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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

DELÍRIO - de Olavo Bilac

                           DELÍRIO - de Olavo Bilac
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenezi.
No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
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Esta obra prima de Olavo Bilac deve ter causado furor aos moralistas da época.
Nicéas Romeo Zanchett
http://poesiaseroticas.spaceblog.com.br

A LIBERDADE SEXUAL FEMININA


                   A LIBERDADE SEXUAL FEMININA
As mulheres modernas deixaram para traz milenares conceitos e preconceitos. Seus últimos receios cairam por terra e finalmente se libertaram dos caprichos e da subserviência aos homens. Aos poucos elas foram conquistando uma liberdade cada vez maior e hoje exigem mais e melhor do amor porque já não são mais as antigas escravas submissas.
Mesmo passado tanto tempo do advento da pílula, muitos homens ainda estão assustados com esta nova mulher. Elas estão expondo à luz suas verdadeiras vontades e desejos que antes eram reprimidos e guardados apenas para si. Mas, por outro lado, os homens descobriram que as mulheres são mais ardentes que eles e quando estimuladas, transformam-se em verdadeiros furacões do amor.
A agressividade das mulheres é um fato nôvo ao qual alguns homens ainda não se habituaram. De eternas conquistadas, passaram a ser conquistadoras. No passado as mulheres que tomavam a iniciativa constituíam uma exceção e quase uma anormalidade. Hoje, ao se igualarem aos homens no jogo do amor, elas adquiriram nova personalidade e, ao mesmo tempo, um novo encanto. Não são mais passivas, mas não deixaram de ser meigas e belas.
O sexo é um instinto. Uma pessoa indiferente a esse instinto deve ter razões importantes para isso. Talvez uma das razões seja a velada guerra que, mesmo inconscientemente, continua existindo entre os sexos. As tenções da vida diária provocam um estado de irritação quase que permanente, e essa irritação acaba sendo despejada no parceiro ou parceira, influenciando assim, desastradamente, nas relações sexuais do casal.
A ambição pelo poder, pelo dinheiro e pelo prestígio social são substitutos  do instinto sexual. Vemos cada vez mais a sexualização do dinheiro, ou seja, o dinheiro considerado como uma conquista sexual. A razão desse fenômeno é que o homem joga com mais segurança na busca do dinheiro, que considera mais fiel que a mulher.  Pela mesma razão, podemos notar que muitos homens preferem o amor das prostitutas, porque com elas o jôgo é mais seguro e verdadeiro. Eles pagam e exigem o que querem.  As esposas exigem cada vez mais e torna-se mais difícil setisfazê-las. Temos como exemplo o caso do homem que chega extenuado do trabalho. Nesta condição ele não gostará de ser submetido a um duro teste para provar a sua masculinidade. No fundo, a maioria dos homens detestam e procuram evitar as mulheres que exigem sexo constantemente. Talvez isso ocorra pelas mesmas razões que fizeram as mulheres, desde a ancestralidade, submissas às vontades dos homens. É como se elas estivessem dando o troco. Entretanto, é importante observar que existe uma substancial diferença entre desejar e exigir sexo. Quando a mulher apenas deseja, pode tornar-se uma verdadeira companhia para o amor, mas a coisa muda de figura quando ela exige.
Sexo é um instinto cujo elemento básico é a busca do prazer. Um homem, mesmo forçado a ter relações freqüentes com uma mulher, pode sentir prazer, mas nunca será "aquele prazer" e, com o tempo, começará a odiar e evitar aquela mulher que para ele é insaciável. A constante exigência faz com que a relação do casal fique muito artificial e nada tem a ver com o desejo.
