
Em nossas relações interpessoais, demonstramos o amor por meio de gestos  ternos, gentis, afetuosos. Revelamos o amor usando palavras positivas, solidártias e encorajadoras, mas confiamos mais nas expressões de amor manifestadas por contato físico.  Infelizmente nossa cultura impõe limites rígidos a nosso comportamento nesse aspecto. Dessa forma, nossa consciência social limita o contato físico a ocasiões simbólicas e socialmente aceitáveis. 
Um exemplo de comportamento limitado quanto a contatos físicos são as demonstrações públicas de afeto. Algumas pessoas as dão e outras não. Muitas vezes, os espectadores rejeitam os contatos físicos em público porque, em nossa sociedade, tudo o que vai além do aperto de mão ou do tapinha nas costas tem implicações sexuais. É bem verdade que, em certos casos, há implicações sexuais, e então os espectadores, percebendo que não se trata de um mero contato amigável e afetuoso, tem a impressão de estar diante de um show de voierismo. 
O amor é uma força motriz por trás da vida. Como, naturalmente, somos seres desprovidos de amor, nós o buscamos desesperadamente ou lamentamos o fato de ele nos haver escapado. Entretanto, contemos aquela parte do amor que é a mais confiável, mais satisfatória, mais confortadora a outro ser humano. Nos nos fechamos; guardamos nossas mãos e o nosso corpo para nós mesmos. Para nós, tocar é extremamente difícil, ainda que reconhecendo a enorme necessidade que temos de fazê-lo e, mesmo quando tocamos, é de modo insatisfatório.
Cada um de nos nasce com necessidades diversas. Uma delas é a necessidade de contato físico. Portanto, o contato físico não é apenas um estímulo agradável, mas uma necessidade biológica.
O toque revela  o verdadeiro sentimento em relação a determinada pessoa. Trata-se de uma atitude que não permite escondermos com facilidade o que sentimos. Na troca de palavras, podemos disfarçar nossas intenções por meias verdades, por ambigüidades, pode-se dizer uma coisa sugerindo-se outra bem difertente. Já o contato físico, não. Ele é tangível e fala diretamente ao coração. Não se pode dirfarçar uma emoção ao tocar alguém, a menos que a pessoa queira ser enganada. Quando paramos de amar ou retemos nosso amor, enraivecidos ou para castigar, é quando expontaneamente transmitimos nossos sentimentos  estabelecendo ou evitando contatos físicos.
Para alguém que esteja tendo um mau dia, um abraço apertado pode ser mais confortador do que todas as palavras de apoio que conseguíssemos externar. Receber uma pessoa com um abraço afetuoso é o mesmo que dizer: estou muito feliz em vê-la!
Do coração vem o amor e, do amor, o contato físico flui naturalmente. Certamente há muitas maneiras de amar e se relacionar com as pessoas. Como, também, há muitas barreiras à nossa liberdade de expressão na forma de consciência social.
O contato físico expressa-se sem palavras. É uma expressão física de nossa postura em relação ao mundo. Podemos dizer "não" se nos tocarem de forma imprópria e indesejada naquele momento especial. Portnanto, é mais importante podermos aprender a tocar com consciência, resepito e ternura.
Quando, ainda feto, vivemos durante nove meses no útero materno, e nossa pele foi constantemente estimulada por impactos rítmicos transmitidos através  do líquido aminiótico. Foi aí que tivemos nossa primeira experiência  com a estimulação tátil.

