Minha lista de blogs

domingo, 11 de junho de 2017

> O SEXO E A VELHICE Por Nicéas Romeo Zanchett

               


                Os hormônios são os responsáveis pela atração entre todas os seres animais e humanos. Trata-se de um mecanismo da natureza que garante a sobrevivência de cada espécie. 
                   Nós, seres humanos, temos consciência do que acontece na nossa vida. 
               Na medida em que envelhecemos nossos sentidos de gosto, olfato e vista diminuem, assim como a nossa capacidade para a pratica de esportes e trabalho. Da mesma forma as sensações sexuais e a nossa proficiência sexual também diminuem. 
            Com o avanço da idade podem surgir agravantes como artrite, diabetes, doenças cardíacas e outras mazelas comuns durante o envelhecimento; todos são potenciais inibidores da sexualidade e, em muitos casos, podem torná-lo difícil e até impossível. Além disso, com o avanço da idade, passamos a tomar remédios que também provocam a diminuição do desejo sexual. 
             A cerca destes problemas, as pesquisas mostram que há muito pouca diferença entre o que acontece no organismo de ambos os sexos com o avanço da idade. 
         Embora a maioria das pessoas sinta que suas potencialidades estão diminuindo, esta redução da atividade sexual, em nossos dias, é bem menor do que há duas ou mais gerações. O relatório de Alfred Kinsey da década de 1940 mostrava que mais da metade de homens e mulheres com 70 anos haviam desistido completamente de toda e qualquer atividade sexual. Os estudos de hoje mostram que apenas um e cada quatro homens   e uma mulher em cada três, com 70 ou mais anos, cessaram totalmente suas funções sexuais. Seis em cada dez pessoas casadas, entre 70 e 80 anos , ainda mantém relações sexuais regularmente, e com mais frequência do que imaginamos. Segundo estudos essa frequência pode variar entre 10 e 12 dias por mês. É interessante observar que essa era a frequência de pessoas com 40 a 60 anos na época do Relatório Kinsey.
              Uma verdadeira revolução sexual está acontecendo, neste momento, com as pessoas mais velhas. Hoje em dia essas pessoas estão muito mais interessadas em sexo, são mais ativas sexualmente, dão mais importância ao sexo e são mais livres na escolha de práticas sexuais do que muitos jovens. Mesmo depois dos 70 mais da metade das mulheres e 75% dos homens ainda se interessam por sexo. 
                 Estudos indicam que mais de 75% das mulheres casadas, dos 60 aos 70 anos, continuam a manter relações sexuais com seus maridos pelo menos uma vez por semana.
             A maioria das pessoas solteiras, divorciadas ou viúvas, entre os 50 e 60 anos, é sexualmente ativa. Mesmo depois de completarem 70 anos, metade das mulheres solteiras e 75% dos homens solteiros continuam sexualmente ativos. 
          Quando as novas gerações chegarem a essa faixa etária certamente a situação será diferente. O avanço da ciência a respeito da sexualidade é muito grande e novas pesquisas trarão ótimos resultados. 
                As pesquisas que encontramos geralmente tem participação de pessoas com desempenho sexual diferenciado da maioria; aqueles que são mais ativos se dispõe a  falar sobre o assunto. Além disso é possível que muitos entrevistados não contem toda a verdade sobre a sua forma de viver a própria sexualidade. Por essa rasão, é importante estudar o equilíbrio das respostas em tópicos menos sensíveis. 
               Pelas pesquisas que estudei a grande maioria das mulheres e quase todos os homens, dos 50 aos 80 anos, ainda se interessam por sexo, alguns com moderação, outros com bastante intensidade. Quase a metade das mulheres e dois em cada três homens, entre 50 e 60 anos, afirmam que seu interesse ainda é tão forte como quando  tinham aos 40 anos. Mesmo  a partir de 70 anos, somente uma minoria diz ter pouco ou nenhum interesse. Mas, neste caso, é preciso ter em mente que a auto-estima pesa muito na hora de se manifestar sobre algo tão sensível. 
             Um fato relevante, que serve de esperança para os mais jovens, é que quase todos os homens e a maioria das mulheres, dos 50 aos 70 anos, continuam a encarar o sexo como algo muito importante em seus relacionamentos amorosos ou conjugais. Apenas um em cada quatro homens e uma em cada três mulheres acham que o sexo não tem qualquer importância em sua vida. 
               Não há a menor dúvida de que sexo é parte fundamental na vida de qualquer pessoa saudável. É preciso compreender que cada idade precisa de adaptação às mudanças ocasionadas pela passagem do tempo. 
                Muitos casais preferem manter relações sexuais na parte da manhã, pois sentem-se com mais energias. Mesmo nas pessoas perfeitamente saudáveis, o envelhecimento dos tecidos e do sistema nervoso resulta em maior demora para conseguir a excitação necessária. O amor e o desejo tem fundamental importância na idade avançada. A reação erétil mais fraca, sensibilidade ou secura do revestimento vaginal,  além de outros obstáculos podem causar o distanciamento de um casal. Nesse caso é bom lembrar que sexo não é apenas penetração. O carinho, as carícias e trocas de aconchego é de estrema importância nessa hora. Além disso é com as preliminares que se pode superar estas dificuldades que são naturais na idade avançada.
               Embora as relações sexuais tenham menos importância para a felicidade conjugal, nesta fase da vida, os casais que ainda mantem relações sexuais se dizem mais felizes com seus casamentos. Dentre os que não fazem mais sexo apenas dois em cada três se dizem felizes no casamento. 
               Pelo fato de seus hormônios sexuais estarem mais calmos, a grande maioria dos casais nessa faixa etária é, digamos, fiel. Muitos continuam assim mesmo sentindo-se sexualmente carentes.  A confiança entre si e a felicidade encontrada em outros prazeres superam a satisfação da conquista e da mudança de parceiros, muito comuns da idade mais jovem. Muitas mulheres, cujos maridos se tornaram impotentes, se mantém fiéis mesmo sentindo desejo. Procuram focar seus pensamentos na longa amizade e respeito e assim superam o desejo e se habituam com novas formas de satisfação.  
             O sexo é muito importante para o contentamento com a vida em geral. Pessoas mais velhas acabam descobrindo que sexo não é apenas uma maneira de se sentirem unidas e de exprimir amor, mas também é fonte de sentimentos gratificantes sobre elas próprias. Isso permite sentir forte senso de vitalidade e vida. 
               Muitas pessoas se sentem aliviados por terem chegado ao fim da sua vida sexual; outras ainda gostariam de tê-la. Quando apenas um dos parceiros desiste da sua sexualidade pode criar sérios problemas para aquele que ainda quer mantê-la. Casais com longo tempo de união e fidelidade mútua de repente pode ter que enfrentar este problema. É um dilema que atinge diretamente o ego e pode criar sérios problemas para ambos. A verdade é que  para a maioria das pessoas mais velhas, o sexo é e continuará sendo, a maior dádiva da natureza. 
Nicéas Romeo Zanchett  
PARA LER DESDE O INÍCIO 
clique no link abaixo 