Muitos homens parece que estão indiferentes ao sexo. Há uma certa falta de sentimentos. Há homens incapazes de sentir desejo, paixão ou prazer. Vivem apenas para o sucesso profissional e completamente indiferentes em matéria de sexo. Já muitas mulheres de sucesso profissional desejam obter o prazer sexual com a mesma facilidade e prestesa com que fazem compras no shoping. Procuram uma completa satisfação sem terem  o cuidado de se prepararem emocionalmente para o ato. Embora falem sempre em felicidade e amor, essas mulheres modernas estão dando maior importância aos assuntos sexuais, mas os homens não estão conseguindo entender bem êste novo jogo e ficam perplexos e confusos.  
Uma vida sexual satisfatória depende basicamente  da capacidade de um dos parceiros expandir-se sexualmente em toda a sua plenitude e imaginação. Mas sem confiança mútua isso torna-se impossível. De modo geral, o marido teme comunicar as suas fantasias à mulher, pressupondo que vai chocá-la ou ofendê-la. Limita-se apenas a fazer aquilo que imagina que ela espera dele.  Esta falta de dialogo sincero acaba prejudicando o relacionamento e quando o homem deseja sentir um verdadeiro prazer, termina por procurar outra mulher. Com ela se sente animado a liberar-se de seus complexos, fazendo funcionar a imaginação sexual para realizar o que tanto deseja. Entramos aqui num campo muito diversificado, pois há imaginações diferentes para cada pessoa. Mas a verdade é que os instintos não são antinaturais, pelo contrário, são necessários a uma vida sexual satisfatória e sadia.  
Sempre se disse que o casamento é uma instituição fadada ao fracasso e que brevemente as pessoas não mais passarão pelo cartório ou pela igreja. Até certo ponto isto é verdade, pois o que vemos é um crescente número de uniões sem qualquer tipo de compromisso moral ou econômico. Isto, porém, não quer dizer que os homens não confiam mais nas mulheres. É que muitos homens e também mulheres, não querem mais ter a sensação de estarem presos a determinada pessoa. Em muitos casos é por experiências anteriores que procuram não repetir. Um dos fatores que mais tem contribuido para esse novo modelo de casamento é a severidade das leis do divórcio. O homem não se conforma quando pensa que terá de sustentar uma mulher que não é mais sua e que nada mais significa em sua vida.
De modo geral,  ainda hoje, os tribunais querem sempre castigar o homem cujo casamento fracassou. E sua pena é pagar. As leis ainda se baseiam no falso mito do sexo fraco e acabam sempre favorecendo a mulher.
Embora muitas não concordem, não se pode negar que é uma contradição: as mulheres lutam pela igualdade de direitos, mas na hora de obter o divórcio tranformam-se em seres desiguais, fracos, medrosos, que necessitam de apoio para viver. Tal atitude não é apenas hipócrita, mas também inconseqüente. Antigamente esta inconseqüência era um dos charmes femininos porque as leis não eram tão parciais.  Hoje, o homem teme permanentemente que a mulher uso o sexo apenas para ter direito a seu dinheiro e garantias futuras. Esta questão é muito importante e pode levar o homem moderno não apenas à indiferença, mas à própria impotência ou desinteresse. 
O casamento perde o sentido quando o casal não deseja ter filhos. Se não deseja ter filhos, para que casar? O melhor é apenas viver juntos até o dia que for conveniente para os dois. O movimento hipie pode ser considerado como o início desta tendênca. Ele tem um significado mais profundo, pois baseia-se na sua revolta contra a hipocrisia. 
Com erros e acertos, a verdade é que homens e mulheres sempre estarão juntos. O importante é  encontrar o caminho que possa formatar um relacionamento prazeroso. Este caminho passa, necessáriamente, pela sinceridade, pelo diálogo franco, pela fidelidade, pela compreenção e pela tolerância que molda a convivência no dia a dia de um casal. 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://amoresexo-volume1.blogspot.com.br