O bebê aprende a respeito do amor e do contato físico ao ser amado e tocado. Ele sente falta do calor, do suave movimento de embalo e da segurança que teve por nove meses. Só aos seis meses seus sentidos da visão, da audição e do tato separam-se. O contato físico acarreta muitos benefícios  à criança.  Conforme começa a se distinguir  do mundo que a cerca, ela expande seu conhecimento. Ao ser tocada, tocar objetos e explorar o próprio corpo as crianças descobrem as dimensões espaciais, os tamanhos, as formas, as texturas, o prazer e o amor. Os bebês reajem ao mundo através dos seus sentidos.  Já no primeiro ano de vida seu cérebro desenvolve 70 por cento de seu peso adulto. Quando estimulamos seu sentido do tato, estimulamos seu cérebro. 
Ao tocar o proprio corpo, uma criança contribui para sua imagem corporal. Essa auto-exploração liga-se à sensação do corpo e às reações dos outros a tal iniciativa. Os pais que desencorajam o filho quando à auto-exploração estão eliminando uma parte importante  do seu aprendizado. O contato físico proporciona à criança um forte senso de segurança psicológica, confiança, aconchego e bem-estar. Além disso ajuda a superar o medo e a sensação de isolamento. 

Na tumultuada adolescência ocorre muita confusão a respeito de amor e sexo, toques e afeto.  A necessidade básica de tocar e ser tocado, reprimida e desprezada por muitos anos, torna-se não apenas uma busca impessoal da satisfação sensorial, mas também uma busca simbólica de amor, de intimidade, de segurança, de aceitação, de aconchego e de confiança. O adolescente, encontrando geralmente bloqueadas as principais vias de satisfação tátil por contato físico junto aos pais e amigos, aprende buscar a satisfação por meio da exploração sexual. Faz experiências consigo mesmo e com os outros e, falhando, passa a evitar totalmente o contato com o grupo.   Além do medo do prazer e outros de origem freudiana, o medo do homossexualismo também restringe o comportamento no que se refere aos contatos físicos. Fora do domínio da atividade sexual, permite-se que as mulhers toquem outras mulheres mais do que a homens. Os homens, porém, evitam tocar pessoas do seu sexo. Dada a força crescente do movimento "gay", os outros segmentos da sociedade cada vez proibem e condenam mais o contato físico entre pessoas do mesmo sexo, principalmente entre homens. Muitos jóvens simplesmente recolhem-se à concha pessoal que é seu corpo. O que podemos observar é que a busca desesperada por sexo não se deve tanto ao ato em si, mas a uma necessidade de ser abraçado, ser tocado, ser tranquilizado de uma forma mais fundamental, de mergulhar no próprio corpo e encontrar gentileza, ternura e compreenção.
É natural que um jóvem com os hormônios superativados tenha necessidade de sexo, mas os toques e os abraços é o que mais importam. Muitos jóvens sentem medo de que a garota o considere "maricas", se ao menos não tentarem pressioná-la a fazer sexo.
Ao nos tornarmos adultos, perdemos muitas oportunidades de tocar. No geral, há menos contato com os pais, incluindo o físico, e sobram poucos amigos com os quais interagir. Nossa comunicação física passa a ser feita por palavras. O tipo e a quantidade de contatos na vida adulta varia de pessoa para pessoa e depende da idade, do sexo, da situação e do relacionamento entre os envolvidos.
Alguns casais gozam de um pouco de contato físico, ainda que apenas no intercurso sexual. Nossa sociedade volta-se cada vez mais para o contato pago ou licenciado. Pode haver muitos motivos para a procura dos serviços pagos, mas certamente o contato corporal, um subproduto, sem dúvida, pode servir para aumentar a freqüência do uso. Muitas mulheres vão ao médico apenas para ser tocada, mesmo que tudo seja de maneira estritamente profissional.

Nossa sociedade dispõe de massagistas, tanto das terapeutas quanto das mais suspeitas, de cabelereiros e barbeiros, de quiropráticos, de médicos especializados, de grupos de encontro e trabalho corporal e de conselheiros.
Ao envelhecermos, as oportunidades de contato físico diminuem ainda mais. Para um cônjuge viúvo o contato físico pode cessar quase totalmente.
Independente da idade, todos precisamos de contato físico, em especial quando estamos assustados, deprimidos, solitários ou cansados. Nada mais pode expressar tanto, oferecer tanto alívio e segurança, tanta ternura e conforto quanto um toque afetuoso.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br  

                  