sábado, 23 de agosto de 2014

> A MULHER SEXUALMENTE FELIZ

Nicéas Romeo Zanchett 
 Escultura: Romeo Zanchett
Pintura a óleo - Romeo Zanchett 
.
                A mulher sexualmente feliz é aquela capaz de encontrar alegria e prazer na vida sexual. A grande maioria das mulheres sente-se feliz com a simples excitação sexual, com o prazer que desperta no companheiro. Para essas mulheres o toque e o carinho são tão importantes ou até mais que a própria penetração.  É uma felicidade mais psíquica que física. Mas também existem as que, com algumas preliminares, tem uma satisfação plena, chegando mesmo ao orgasmo, quando o corpo e a mente vivem em uníssono o milagre do amor. 
             Não há a menor dúvida que o melhor sexo é aquele feito com amor. É com ele que os parceiros conseguem entregar-se totalmente ao prazer. Mas como chegar lá é um mistério que não se pode generalizar. Há mulheres que preferem a estimulação clitoriana; outras que só se satisfazem com a penetração vaginal, e assim por diante. O certo é que, mesmo para as mulheres sexualmente satisfeitas, nem sempre o orgasmo acontece. Apesar disso, um encontro sexual pode ser altamente realizador e feliz; isso acontece quando a mulher sabe tirar o maior prazer destas relações frustradas, ela sabe que o orgasmo é facultativo e nem sempre seu corpo e cabeça estão dispostos a lhe conceder este prêmio. 
                  O importante é não perder a oportunidade de entregar-se ao amor e assim ser feliz, que é o objetivo de todos nesta vida. 
Nicéas Romeo Zanchett 

COMPRE O LIVRO NO MERCADO LIVRE < clique aqui



Dê um livro de presente; é barato e grada sempre. 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