domingo, 16 de dezembro de 2012

O VIAGRA NÃO EVITA E NEM CURA IMPOTÊNCIA

           O VIAGRA NÃO EVITA E NEM CURA IMPOTÊNCIA
Quando o pênis está relaxado e não há nenhum tipo de excitação sexual, a quantidade de sangue que entra pelos vasos sangüíneos do corpo esponjoso é a mesma que sai.
Quando o cérebro recebe um estímulo sexual, células do corpo cavernoso do pênis liberam óxido nítrico. Este óxido atua sobre a molécula chamada GMP (guanosina monofosfato cíclica), responsável pela dilatação dos vasos e relaxamento do corpo esponjoso, o que permite a ereção. Mas a enzima PDE5 (fosfodiesterase 5) pode estragar tudo, inativando a GMP cíclica. Quando isso ocorre, a mesma quantidade de sangue que entra sai do pênis e ele não fica ereto o suficiente para a penetração na vagina.
O Viagra age bloqueando a PDE5. Com isso, a GMP cíclica volta a entrar em ação. Desse modo, os vasos do corpo esponjoso se dilatam para o sangue entrar até o ponto de expandir o tecido erétil e comprimir as veias que fazem o sangue sair do pênis. Com as veias comprimidas o sangue é bloqueado dentro do corpo esponjoso e o pênis se mantém ereto. Mas o estímulo sexual, que inicia todo o processo, é fundamental para a ereção.

A pílula facilita a ereção, mas não evita a impotência  em casos como a obstrução das artérias de membros inferiores.
O processo da ereção depende diretamente da excitação do homem. O Viagra não é um excitante e nem atua sobre o sitema nervoso central.  Ao agir de modo específico sobre o corpo cavernoso, que é o tecido erétil do pênis, a droga facilita a ereção, mas não a provoca se houver causas psíquicas ou orgânicas impedindo o estímulo sexual.
A disfunção da ereção pode ser vista como um problema global, que envolve o corpo e a mente. Tudo depende do estado físico e mental do indivíduo. Assim sendo, uma preocupação, cansaço, ou estresse podem neutralizar o efeito do Viagra pela falta de excitação que é componente indispensável para que o mecanismo da ereção funcione. Um paciente deprimido não consegue ter uma vida sexual normal. Da mesma forma um homem que se excita com uma parceira mas não com outra, também não terá sucesso com a pilula. Observe como a excitação é importante para que o pênis fique ereto. Muitos homens se excitam normalmente, mas, mesmo assim usam o Viagra. Nesse caso ele funciona como um estímulo psicológico; uma espécie de efeito placebo.
O remédio pode dar bons resultados quando o homem tem a ereção mas perde, durante a relação sexual, por um problema chamado fuga venosa. Neste caso, o sangue foge do pênis, não ficando nele o tempo necessário para que a ereção seja mantida até o orgasmo. Como o Viagra tem a propriedade de concentrar por maior tempo o sangue na região genital, pode ajudar na impotência. Mas até 70% dos casos são de origem psicológica e neste caso o efeito do remédio também é apenas psicológico e não necessariamente de efeito químico. Ele produz um estado de segurança para o indivíduo que sem ele se sente inseguro e temeroso. É a tal impotência psicológica que afeta homens organicamente saudáveis, mas psicologicamente enfermos.
Há vários motivos que causam impotência, como a anemia, o diabetes não controlado, a insuficiência renal, baixos níveis de testosterona e a atrofia dos testículos. É preciso investigar bem as causas do problema, para que se possa tratá-lo adequadamente. Se ouver obstrução das artérias cavernosas, por exemplo, não adianta tomar Viagra pois o pênis não enrijecerá.
Basicamente a droga só funciona, com seu efeito químico, em casos leves de impotência, em que o pênis não fica rígido o suficiente para penetrar na vagina. E isto pode acontecer com homens de qualquer idade, inclusive jovens. Os jovens também apresentam problemas sexuais, sobretudo devido à ansiedade quanto ao desempenho. Nestes casos o tratamento deve ser estritamente psicológico e não químico.
A rigidez do pênis é resultado de um complexo mecanismo de que participam os sistemas neurológico, vascular, hormonal e psicológico.  Para se utilizar a terapia adequada é indispensável a identificação  correta da perturbação que a provoca. Sem isso, qualquer tratamento  irá fracassar.
Hipertensão, doença coronariana, tabagismo e traumas pélvicos podem levar à impotência. Só o médico, depois de avaliar todas as possíveis causas da impotência, irá diagnosticar e prescrever o tratamento certo.
Nicéas Romeo Zanchett.
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

HPV - PAPILOMA VIRUS HUMANO -(human papillomavirus)

                               HPV - PAPILOMA VIRUS HUMANO
                                            (human papillomavirus)
O HPV é um virus que também é sexualmente transmissível. Muitas pessoas os confundem com o HIV, mas não tem nada a ver.
Ele infecta tanto as mulheres como os homens. Nas mulheres ele ataca principalmente a pele da vulva (área externa do órgão genital), a região em torno do anus, a vagina e o colo uterino. Um dos maiores problemas é que ele pode passar despercebido, exceto pela presença de corrimento, uma coceira na vulva e verrugas.

