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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

DELÍRIO - de Olavo Bilac

                           DELÍRIO - de Olavo Bilac
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenezi.
No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
.
Esta obra prima de Olavo Bilac deve ter causado furor aos moralistas da época.
Nicéas Romeo Zanchett
http://poesiaseroticas.spaceblog.com.br

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