> EJACULAÇÃO PRECOCE

Por Nicéas Romeo Zanchett 
                O fenômeno da ejaculação precoce não tem nenhuma relação com o orgasmo feminino. Esta disfunção sexual masculina se caracteriza pela emissão de esperma antes do momento desejado durante o coito. 
               Em relação à velocidade da emissão do sêmen, a ejaculação pode ser super-prematura (antes mesmo da penetração), prematura simples (entre 10 segundos e dois minutos após o início do coito) e instável (dependente da circunstância psicológica do indivíduo). De modo geral, este problema transforma a relação sexual em verdadeira angústia, eliminando a possibilidade do prazer para ambos. A medicina não identificou nenhuma doença física responsável pelo fenômeno. As pesquisas indicam que a ansiedade, o temor de um mau desempenho e o medo de fracassar com a mulher podem gerar o mal; portanto, pode ter como causa central o estado psicológico do indivíduo. Também pode ser resultado de um condicionamento do doente: homens que desempenham a atividade sexual sob pressão ou situação de pressa e estresse. Não há tratamento específico, já que as origens do mal podem ser várias. Somente o andrologista pode detectar a raiz do problema e prescrever desde manobras de compressão do pênis durante o ato sexual, auto-controle para ser praticado com masturbação, a drogas que equilibram os estados de ansiedade. Isto vale dizer que o doente não deve jamais se automedicar, mas sim, procurar ajuda especializada.  
              Contrariamente ao que se divulga, a ejaculação precoce não é devida à hipersensibilidade da glande. Por isso, de nada adianta besuntá-la com pomadas, unguentos ou géis anestésicos.  Esses produtos acabam tendo efeito indesejado, pois ao anestesiarem a mucosa, altamente erógena da glande, transformam o sexo num vai e vem mecânico e sem nenhuma qualidade erótica. Os anestésicos também prejudicam a mucosa vaginal e podem eliminar o prazer da mulher. 
               Muitos homens chegam ao absurdo de culpar a companheira por seu problema. É uma forma de autodefesa para justificar seu mal. Isto, no entanto, pode desequilibrar totalmente o relacionamento e causar enorme infelicidade ao casal. Na verdade a mulher é a mais prejudicada, uma vez que não conseguirá obter nenhum prazer com a rápida relação. Pela própria natureza feminina, a mulher precisa de mais tempo para  preparar seu orgasmo, e nessa condição é impossível. 
                    Não se deve, de forma alguma, guiar-se por propagandas que prometem verdadeiros milagres em relação ao sexo. O que pode mesmo resolver qualquer disfunção sexual é a orientação de um bom profissional - o andrologista. 
.
Nicéas Romeo Zanchett 

COMPRE O LIVRO NO MERCADO LIVRE < clique aqui

Dê um livro de presente; é barato e sempre agrada. 

terça-feira, 10 de junho de 2014

>> CRIME - ABUSO SEXUAL INFANTIL

CRIME - ABUSO SEXUAL INFANTIL 
Por Nicéas Romeo Zanchett 
.