O virus também atinge os homens, contudo, a infecção permanece latente, isto é, não se manifesta através dos sintomas mais comuns. Entre estes sintomas estão pequenos tumores benígnos (ou verrugas), que se concentram na área genital. As verrugas masculinas crescem em torno da entrada da uretra e do anus, bem como nas áreas do pênis em que há atrito com a vagina. Apos o contato sexual,  podem levar oito meses para se manifestar e neste periodo o homem tem a oportunidade de espalhar o virus às suas parceiras sem se dar conta do problema.

As vítimas preferenciais do virus são as mulheres, sexualmente ativas, na faixa etária entre 15 e 25 anos. Pesquisa indicam que atinge entre 3% e 5% da população em idade reprodutiva. O contágio se dá principalmente através do sexo oral, vaginal e anal. Também pode ser transmitido por objetos úmidos, como toalhas de banho ou biquínis compartilhados por mulheres. Outra forma de transmissão, muito rara, ocorre durante o parto normal, com a mãe infectada contagiando o bebê. Se não for diagnosticada e tratada a tempo, evolui até se tormar muito grave. É considerada a doença mais comum em todos os países. Nem sempre a doença é identificada logo, já que há casos em que ela se manifesta não através das verrugas, mas através de manchas esbranquiçadas ou lesões redondas e pequenas, do tamanho da cabeça de um alfinete.
É muito comum que as pessoas, ao descobriem que estão com a doença, entrem em pânico imaginando tratar-se do terrível HIV, mas esta é perfeitamente tratável.
O virus é altamente transmissível. Cerca de 75 % das pessoas que têm contato sexual com um parceiro infectado desenvolvem HPV dentro de três meses. Ele está presente em mais de 90 % de todos os casos de câncer do útero. Mas só as mulheres infectadas que não se tratarem estão em risco de desenvolver o câncer. Uma lesão inicial leva no mínimo dez anos para se transformar em câncer. Isso reforça a importãncia do exame anual preventivo - PAPANICOLAU.

O resultado anormal do primeiro exame não significa que a pessoa esteja com câncer. Muitas vezes o diagnóstico pode ser feito durante o exame ginecológico, sobretudo se as verrugas forem visíveis a olho nu. Toda a vez que um exame preventivo (chamado Papanicolau) verificar que há alguma anormalidade com as células da área genital, o passo seguinte é fazer um exame mais apurado, chamado colposcopia, seguido de biópsia dos tecidos. Mas não se apavore, peça orientação a seu médico e não se impressione com palpites de amigas. A maioria das mulheres com HPV "não" está à beira de um câncer de útero. Uma vez diagnosticado, o vírus é facilmente tratado, mas é importante que este diagnóstico não seja tardio. Existem outros fatores que se associam ao câncer de colo de útero, entre eles a carência de vitaminas C e D, o uso descontrolado dos contraceptivos orais, os partos múltiplos e a falta de exames ginecológicos anuais. O exame ginecológico anual é essencial, pois permite que o vírus seja diagnosticado e controlado antes que se torne um caso mais grave.
Muitas pessoas expostas ao vírus não ficam doentes porque seu sistema imunológico está mais fortalecido. Mulheres com doenças que prejudicam sua imunidade - como Aids - e que tem HPV devem ser tratadas imediatamente, pois a baixa imunidade permite o agravamento da doença.
Quando o HPV é detectado, a mulher deve fazer o controle para o resto da vida, pois o vírus, mesmo ficando latente durante certos períodos, pode retornar, sobretudo em fases de baixa imunidade do organismo. Além disso, a presença do HPV aumenta em 16 vezes o risco de câncer.
Existem cerca de 80 subtipos diferentes do virus HPV, mas a maioria são benígnos. Há inclusive alguns associados às verrugas comuns da pele (por exemplo, as verrugas que nascem nos pés).