NUDEZ EMOCIONAL


                  NUDEZ EMOCIONAL
Quase todos sentem alguma dificuldade em falar abertamente sobre sexo com a pessoa amada. Além da natural inibição, existem medos com relação ao parceiro. Toda a discussão sobre a mútua vida sexual envolve alguma crítica, inplícita ou evidente. 
A mulher tem grande medo de ofender seu parceiro, imaginando como ele reagiria se lhe falasse sobre sua performance sexual. Acha que é muito constrangedor revelar seus sentimentos sexuais mais profundos e suas preferências  pessoais. Sentem-se, ao mesmo tempo, vulneráveis e tolas.
Se você quer alguma carícia especial, é muito melhor comunicar sem rodeios. As mulheres, com freqüência, estão mais habituadas a falar dos seus sentimentos. Os homens temem que sua parceira sinta-se vulgarizada e passam anos numa relação sem falar com maior liberdade  sobre sexo. Caso esteja decidido a tomar a iniciativa é importante fazer tudo com muito tato e paciência. 
É preciso ter em mente que seu parceiro não é capaz de adivinhar o que você quer que ele faça na cama. 
É muito comum que a maioria das pessoas achem mais fácil falar de sexo enquanto fazem amor. Perguntar coisas como "está gostoso?"´"é assim que você gosta?"  torna-se muito natural.  Do mesmo modo, dá bom resultado falar dos seus sentimentos nessas horas. "Faça de novo!", "gosto quando faz assim", "assim é demais!".
Lembre-se que é muito melhor reforçar as coisas positivas do que as negativas. É importante que a mulher seja encorajadora e receptiva.
Casais com início de relacionamento recente podem ter muito mais fácilidade de falar de suas preferências sexuais. Afinal o parceiro é alguém que não se conhece muito bem. Mas, por outro lado, pode ser arriscado abrir a secreta janela de sentimentos com alguém, sem saber se o relacionamento irá durar.
Muitas pessoas utilizam um recurso interessante que é falar de maneira indireta, como se fosse  algo que viu no cinema, ou leu, ou que um amigo (inaginário) lhe disse.

Para a mulher, uma das coisas mais difíceis  de resolver é quando ela não quer sexo.  Nesse caso é fundamental que faça seu parceiro perceber seu estado de espírito, sem que ele se sinta rejeitado. Casais que já estão juntos a um bom tempo costumam ter uma espécie de código, através do qual transmitem  seus sentimentos. Não importa o método utilizado, mas sim o resultado que permite o entendimento entre os dois.
É importante, também, saber que algumas pessoas se tornam muito eloqüentes quando têm um orgasmo. Nessas horas podem falar coisas muito íntimas que, geralmente, se recusará a admitir depois.  Portanto, nunca cobre palavras ditas nesse momento pelo seu parceiro. Ele se expôs por completo e será indelicado se você falar de qualquer coisa que ocorreu. Muitas mulheres costumam utilizar esses segredos íntimos para vingança quando estão zangadas. Depois que tudo passa se arrependem, mas aí o estrago já está feito.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

OS PRAZERES SEXUAIS


               Escultura de Romeo Zanchett
                             OS PRAZERES SEXUAIS
Em nossos dias os prazeres sexuais estão fundamentados não apenas na evolução da moral, da ética, dos costumes e posições sexuais, mas, principalmente em descobertas médicas sobre o comportamento fisiológico do corpo humano.
Os hormônios tem muita influência sobre o desejo sexual. Eles são mensageiros entre os orgãos sexuais e as zonas de decisão da libido. Entretanto o mecanismo do desejo é muito complexo e não permite uma simplificação ginecológica. Para as mulheres, existem períodos distintos: o anterior e o posterior à ovulação. Uma mulher que não esteja na menopausa, nem sob efeito de pílulas anticoncepcionais, segrega o hormônio progesterona apos a ovulação que pode motivar o aumento do seu desejo. Este apetite, comum a partir do quinto dia  da menstruação, só é sentido por muitas na segunda metade do ciclo. É que a primeira metade do ciclo tem como função principal o amadurecimento do óvulo e preparação para a chegada dos espermatozóides até o colo do útero. Por isso, nesse período, a mulher saudável pode sentir mais vontade de fazer amor. Entretanto não existe nenhuma lógica no desejo feminino; as mulheres são imprevisíveis e cada caso é um caso. Existem aquelas que se sentem atraídas pela simples conversa de um homem e outras sentem desejo por determinada parte do corpo masculino como a bunda, por exemplo.

