ORGASMO E JACULAÇÃO
O orgasmo é um processo que ocorre no cérebro; é a liberação de morfina natural do próprio corpo - sinônimo de prazer. Essa morfina é uma substância natural, sem nenhum para-efeito. Ainda não existe em nenhuma substância química sintética com poderes de integração do circuito cerebral ou com poder de aumentar a capacidade elaborativa do ser humano. A ejaculação é um outro processo, um fenômeno periférico, é a expulsão de um líquido pelo pênis.
É muito comum encontrar mulheres poli-orgásmicas que desenvolveram essa capacidade intuitivamente. Essas mulheres, depois de vários orgasmos, alcançam naturalmente o êxtase. Isso ocorre porque a concentração de morfina no cérebro e na circulação sanguínea é tão grande que vai aumentar o nível da superconsciência. Já com os homens é um caso muito mais raro. O homem tem, pela própria natureza, o desejo de penetrar e ejacular para sentir prazer. É por isso que se diz que o homem é mais apressado que a mulher.
Entretanto, o homem também pode ter vários orgasmos para depois ejacular. A maioria nem sabe que isso é possível, desde que desenvolva a capacidade de introspecção para obter esse tipo de satisfação. O primeiro passo para desenvolver essa capacidade é saber ativar as contrações espasmódicas das vias que expulsam o líquido, que irão ativar os núcleos do cérebro e liberar a morfina, desencadeando o prazer. No momento em que o homem desenvolve essa capacidade (ativar a contração das vias espasmódicas sem ejacular) vai desenvolver também a capacidade de ter orgasmo muito mais prazeroso. Mas, o importante é sempre falar com seu médico, que lhe dará as orientações de que precisa para melhorar sua vida sexual.
Os homens, ao contrário das mulheres, normalmente não precisam de preliminares para ter orgasmo e ejaculação. Mas, ao habituarem-se a esta prática só terão a ganhar com um prazer muito maior. É que durante as preliminares, também o homem tem aumentada a quantidade de morfina endógena (produzida pelo corpo), que atinge o cérebro e circula no sistema sanguíneo.
No momento do encontro sexual, um desempenho satisfatório é a mola propulsora para uma vida feliz e a plena satisfação pessoal. Portanto, uma boa orientação de um especialista é fator fundamental, que pode mudar a vida de um casal.
Na primeira faze da ejaculação normal, os músculos de cada "epidídimo" e de cada "canal deferente" contraem-se para impelir os espermatozoides até a próstata e a uretra. Até então os espermatozoides são inertes, por causa do meio ácido e da insuficiência de oxigênio. Na próstata e pouco adiante, eles se misturam a vários líquidos constituintes do sêmen: secreções prostáticas, dos dutos ejaculatórios, das vesículas seminais e das glândulas de Cowper (bulbo-uretrais). A alcalinidade de alguns desses fluídos anima os espermatozoides, mas só na vagina é que eles irão adquirir plena mobilidade.
Na segunda fase da ejaculação o esperma é ejetado por efeito de contrações espasmódicas da próstata e de outras estruturas, principalmente os músculos bulbo-cavernosos que envolvem o "corpo esponjoso" (pênis), ao longo do qual passa a uretra. As três ou quatro primeiras contrações uretrais expulsam o esperma em outras tantas golfadas, com intervalos de menos de um segundo. Seguem-se outras contrações, mais débeis e irregulares, que fazem fluir mais algumas gotas de sêmen.
A ejaculação precoce, ou prematura, é um tormento para muitos homens. Pode ocorrer antes da introdução do pênis na vagina ou, se já introduzido, antes que a mulher tenha tido pelo menos um orgasmo. O conceito é reconhecidamente vago, pois não se aplica ao caso de mulher incapaz de orgasmo, nem à que tem dificuldade anormal de obtê-lo no coito. Ninguém sabe precisar qual o prazo "normal" ou "razoável" para que a mulher tenha o seu orgasmo. Daí a importância de nunca ter pressa e não economizar em carinhos preliminares para que a mulher tenha tempo de preparação para o orgasmo. Masters e Johnson, arbitrariamente, consideraram que o homem sofre de ejaculação precoce quando não consegue levar a mulher ao orgasmo em pelo menos 50% dos coitos.
Entre homens jovens a ejaculação precoce é uma aflição comum, tanto pelo efeito da impetuosidade natural da idade como pela inexperiência. A dificuldade decorre essencialmente da incapacidade de o homem controlar o reflexo ejaculatório. Mas está demonstrado que um grau satisfatório de controle pode ser obtido mediante aprendizagem.
Entre os diversos tipos de ejaculação destacam-se também a "retardada", e "a retrógrada".
A ejaculação retardada é uma disfunção que a dupla Masters e Johnson chamou de "incompetência ejaculatória" e consiste em persistente inibição do reflexo ejaculatório, apesar de a capacidade de ereção ser normal. Alguns portadores da disfunção só a experimentam no coito, ou em determinada mulher, ou ainda em certas situações e assim por diante.
A causa desse tipo de ejaculação é quase sempre de ordem psicológica: sentimentos de culpa associados ao sexo, timidez, particularidades afetivas do relacionamento e outros fatores do mesmo tipo. É, portanto, indispensável consultar um bom médico para determinar o caminho certo a seguir, que pode ser o de um psicólogo especializado.
A ejaculação retrógrada é uma anormalidade pela qual o esperma não é expelido, mas descarregado na bexiga, de onde mais tarde é eliminado junto com a urina, na micção normal. Ela ocorre espontaneamente em alguns homens, mas é mais comum nos que tiveram a próstata extirpada por cirurgia ou afetada por acidente. Para entender melhor: Na ejaculação normal, a contração de um esfincter (válvula muscular) interrompe a comunicação da bexiga com a uretra, o que não apenas previne a mistura de urina com o sêmen, mas também o recuo do esperma. A destruição desse esfíncter faz o esperma desviar-se para trás, na momento do orgasmo, e cair na bexiga. Aqui, mais uma vez, fica evidente a importância de um médico especializado para orientação precisa.
Nicéas Romeo Zanchett
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