As pesquisas tem se concentrado num grupo pequeno, os que produzem mais risco de malignidade. Os subtipos  de maior risco são o16 e o 18. O HPV-16 é uma das formas mais agressivas do microorganismo; acredita-se que ele seja responsável por cerca de 50% dos casos de câncer do colo do útero em todo o mundo. Os tipos 6 e 11 são os de mais baixo risco.
O exame é feito por um ginecologista de forma rápida e indolor. O médico colhe material da vagina com uma espátula descartável. O material é enviado ao laboratório para análise. Lá é examinado ao microscópio, o que permite detectar alterações nas células da superfície do colo do útero. Se a "displasia"(nome que os médicos dão às alterações pré-malígnas) for grave, pode ser feita a colposcopia (exame microscópico muito mais preciso) e a biópsia do tecido.
Principalmente os jovens namorados, com vida sexual ativa, talvez por constrangimento, evitam falar no assunto. Mas é importante ressaltar que a única prevenção contra o vírus  do "papiloma humano" é a mesma para qualquer doença sexualmente transmissível: o preservativo, ou camisinha, usado durante as relações sexuais.

Também entre as pessoas mais velhas e experientes ainda há muita gente com vergonha de tocar nesse tema.  Alguns homens com lesões anais jamais mensionam às mulheres que já tiveram relações homossexuais. Com isso colocam as parceiras em risco de contrair tanto o HPV quanto o HIV. E, por incrível que possa parecer, há mulheres que não exigem o uso da camisinha, embora desconfiem do comportamento promíscuo dos parceiros. Os homens, por sua vez, deveriam ter mais consciência e tomar os cuidados necessários, mesmo que sua mulher não exija. Depois que o casal se acostuma ao uso da camisinha tudo fica muito natural. É como se ela nem existisse.
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Este artigo não é um documento médico-científico. É apenas uma contribuição, viabilizada por pesquisas sobre o tema, em linguagem simples para facilitar o entendimento por pessoas leigas.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ORGASMO SIMULTÂNEO

                                 ORGASMO SIMULTÂNEO
Quando se fala em sexualidade os mitos estão sempre presentes. São mitos quanto ao desempenho, quanto à satisfação, quanto ao próprio desenvolvimento do ato sexual em si.
O orgasmo simultâneo é possível, embora raro, porque pressupõe a coincidência de rítmos diferentes, mas parece ser mais um desses objetivos que grande parte das pessoas procura sofregadamente atingir. Ele pode ocorrer quando menos se espera, num momento saudável de comunhão de corpos e espíritos.
O orgasmo simultâneo tem muito do ideal romântico de um casal. Entretanto, não se deve estabelecê-lo como se fosse uma meta obrigatória, fundamental e essencial para a felicidade.
Para o casal chegar ao clímax junto é preciso harmonia de movimentos entre os corpos.
A excitação depende muito do visual e dos pensmentos de cada parceiro. O casal começa por se tocar mutuamente, manipulando seus orgãos sexuais, e assim dando tempo para que os dois se preparem e consigam atingir o orgasmo simultâneo, mas mesmo assim o rítmo de um ou do outro pode ser diferente. Isto acontece porque cada um está envolvido com o próprio prazer e muitas vezes não consegue dar continuidade a um movimento que está dando prazer ao parceiro. O que se sabe é que na maioria das vezes acontecem orgasmos consecutivos e não simultâneos.
A harmonia de movimentos proporciona uma relação mais intensa, com os dois parceiros se curtindo em profundidade. É natural que cada um possua seu próprio objetivo de prazer, mas tudo deve acontecer como numa dança, onde um tem que estar ligado no que o outro vai fazer.
Sabemos que a mulher tem um rítmo de excitação mais lento do que o homem, mas isto não pode ser usado para camuflar algum problema mais sério como, por exemplo, o distanciamento do casal.
Na medida em que se aprofunda a afinidade, com o conhecimento de um pelo outro, as barreiras vão sendo destruídas, inclusive as sexuais, colocando o casal em comunicação através de uma linguagem comum que ajuda a encontrar o melhor caminho para chegarem juntos ao prazer do orgasmo.
Muitos homens, impulsionados pelo fator cultural, acham que devem sempre perseguir o ideal do orgasmo simultâneio. Na cama, muitas vezes apenas para impressionar, quando sentem que vão gozar e a parceira ainda está a caminho , começam a desviar a atenção para outras coisas. Essa distorção acaba prejudicando todo o prazer espontâneo que ele poderia tirar da relação. 
Os estudiosos Masters e Johnson estabeleceram quatro fases para o ato sexual: a excitação, o platô, o orgasmo e a resolução. O orgasmo simultâneo pode ocorrer quando os dois parceiros percorrem as fases de excitação e platô em igual tempo e caminham juntos para a etapa subseqüente num só nível de prazer. Mas, na maioria das vezes, um acaba tendo orgasmo antes, o que ajuda provocar o orgasmo do outro.  A visão do parceiro entrando em clímax é muito excitante e a participação no orgasmo de quem chegou primeiro é um gatilho para se alcançar o próprio orgasmo. Quando o homem chega primeiro ao orgasmo, que é o que geralmente acontece, a mulher pode se concentrar nas pulsações do pênis dentro de sua vagina e também na sensação do esperma sendo liberado e então chegar lá, quase juntos. Da mesma forma, um homem, quando sua parceira já teve orgasmo, pode se concentrar nas contrações espasmódicas dos múlculos em volta da vagina comprimindo e relaxando, e com movimentos do seu próprio pênis, neste momento, conseguir maior excitação e chegar ao orgasmo em seguida.
O momento exato do orgasmo sempre traz uma espécie de perda da consciência por alguns segundos e por isso acabam não curtindo juntos. Nessa condição, cada um acaba esquecendo-se do outro, mesmo que por poucos segundos, para só então se reencontrarem conscientemente.
Muitas casais pensam que estão tendo orgasmo simultâneo, mas na verdade são orgasmos consecutivos.
Nicéas Romeo Zanchett
http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br