Deseho de Romeo Zanchett
Tanto para o homem como para a mulher o sexo oral é prova de amor e maturidade erótica. Mesmo entre os que praticam, ainda existe um grande tabu.  Sem dúvida, é um tabu de origem religiosa. O poderoso Papa Pio V condenava à morte os culpados que também eram deserdados de seus emblemas civis e da sucessão segundo o direito romano. Na prática, a questão é vista de outra forma: muitas pessoas sentem repulsa pelas secreções do parceiro (a); pelas mucosidades de outro corpo. Mas o erotismo é capaz de vencer a repugnância, fazendo com que os parceiros descubram  a poesia que há na troca de substâncias de um corpo para outro. A felação, assim como a cunilingus (estimulação oral feita pelo homem na mulher) representa a vitória do amor sobre a repulsa. A maturidade erótica de um casal é a adaptação perfeita dos gostos entre parceiros sexuais. Dessa forma, se um dos dois regeita essa prática, deve ser respeitado. A harmonia sexual do casal é um aprendizado que acontece aos poucos e de forma natural. O amor é um jogo sutil que não admite pressões nem exige bravuras. Não há motivos para ninguém sentir-se regeitado  ou exigir provas de maturidade erótica. Quando há amor e harmonia, o sexo acaba acontecendo como se deseja.
Não é verdade que as mulheres querem ter orgasmos em todas as relações sexuais. A grande mairoria sente-se feliz com a simples excitação sexual e com o prazer que desperta no parceiro. É uma felicidade mais psíquica que física. Mas existem também as que têm uma satisfação plena , chegando mesmo a múltiplos orgasmos, quando o corpo e a mente atingem o uníssono milagre do amor. 