                Abusar sexualmente de uma criança indefesa é um crime tão hediondo que fica até difícil escrever sobre o assunto. Parece inconcebível que alguém tenha coragem de usar uma inocente criança para satisfazer seus desejos animalescos, mas infelizmente existe. 
                   O abuso sexual de meninas tornou o Brasil um paraíso da prostituição infanto-juvenil. Só somos superados pela Tailândia.
                    Diariamente vemos notícias nas páginas policiais, mas as punições são raras. 
              Para entender melhor as origens dos abusos sexuais praticados pelos adultos contra meninas precisamos olhar para séculos passados. Do Velho Testamento Judaico Cristão até os códigos feudais, o estupro simplesmente sempre foi tratado como um ato contra a propriedade. Todas as mulheres eram consideradas propriedade dos homens. Isso, infelizmente, continua acontecendo em muitos países atrasados e  dominados por religiões extremistas. Quando alguma mulher era estuprada o crime cometido não era contra ela, mas sim contra o seu proprietário, e a ele era pago a eventual indenização. Naquela época muitas meninas se casavam aos 13 anos e não tinham direito de escolher o parceiro com quem viveriam pelo resto de seus dias.  Somente a partir do século XX é que se abriu a possibilidade de reconhecimento da individualidade da mulher e seus direitos femininos e infantis. Mas isto não aconteceu em todo o mundo. A internet está cheia de casos estarrecedores que ainda acontecem pelo mundo afora. 
               Nos dias atuais, sempre que uma menina com menos de 14 anos é seduzida ou estuprada, surgem argumentos de que elas já não são ingênuas como no passado. Mas o fato de uma menina menstruar todo o mês, ter acesso irrestrito à informações, discutir a sexualidade e direito ao prazer com as colegas, não quer dizer que é capaz de escolher um parceiro de cama com o dobro de sua idade. Saber o que é sexo é diferente de ter capacidade de decisão sobre sua vida sexual. Portanto, mesmo quando é aparentemente consentido é crime hediondo.  
                Toda  a adolescente tem enorme carência emocional, pois está numa fase de mudanças e precisa de atitudes coerentes dos adultos.   
            A alimentação industrial tem criado problemas como desequilíbrio hormonal. Muitos alimentos são produzidos da criação animal ao produto final com uso de hormônios. Muitas meninas estão menstruando mais cedo e precocemente amadurecidas; podem ter a aparência de 14 anos ou mais, mas é preciso considerar a sua verdadeira idade mental. 
                 Por volta dos 12 anos, a menina está revivendo o complexo de Electra ( Freud referia-se a ele como "Complexo de Édipo Feminino" e sua referência primordial ainda é o pai. Se esta fantasia da relação com o pai for atendida por um adulto, a menina poderá sentir-se momentaneamente vencedora na competição com a mãe, mas logo cairá numa realidade para a qual não está preparada. Seu nível de desordem psicológica interna é muito grande e mais tarde poderá sentir-se como única culpada pelo abuso sofrido, muitas vezes cometido pelo próprio pai. Em muitos casos, quando adultas, acabam rejeitando o sexo oposto. É bem verdade que as meninas de hoje tem muito mais informação sexual do que tiveram suas mães e avós, mas tudo deve ficar restrito à fantasia de sedução e nunca à prática. Sua vontade ou fantasia não corresponde ao seu desenvolvimento biológico, psicológico e social.  É inaceitável que o adulto se prevaleça dessa condição para seduzi-la. Se prestarmos atenção veremos que a mesma adolescente que fala com naturalidade no uso de camisinhas e anticoncepcionais terá vergonha de comprar um absorvente íntimo na farmácia. Isto mostra claramente sua insegurança e dificuldade em relação à sexualidade e ao seu corpo em desenvolvimento.   +

                     É natural que as meninas se fantasiem de adultos usando maquilagem e roupas como suas mães. Entretanto, isso pode estimular o desejo de adultos imaturos ou criminosos psicologicamente doentes e incapazes de uma relação saudável com uma mulher com nível compatível à sua idade. Por outro lado, muitas mães, também sexualmente imaturas, acabam provocando a precocidade amorosa e sexual das suas filhas. São mães que não conseguiram resolver a tempo seus complexos infantis e agora entram em competição com as filhas. Na maioria dos casos de abuso sexual o agressor é conhecido ou até íntimo da família. De modo consciente ou não, a mãe se omite, sobretudo se é dependente afetivamente e economicamente dele. É ai que surgem casos de pais e padrastos que abusam das filhas sem que a mãe nada faça a respeito.  Segundo o código penal brasileiro, existe presunção de violência toda vez que um adulto tem relações sexuais com menor de 14 anos. Entretanto, num direito penal democrático, não pode haver pena sem culpa confirmada. Toda a presunção admite a prova ao contrário, mas nenhuma presunção deve impedir os julgadores de investigar a culpabilidade do suposto criminoso. 

               Viemos numa sociedade moderna e é dever de cada adulto consciente zelar pelo bem estar e perfeito desenvolvimento dos adolescentes. Infelizmente a verdadeira educação sexual não é ensinada nem em  casa, nem na escola. Com sua natural curiosidade, as crianças vão procurar essas informações com os amigos que também não sabem e acabam informando errado. 
               A adolescência é uma fase muito difícil e é quando as crianças são facilmente ludibriadas por adultos criminosos. Portanto, se você é um cidadão consciente, fique atento e denuncie sempre que tomar conhecimento. Só assim conseguiremos construir uma sociedade mais justa e feliz. 



COMPRE O LIVRO NO MERCADO LIVRE < clique aqui

Dê um livro de presente; é barato e sempre agrada. 