INSTINTO SEXUAL

                       INSTINTO SEXUAL
Muitas mulheres imaginam que o homem está sempre pronto para o sexo. Seria o natural instinto do macho. Da mesma forma, muitos homens imaginam que a felicidade completa seria ter muitas mulheres ao mesmo tempo. É certo que os homens gostam de sonhar acordados com muitas mulheres e de olhar fotos lascivas, um tanto estonteados com a realidade. Na verdade, na vida real,  as coisas são bem diferentes.

Os homens e as mulheres têm atitudes bem diferentes sobre sexo. Os homens têm sua orientação sexual  no hemisfério cerebral direito, e são atraídos pelos olhos, muito mais que as mulheres. Ficam excitados com fotos sexy e olham mais as mulheres na rua do que elas os olham. Embora achem o prazer sexual menos difícil de entender do que as mulheres, parece-lhes absolutamente inconcebível  uma mulher gostar de sexo sem orgasmo.  Tendem a ser mais confiantes sobre sua "performance" como amantes.
Já as mulheres têm orientação sexual no hemisfério cerebral esquerdo, e são atraídas pelas palavras. Podem ficar excitadas com conversas e idéias românticas.  Têm medo de não serem boas amantes e receiam que os homens as queiram apenas para o sexo, sem amor. Apesar de conhecerem os métodos contraceptivos, elas são mentalmente programadas para estarem atentas a uma possível gravidez. É por isto que a presença do amor lhes parece tão importante na escolha de um parceiro. Daí a importancia que dão à durabilidade de um relacionamento. Elas sonham com amor eterno e eles sonham com sexo sem compromisso.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br