Escultura em relevo de Romeo Zanchett
Não há uma forma matemática para agradar e dar prazer todas as mulheres. Há mulheres que preferem a estimulação clitoriana; outras que se satisfazem com a penetração vaginal, e assim por diante. O certo é que, mesmo com as mulheres mais saudáveis, nem sempre o orgasmo acontece.  Apesar disso, um encontro  sexual pode ser altamente realizador e feliz. A mulher é inteligente e sabe tirar o maior prazer, mesmo nas relações frustradas, porque sabe que o orgasmo é facultativo e nem sempre corpo e cabeça estão dispostos a lhe conceder este prêmio. 
A relação sexual prazerosa exige paciência, entendimento entre o casal, troca de confidências e fantasias. O jogo sexual pode estar escondendo estórias de amor platônico, anos seguidos de masturbação solitária, enfim, intimidades que o parceiro precisa conhecer para que o prazer possa acontecer. Com o amadurecimento da relação e o engajamento entre o casal, as posições capazes de produzir prazer serão cada vez mais variadas e criativas.  Mas ninguém deve esperar  atingir sua plena satisfação a cada uma delas e sempre; o amor é uma arte; quanto maior dedicação à sua prática, mais chanse de sentirem-se realizados e felizes.
Foi-se o tempo em que as mulheres encaravam o sexo como um dever conjugal. No jogo do amor entre casais de bom nível os protagonistas são os dois. Não mais se justifica a participação passiva da mulher durante o coito se, fora da cama, é ela quem a maior parte do tempo decide a vida do casal. Não é preciso ser feninista para reivindicar seu prazer. É em nome de sua feminilidade que ela deve buscar sua realização. A liberação feminina não implica numa renúncia aos privilégios masculinos. Dispostos a usufruir o máximo de prazer do sexo, homem e mulher conseguem, juntos, a hegemonia do amor numa relação de cumplicidade.
A excitação, resultado de um encontro de peles, muitas vezes vem em volta por todo um trabalho de imaginação intelectual. É exatamente nesse ponto que o desejo erótico do  homem difere do desejo animal. Ele usa sua inteligência e memória para compor um belíssimo concerto amoroso.  Uma cena de amor pode resultar de total improvisação e do acaso, mas também pode ser fruto de um oceano de reflexos condicionados e fantasias contidas.
Havendo fantasias, os parceiros devem partilhá-las com o outro por inteiro. Quando está presente o amor não há espaço para pudor. O jogo sexual não tem limites. Pode exigir até acrobacias para despertar a libido.
Nem todos os casais dependem de fantasias e outras motivações para chegar ao êxtase. Em muitos casos o amor nasce e cresce em bases reais, sem que a fantasia surja para intensificá-lo e engrandecê-lo ainda mais. 
Muitos casais gostam de  apimentar a relação com as mais diversas
pornografias (livros, filmes, vídeo, telefone, artes gráficas, espetáculos eróticos).  Da mesma forma, ninguém deve sentir-se frustrado por não conseguir uma ereção diante de um filme pornográfico, por exemplo. A sexualidade é extremamente complicada e depende da sensibilidade de cada um. Muitas vezes a obsenidade, em vez de excitar, pode até chocar. Ainda que em filme, muita permissividade pode desagradar até o mais voraz dos homens. 
Depois dos sessenta anos, mesmo para homem que jamais tenha interrompido sua vida sexual, as condições psicológicas mudam a maneira de fazer amor. As reações à excitação ocorrem de forma mais lenta, a ereção demora mais a acontecer e eventualmente até a ejaculação pode ser aleatória. 
Embora os moralistas condenem a união de uma mulher mais jovem a um homem septuagenário, na realidade, pode ser benéfica para os dois. No encontro de um novo amor seu interesse se torna mais vivaz. Pode até ser que passados alguns meses o desejo arrefeça, mas no início da relação, usando do seu handicap, o homem maduro pode ter uma excelente performance sexual. Assim como muitos casais não dispensam um fundo musical  a seus encontros amorosos, há pessoas que precisam criar uma atmosfera estereofônica para ter prazer na relação sexual. O próprio rítmo da respiração se incumbe de, durante a excitação, gerar mais excitação no parceiro. Os suspiros e sussuros também acontecem naturalmente, sem que provoquem sentimentos de culpa ou vergonha. 
A verbalização do prazer ainda é vista por muitos como coisa feia, razão pela qual procuram conter. Este conformismo, ou pudor, em geral acontece às mulheres. Já os homens, que por sua educação machista sempre se viram liberados para fazer sexo, se entregam  com mais facilidade à saudável prática de dizerem o que sentem. Num encontro pleno, homem e mulher trocam confidências íntimas, que necessariamente não precisam ser sussurados. Se houver vontade, os gritos também podem acontecer em alto e bom som.  É um ato muito natural e a mulher também pode (e deve) extravasar seu prazer, dizendo o que sente ou tem vontade de sentir. 
Durante muito tempo se acreditou que a intensidade do orgasmo feminino dependia do tamanho do clitóris. Hoje sabemos com certeza de que isto não tem o menor fundamento.
O clitóris, uma zona erógena essencial e parte integrante do aparelho sexual feminino, se torna intumescido quando excitado durante os jogos amorosos. Nessas horas, como conseqüência de sua ativação, provoca sensações de prazer, que podem inclusive levar ao orgasmo. Por essa razão é a parte mais utilizada na masturbação. Mas esta resposta sensorial independe de sua constituição. Mesmo um clitóris pequeno será capaz de provocar um enorme prazer, desde que as condições psicossomáticas da mulher sejam favoráveis.

