MULHERES INFIÉIS
Será que em nossos modernos dias aumentou a infidelidade feminina?
A independência econômica, a diminuição da religiosidade e os modernos métodos anticoncepcionais permitiram que as mulheres passassem a desfrutar das mesmas liberdades que os homens. Embora não troquem o casamento pela aventura extraconjugal, muitas mulheres já não abrem mão do prazer proporcionado por uma relação às escondidas. Para elas os amantes solteiros tem a preferência, mas até uma amante casado é melhor do que nenhum. Como advento da internete, os relacionamentos entre os sexos se intensificaram geometricamente e até sites dedicados a mulheres casadas à procura de aventuras sexuais estão à disposição.
Os homens, um pouco assustados, parecem não estarem conseguindo acompanhar essa rápida ascensão, pois suas mulheres estão ocupando espaços que antes nem era possível imaginar. Elas estão em toda a parte. Nas artes, nas ciências, na literatura, na política, no exército, no judiciário e até na polícia elas ocupam cargos que sempre foram exclusividade dos machistas companheiros.
No auge da civilização grega, em Atenas, as mulheres não tinham mais direitos políticos e legais que os escravos. Passavam a vida sugeitas à autoridade absoluta do marido ou de um parente masculino mais próximo. Não lhes era permitido nenhum tipo de educação que não fosse com o objetivo de melhor servir aos homens que as mantinham. Eram condenadas a passar a maior parte do tempo nos aposentos destinados às mulheres e se submetiam a casamentos arranjados pelos homens. Uma esposa raramente fazia refeições com o marido, principalmente se ele tinha convidados. Nas raras vezes em que saia de casa estava sempre acompanhada. Nessas ocasiões não lhes era permitido levar consigo mais do que três peças de vestuário. Caso saissem após o escurecer tinha que ser de carruagem e com uma lanterna acesa indicando sua presença. Era incomum travar conhecimento com qualquer homem que não fosse o marido ou parente. Já um marido podia repudiar a esposa sem motivo e tinha razões legais para fazê-lo se, por milagre, ela conseguisse cometer o adulterio. A esposa só podia obter o divórsio quando houvesse algum fundamento de provocação extrema, os quais não incluiam a pederastia e tampouco o adultério que para os homens eram considerados normais.
Apesasr das diferenças ainda serem marcantes, estamos caminhando a passos largos para uma situação de igualdade total também no casamento. Entretanto ainda existem diferenças muito grandes, principalmente na questão de remuneração por trabalhos de igual valor.
Mesmo a mulher moderna, continua sendo criada para encarar o sexo como algo que vem associado ao afeto, e isto se transforma numa espécie de repreção velada. O mesmo já não acontece com o homem que faz uma distinção bem mais clara dos aspectos físico e emocional. É por essa razão que o impacto emocional numa relação extraconjugal é muito maior na mulher.
A presença feminina, cada vez maior, no mercado de trabalho é um fator facilitador para as relações de amizades masculinas e conseqüentemente do adultério. As casadas que traballham fora tem mais oportunidades e possibilidades de enganar os maridos. Isto geralmente acontece com colegas de trabalho, clientes e amigos mais próximos.
Um outro fator de grande importância, tanto para o adultério como para o divórcio, está relacionado com o aumento da expectativa de vida. No início do século XX o cidadão vivia em média 47 anos. Hoje ele pode ultrapassar facilmente os 75 anos. Portanto, antes era muito mais fácil cuprir o juramento "até que a morte nos separe". A morte chegava mais cedo.
Os motivos que levam à infidelidade feminina são muitos: o desejo de vingança, a busca de amor, atração por um romance, atração física, desejo aventura, etc. Entretanto as mulheres não estão em busca apenas de sexo. Para a maioria delas, as emoções contam muito e "traem" em busca de amor. Aquilo que para o homem é apenas uma aventura descompromissada - um namoro sexualizado-, para a mulher é um romance.
Um fator interessante é que para a mulher madura - acima de 40 anos -o sexo fora do casamento é como uma busca pela juventude. Já as mulheres mais jovens cometem adultério movidas principalmente pela atração física. Para estas é uma questão hormonal, pois quanto mais jovens forem, mais ativos estarão os hormônios.
A monogamia continua existindo, mas está tomando uma forma que nos faz lembrar o conselho do poetinha Vinícius de Moraes: "Que seja eterno enquanto dure". Uma pessoa passa alguns anos em absoluta fidelidade a uma pessoa e depois separa. Passa mais alguns anos sendo fiel a outra e torna separar. E a vida segue em frente sem sentimentos de culpa.
Tanto para a mulher como para o homem, a infidelidade pode ter um grande poder de autoanálise. As experiências extraconjugais podem lhes trazer maior clareza do seu amor pelo parceiro, aumentando seu carinho e atenção.
Toda a experiência é válida, a partir do momento que dela alguma vivência seja obtida. Pode ser um momento para refletir e constatar que estava plenamente satisfeita com seu relacionamento e que não necessitava de relações sexuais fora dele. A maioria das mulheres prefere se realizar no próprio casamento e viver tranquilamente com seus maridos. Muitas depois da "traição" mergulham num profundo sentimento de culpa. Sentem-se imaturas, sonhadoras e concluem que nada poderá justificar sua atitude.
A mulher, pela própria natureza maternal, tem um forte sentimento de proteção da família e toda a vez que está ameaçada pela liberação dos costumes reage de forma defensiva.
O casamento nonogâmico e indissolúvel pode não ser o melhor lugar para se desenvolver o apredizado da sexualidade, que fica muito limitada, mas é bom para a sociedade e para a criação dos filhos.
Nicéas Romeo Zanchett
http://amoresexo-volume1.blogspot.com.br
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