domingo, 2 de dezembro de 2012

AS DIFERENÇAS ENTRE EROTISMO MASCULINO E FEMININO

                  DIFERENÇAS ENTRE EROTISMO MASCULINO E FEMININO
O relacionamento de um casal deve sempre levar em conta as fundamentais diferenças que existe entre os dois parceiros. Principalmente o homem, nunca pode esquecer que está diante de uma pessoa cujos sentimentos são muito diferentes dos seus. Para começo de conversa, a mulher age sob o impulso dos hormônios femininos e o homem dos hormônios masculinos. Isto por si só basta para dizer o quanto é importante usar a sensibilidade diante da parceira.
O erotismo masculino é ativado pela forma do corpo, pela beleza física, pelo fascínio, pela capacidade de sedução da mulher. Não pelo reconhecimento social, pelo poder, pela posição social. Se um homem tem a passibilidade de escolher, para fazer amor, entre uma mulher importante ou famosa, mas não tão bela e outra comum e simplesmente linda, não terá dúvida em escolher a segunda.  
Na mulher tudo é diferente. Elas não procuram homens bonitos, mas sim aqueles que tiveram mulheres bonitas. Tendem a uma permanente competitividade entre si. O erotismo feminino é profundamente influenciado pelo sucesso, pelo reconhecimento social, pelo aplauso e, principalmente, pela classificação no elenco da vida. É por essa razão que se sentem atraídas por artistas famosos, homens carismáticos, lideres religiosos ou com alta posição social e poder. Eles são amados, mesmo que seja fraternalmente, por muitas outras mulheres e isso desperta o erotismo feminino.  As feministas esplicam esse fenômeno com o fato de que foi sempre o homem que mobilizou o poder. A mulher, dizem elas, ao longo dos milênios, aprendeu a erotizar a proteção do poderoso. Entre os mamíferos superiores, a fêmea entrega-se ao macho que derrotou os rivais e domina o território. Entre humanos pode ser verdadeiro como fato antigo, mas, com a igualdade entre os sexos, esta situação tende a lentamente desaparecer.
Resumindo, pode-se dizer que o homem sonha com mulheres diversas, enquanto a mulher vive paixões com um único homem, mas absolutamente extraordinário.
Não há dúvidas de que o homem ama a variedade e a mulher, ao contrário, busca um amor eterno. O primeiro sonha com um corpo sensual, a segunda, com uma relação amorosa duradoura, até que a morte os separe. Sertamente a mulher é mais possessiva, persistente e fiel com seu escolhido. Para ela a masculinidade é um atributo físico e social. O simples olhar, um gesto de comando, o modo de falar, o carro esporte, o odor, a superioridade, são fatores que nunca passam despercebidos.  Em sua forma benévola, suave, a masculinidade se apresenta no arquétipo do príncipe encantado.
Entretanto, se o encantamento dependesse apenas das qualidades reconhecidamente sociais das pessoas, todos os homens se apaixonariam unicamente pelas mulheres belíssimas, e as mulheres unicamente pelos homens poderosos e famosos. Isso realmente não acontece. Há portanto, aqui, uma oposição erótica pelo lider poderoso, que se dirige a um objeto coletivamente reconhecido, e o enamoramento, que envolve a individualidade por si mesma. O enamoramento subverte os valores sociais, as hierarquias reconhecidas. Quando está apaixonada, a mulher ama até a pequenez, os defeitos, as fraquezas, a fragilidade do amado. Ama-o como ele é, não levando em conta a opinião do resto do mundo. Seu amor posiciona-se acima da opinião coletiva. Toda a mulher procura encontrar o herói no amado.
O correspondente feminino do poder é a grande beleza. Nela se oculta uma terrível carga competitiva. As mulheres já perceberam, com estupor e inquietude, que freqüentemente os homens tem medo da beleza feminina. A mulher muito bonita sempre desperta desejo, mas também desconfiança e temor. Por essa razão, homens bonitos, inteligentes, cheios de qualidades, com muita freqüência se casam com mulheres feias ou apenas agradáveis. O gosto não mudou, mas aprenderam a desejar algo mais modesto, mais ao seu alcance e, principalmente, que lhe dá segurança. 
A grande beleza é atraída inexoravelmente pelo poder, e o poder tende a monopolizá-la. A sedução feminina tende a produzir uma emoção erótica indelével. Mesmo quando se trata de apenas uma aventura, um único encontro, provoca no homem um desejo que se acende como uma tocha. 