Nicéas Romeo Zanchett 

sábado, 17 de maio de 2014

> ORGASMO - PRAZER CULMINANTE


ORGASMO - O PRAZER CULMINANTE
Por Nicéas Romeo Zanchett 
             Numa sociedade onde o sexo está associado a grandes realizações e conquistas, a ausência do prazer nos jogos amorosos é, para muitos, motivo de frustração e vergonha.  Milhares de pessoas nem sabem o que é sentir um orgasmo. 
             Os homens chegam ao orgasmo mais facilmente que as mulheres, mas há disfunções como a ejaculação precoce ou excessivamente retardada que são um verdadeiro tormento para o "sexo forte". 
                 Embora boa parte das pessoas oculte oficialmente seus problemas sexuais, as queixas de insatisfação são muito frequentes nos consultórios médicos. 
                 Entre as mulheres também existe disfunções do gozo e se manifestam de várias formas. Há mulheres que só atingem o orgasmo ao som de uma música, ou com as pernas fechadas, fora da cama ou com penetração anal. A insatisfação sexual da mulher acaba se refletindo diretamente no seu comportamento. Quando ela atinge o orgasmo e leva uma vida sexual saudável, o nervosismo e irritação diminuem e a auto estima aumenta. É comum ouvirmos dizer: "aquela mulher é ranzinza e vive reclamando de tudo por que é mal amada". 
                 Casos de homens com inibição ejaculatória também não são raros. Quando a parceira reclama ele fica pulando de uma mulher para outra, sempre em busca de alguma que o complemente e não reclame das suas deficiências sexuais. Ao encontrar alguém com quem queira ter filhos, aí então o problema surge com mais clareza.
         Muitos homens com inibição ejaculatória no ato sexual com uma mulher, ao se masturbarem, atingem facilmente o orgasmo desejado. 
            Quando os parceiros estão envolvidos no mesmo processo, quando seus ritmos se equiparam e acontece aquele intercâmbio de sensações corporais, o orgasmo simplesmente acontece. O orgasmo simultâneo, entretanto, é mais raro. À medida em que o conhecimento de um pelo outro se aprofunda, seja na relação hétero ou homossexual,  surge uma maior afinidade destruindo muitas barreiras, inclusive sexuais e religiosas, e assim as duas pessoas entram numa comunicação corporal que ajuda encontrar o melhor momento para o gozo simultâneo. 
             Muitos homens ficam angustiados, preocupados em impressionar e mostrar sua boa performance, e uma das suas maiores preocupações é justamente o orgasmo simultâneo. Essa polêmica já virou folclore entre certos grupos de parceiros sexuais. Na cama, muitos homens com essa preocupação, quando sentem que vão gozar e que a mulher ainda não está preparada, para desviar seu foco daquele momento crucial, começam a pensar em outras coisas  como trabalho, futebol, ou qualquer outra forma que lhe ajude esperar por ela. Este tipo de distorção desvia todo o prazer espontâneo que ele poderia ter na relação.
Pintura de Romeo Zanchett 
               O bom sexo é indispensável na vida de um casal que escolheu essa forma de se relacionar afetivamente. O ser humano já nasce desamparado e o casamento, embora não tenha a importância que lhe é dado,  é a forma que nossa cultura inventou para atenuar este desamparo. E aqui não se deve confundir as coisas e achar que só o casamento hétero pode suprir esse desamparo. O amor não escolhe sexo e por isso sempre é válido e deve ser respeitado. 

                     Muitos casamentos frustrados são mantidos pelo medo da solidão. As pessoas abrem mão de tudo e vão fazendo inúmeras concessões para manter uma relação já instável e fria. Vivem relações péssimas e procuram justificar a falta de tesão com frases feitas do tipo "casamento é assim mesmo", "nos mantemos juntos pelos nossos filhos". Ora, essas desculpas não enganam ninguém e muito menos a eles próprios. É preciso atentar para o fato de que qualquer relação amorosa que seja condicionada e rotineira, inevitavelmente, leva ao desinteresse sexual e o único motivo que justifica a união de duas pessoas é o amor e a emoção. Por outro lado, dizer que não há harmonia porque, na hora do sexo,  a mulher tem um ritmo mais lento do que o homem, na verdade, é uma forma de camuflar a verdadeira causa que talvez esteja no distanciamento do casal. Alguns homens vivem num mundo todo seu, totalmente indiferentes, e nem percebem que tem ao seu lado uma mulher e não um objeto que deve ser levado a alguma realização sexual prazerosa. Nessas condições, tanto para um como para o outro, sempre se faz sexo apenas para cumprir uma obrigação do casal. Ora, sexo se faz por tesão, paixão, amor e nunca por obrigação. 
           O sexo prazeroso não pode ser feito ás pressas. A relação deve começar com as preliminares, sem pressa, e deixar que a emoção e os carinhos encontrem o verdadeiro caminho para o prazer. Essa mistificação sobre a simultaneidade do ato sexual é mito e só não é totalmente infundada porque o clímax masculino, inevitavelmente, traz consigo a baixa na ereção, e nessa condição impossibilitam a mulher de alcançar o próprio clímax. Quando o sexo é feito sem pressa, com preliminares das duas partes, o nível de hormônios do casal sobe naturalmente e a mulher também consegue chegar ao clímax e geralmente antes do homem. 