Escultura de Romeo Zanchett
O beijo é uma herança dos egípcios e gregos que, mais de dois mil anos depois, ainda faz sucesso entre as modernas civilizações. Esta prática amorosa, onde a língua é usada em sucções recíprocas, ainda hoje é cercada de muito tabu. Sem dúvida a troca de saliva requer uma grande interação e intimidade entre o casal, daí a importância de uma perfeita higiene buco-dentária que muitas vezes deixa a desejar.

O beijo na boca - ato de enorme sedução e gerador de muita emoção - pode provocar repugnância a parceiros pouco identificados. Os jovens de hoje tem banalizado esta expressão de amor quando procuram "ficar" com vários parceiros numa única noite. Apesar do prazer por ele provocado, o beijo não pode ser considerado a maior expressão do amor; é possível chegar-se ao orgasmo sem que haja beijos como prelúdio. 
Ainda em nossos dias, por pura ignorância, muitos acreditam que quanto maior o pênis maior será o prazer dispensado pelo homem à parceira.  Esta afirmação ainda muito comum só serve para levar os homens aos infernos da angústia, da insatisfação, do preconceito e da insegurança. Entretanto a sua realidade anatônica e funcional não interfere  em nada com a função do prazer, a não ser é claro, em casos caracterizadamente patológicos como um micropênis, que impossibilita a penetração ou, ao contrário, um orgão extremamente avantajado, capaz de transformar o coito numa experiência desconfortavelmente dolorosa ou até mesmo impossível.  Em média a vagina tem 12 cm de profundidade do introito vaginal (vulva) até a entrada do colo do útero. Sendo assim, um pênis bem dotado pode até ocasionar traumatismo na mulher. Além disso, um homem com pênis muito avantajado pode ter grande dificuldade para enrijessê-lo e assim mantê-lo até o final do coito. Ele necessita de maior quantidade de sangue bombeado pelo coração.
Uma boa saúde é o maior afrodisíaco que existe. Sabe-se, agora, que a sexualidade é um fenômeno bastante complexo que envolve vários setores do organismo: o nascimento do desejo no cérebro através dos estímulos externos, o acionamento das usinas hormonais ligadas ao desejo erótico, os feixes nervosos que transmitem a mensagem do desejo até os órgãos sexuais e a vasodilatação de seus corpos cavernosos. Qualquer mau funcionamento de um destes setores pode penalizar todo  o processo erótico. E tudo isso depende de uma boa saúde geral.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