A observação objetiva e sem preconceitos da realidade nos mostra que existem apenas algumas categorias de homens que possuem mulheres belíssimas: astros famosos, alguns milionários, grandes atores, poderosos diretores, líderes carismáticos e até gangsters. Quem pretende a mais bela deve estar sempre disposto a defendê-la a qualquer custo. No poema de Goethe, quando Fausto encontra a bela Helena, é obrigado a conquistar Esparta e derotar Menelau numa guerra. Esse profundo vínculo ansestral, mas sempre vivo e renovado, torna os homens comuns mais prudentes.  
Ao seduzir um homem a mulher quer, acima de tudo, produzir um enamoramento, suscitar nele um desejo permanentemente e renovável. Porém sua meta última não é o ato sexual, mas sim despertar-lhe um encantamento e fixá-lo sobre si. Por essa razão o estímulo sexual deve ser, ao mesmo tempo, recusa, obstáculo. O estímulo apressado em consumar a satisfação sexual não é um encantamento, mas sim o esquecimento, o desinteresse. Isto acontece porque aceita o fim do estímulo. O encantamento é o contrário do obsceno
O macho, quando pensa na conquista, tem em mente a relação sexual sem continuidade. Para seduzir um homem a mulher precisa de bem pouco artifício. Basta levantar a saia, deixar que entreveja seu seio, sussurar-lhe que o deseja e ele imediatamente se acende, pronto para fazer amor. No erotismo masculino o que conta é a intensidade do encontro sexual. Tem, portanto,  um princípio e um fim. Ele vê tudo como uma experiência regeneradora, da qual sai enriquecido, reforçado, feliz, realizado.   Já para seduzir uma mulher a tarefa não é tão simples. Ela tem em mente a emoção erótica que o faça desejá-la para sempre. Ela não quer apenas uma conquista, mas sim um romance, uma continuidade. Sempre de disse que toda a mulher espera pelo príncipe  encantado que virá despertá-la. Ela o espera para mostrar-lhe uma beleza que ele desconhecia e fazê-lo experimentar desejo e paixão. Quer fazer-se desejada, ser lembrada para sempre. Age toda no presente, mas tem os olhos no futuro.
 O homem enamorado experimenta, às vezes, um sentimento de profunda tristeza pensando que o divino momento que vive está destinado a desaparcer, a perder-se no tempo. Durante a separação, continuará a pensar em sua amada. Às vezes sente mesmo um desejo lancinante. Se imagina tê-la perdido para sempre, sentirá uma angustia tão dolorida que o deixará completamente indefeso. A lembrança dela mora em seu coração.  Entretanto, se o homem não está enamorado, o desejo de revê-la dependerá da beleza do encontro. Se este foi muito gratificante, desejará encontrá-la outra vez. A sedução feminina tende a isso, mas o enamoramento profundo é um acontecimento raro, improvável. Além disso,  mulher tem dificuldade de reconhecê-lo com segurança. Tende a confundir o apaixonamento com a continuidade temporal física, coisa válida para ela, mas não para o homem. Diante dessa situação, a sedução feminina procura renovar-se, duplicar-se com o objetivo de exorciar o descontínuo que existe nele. Mas, assim fazendo, é obrigada a repetir o esforço e torna-se cada vez mais insegura.
A mulher é artífice de uma contínua transfiguração de si mesma e da sua casa. Quando inicia uma relação amorosa que lhe agrada muito, despreende uma energia incrível preparando-a, tornando-a atraente, confortável, acolhedora, para que seu homem ali encontre alegria e vida. A casa, seu ninho de amor, é verdadeiramente uma extenção de si mesma, de seu corpo.
O homem tem uma natureza de total despreendimento amoroso. Adormece facilmente apos o ato sexual, afasta-se, vai embora. Isto acontece até ao mais apaixonado dos amantes, ao mais puro dos heróis. Em algum lugar, sempre existe uma fonte de esquecimento ou de amor. Por essa razão a mulher está sempre vigiando o amado, seja ele marido ou amante. E nisso não há nada de marterno, como muitos imaginam. É uma reação primária, que pertence à sedução e ao erotismo da sedução. A mulher que quer manter seu parceiro cuida e procura manter vivo o amor, nela ou no próprio homem, sem jamais romper aquele fio tênue que é a atração erótica.
Todo o encontro luminoso é um fragmento de tempo, modificável pela fantasia, que sempre poderá ser lembrado como um acontecimento de vida.  
Nicéas Romeo Zanchett
http://poesiasselecionadas.spaceblog.com.br