                As curvas do prazer, tanto masculina quanto feminina, aparentemente desencontradas, se alinham quando os parceiros atingem um nível de entrosamento, identidade e afinidade como seres humanos e parceiros sexuais. Isso pode acontecer num dia ou depois de muitos meses e até anos de convivência.  
             A ocorrência do orgasmo tem tudo a ver com uma reação genital; começa com uma contração dos órgãos genitais - na mulher a contração uterina, e no homem a tensão na vesícula seminal, próstata e dutos deferentes - que, embora insensíveis por natureza, transmitem a sensação de que algo vai acontecer. 
             Os estudiosos Master e Johnson estabeleceram quatro fases para o ato sexual: a excitação, o platô, o orgasmo e a resolução (relaxamento). O orgasmo simultâneo ocorre quando os dois parceiros percorrem as fases de excitação e platô juntos e em igual tempo, caminhando para etapas subsequentes num só nível de prazer. Mas, na maioria das vezes, um acaba tendo orgasmo antes. A simples visão do companheiro entrando em clímax, pode ser muito excitante e a sua participação no orgasmo do outro também é um gatilho para se alcançar o próprio orgasmo.  Se o homem chegar primeiro ao orgasmo, a mulher pode se concentrar nas pulsações do seu pênis dentro da vagina e também na sensação do esperma sendo liberado. Da mesma maneira, um homem, quando sua parceira já teve orgasmo, pode se concentrar nas contrações espasmódicas dos músculos em volta da vagina comprimindo e relaxando, e, com movimentos do seu pênis, nesse momento, conseguir maior excitação e gozar também. 
                   As pessoas sem parceiro fixo podem ter mais dificuldades de ter prazer  a dois. Pessoas que estão sozinhas tendem a buscar o prazer através da masturbação. Isto é muito natural e saudável. As mulheres precisam de vínculos afetivos para uma maior realização. Já os homens, pela sua própria educação, não precisam de tais vínculos. A maioria atinge o orgasmo sem dificuldades nas relações descompromissadas. 
             No mundo em que vivemos, o sexo virou assunto da mídia. São poucos os que tem coragem de falar o que realmente sentem em relação à sua vida sexual, mas todos querem ter muitos orgasmos. Quem não consegue se frustra. 
              Os preconceitos e problemas culturais, que transmitem os tabus de geração para geração, identificando o sexo como coisa pervertida, se traduzem hoje num grande conflito.
             Muitas pessoas só se preocupam com a quantidade de relações e não consideram a qualidade da vida sexual e, consequentemente, do orgasmo. Este é um dos principais fatores determinantes para a falta de prazer. Somos o resultado de uma cultura judaico-cristã, onde o prazer sexual nunca foi permitido. Neste contexto, a grande virtude é abstinência e o sofrimento. Como sexo é puro prazer, pouquíssimas pessoas o vivem na sua plenitude. 
                 Os tabus religiosos tem trazido grandes problemas que, inclusive, afetam a saúde dos seus fiéis. O orgasmo solitário pode ser muito prazeroso e, ao mesmo tempo, uma forma de se autoconhecer. Com ele a pessoa pode aprender a sentir e controlar os impulsos sexuais. Por outro lado, existem formas atípicas de autoerotismo que podem até levar à morte. Um caso que, na época, foi muito discutido é o de um político inglês chamado Stephen Milligam, que acabou morrendo quando se masturbava e utilizava uma técnica de asfixia para prolongar o prazer. Este tipo de prática é mais comum do que se imagina. Há casos de homens que, antes  de usar esta técnica, deixam de reserva até um balão de oxigênio para usá-lo na eventualidade de ultrapassar os limites. 
               Sexo é muito bom e todos gostam, mas é preciso ter bom senso e cuidados, principalmente diante de tantas Doenças Sexualmente Transmissíveis -DST. 


COMPRE O LIVRO NO MERCADO LIVRE < clique aqui

Dê um livro de presente; é barato e sempre agrada.