MULHERES INFIÉIS

                            MULHERES INFIÉIS
Será que em nossos modernos dias aumentou a infidelidade feminina?
A independência econômica, a diminuição da religiosidade e os modernos métodos anticoncepcionais permitiram que as mulheres passassem a desfrutar das mesmas liberdades que os homens. Embora não troquem o casamento pela aventura extraconjugal, muitas mulheres já não abrem mão do prazer proporcionado por uma relação às escondidas. Para elas os amantes solteiros tem a preferência, mas até uma amante casado é melhor do que nenhum. Como advento da internete, os relacionamentos entre os sexos se intensificaram geometricamente e até sites  dedicados a mulheres casadas à procura de aventuras sexuais estão à disposição.
Os homens, um pouco assustados, parecem não estarem conseguindo acompanhar essa rápida ascensão, pois suas mulheres estão ocupando espaços que antes nem era possível imaginar. Elas estão em toda a parte. Nas artes, nas ciências, na literatura, na política, no exército, no judiciário e até na polícia elas ocupam cargos que sempre foram exclusividade dos machistas companheiros.
No auge da civilização grega, em Atenas, as mulheres não tinham mais direitos políticos e legais que os escravos. Passavam a vida sugeitas à autoridade absoluta do marido ou de um parente masculino mais próximo. Não lhes era permitido nenhum tipo de educação que não fosse com o objetivo de melhor servir aos homens que as mantinham. Eram condenadas a passar a maior parte do tempo nos aposentos destinados às mulheres e se submetiam a casamentos arranjados pelos homens. Uma esposa raramente fazia refeições com o marido, principalmente se ele tinha convidados. Nas raras vezes em que saia de casa estava sempre acompanhada. Nessas ocasiões não lhes era permitido levar consigo mais do que três peças de vestuário. Caso saissem após o escurecer tinha que ser de carruagem e com uma lanterna acesa indicando sua presença. Era incomum travar conhecimento com qualquer homem que não fosse o marido ou parente. Já um marido podia repudiar a esposa sem motivo e tinha razões legais para fazê-lo se, por milagre, ela conseguisse cometer o adulterio. A esposa só podia obter o divórsio quando houvesse algum fundamento de provocação extrema, os quais não incluiam a pederastia e tampouco o adultério que para os homens eram considerados normais. 
Apesasr das diferenças ainda serem marcantes, estamos caminhando a passos largos para uma situação de igualdade total também no casamento. Entretanto ainda existem diferenças muito grandes, principalmente na questão de remuneração por trabalhos de igual valor. 
Mesmo a mulher moderna, continua sendo criada para encarar o sexo como algo que vem associado ao afeto, e isto se transforma numa espécie de repreção velada. O mesmo já não acontece com o homem que faz uma distinção bem mais clara dos aspectos físico e emocional. É por essa razão que o impacto emocional numa relação extraconjugal é muito maior na mulher. 
A presença feminina, cada vez maior, no mercado de trabalho é um fator facilitador para as relações de amizades masculinas e conseqüentemente do adultério. As casadas que traballham fora tem mais oportunidades e possibilidades de enganar os maridos. Isto geralmente acontece com colegas de trabalho, clientes e amigos mais próximos. 
Um outro fator de grande importância, tanto para o adultério como para o divórcio, está relacionado com o aumento da expectativa de vida. No início do século XX o cidadão vivia em média 47 anos. Hoje ele pode ultrapassar facilmente os 75 anos. Portanto, antes era muito mais fácil cuprir o juramento "até que a morte nos separe". A morte chegava mais cedo. 
Os motivos que levam à infidelidade feminina são muitos: o desejo de vingança, a busca de amor, atração por um romance, atração física, desejo aventura, etc. Entretanto as mulheres não estão em busca apenas de sexo. Para a maioria delas, as emoções contam muito e "traem" em busca de amor. Aquilo que para o homem é apenas uma aventura descompromissada - um namoro sexualizado-, para a mulher é um romance. 
Um fator interessante é que para a mulher madura - acima de 40 anos -o sexo fora do casamento é como uma busca pela juventude. Já as mulheres mais jovens cometem adultério movidas principalmente pela atração física. Para estas é uma questão hormonal, pois quanto mais jovens forem, mais ativos estarão os hormônios. 
A monogamia continua existindo, mas está tomando uma forma que nos faz lembrar o conselho do poetinha Vinícius de Moraes: "Que seja eterno enquanto dure". Uma pessoa passa alguns anos em absoluta fidelidade a uma pessoa e depois separa. Passa mais alguns anos sendo fiel a outra e torna separar. E a vida segue em frente sem sentimentos de culpa. 
Tanto para a mulher como para o homem, a infidelidade pode ter um grande poder de autoanálise. As experiências extraconjugais podem lhes trazer maior clareza do seu amor pelo parceiro, aumentando seu carinho e atenção. 
Toda a experiência é válida, a partir do momento que dela alguma vivência seja obtida. Pode ser um momento para refletir  e constatar que estava plenamente satisfeita com seu relacionamento e que não necessitava de relações sexuais fora dele. A maioria das mulheres prefere se realizar no próprio casamento e viver tranquilamente com seus maridos. Muitas depois da "traição" mergulham num profundo sentimento de culpa. Sentem-se imaturas, sonhadoras e concluem que nada poderá justificar sua atitude. 
A mulher, pela própria natureza maternal, tem um forte sentimento de proteção da família e toda a vez que está ameaçada pela liberação dos costumes reage de forma defensiva.
O casamento nonogâmico e indissolúvel pode não ser o melhor lugar para se desenvolver o apredizado da sexualidade, que fica muito limitada, mas é bom para a sociedade e para a criação dos filhos.
Nicéas Romeo Zanchett
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