CIRURGIA PLÁSTICA - A BUSCA DA BELEZA IDEAL
Os ideais de beleza tem variado em verdadeiros movimentos cíclicos. Períodos diferentes tem adotado conceitos de beleza de outros períodos, com formas ideais em cada tipo de cultura. Isso é facilmente reconhecível na beleza da mulher de Creta, que tem a cintura bem fina e cabelo crespo, na dignidade austera e beleza artificial da egípsia antiga e na delicadeza e sutileza das orientais.
A cultura greco-rmana deu ênfase à beleza clássica, com proporções perfeitas e simplicidade natural. Na Idade Média, o doce e suave gênero da Madona tornou-se parte integral do expressionismo religioso. É nesse contexto que artistas, a serviço de religiões, criaram belíssimas obras tendo a beleza da mulher como musa inspiradora. A França contribuiu não só com o tipo elaborado e ao mesmo tempo superficial da cortesã do século XVII, mas fez com que a mulher francesa fosse sinônimo debeleza copiado em várias partes do mundo.
A verdade é que desde a pré-história o homem pretendeu modificar sua imagem a seu gosto. A documentação a esse respeito é vasta, tanto na forma escrita quanto nas descobertas arqueológicas que datam de 7.000 a.C.
Para adornar orelhas, lábios e narizes, os povos primitivos perfuravam e sacrificavam o próprio corpo. Este costume continua até os nossos dias. A compulsão humana de tentar melhorar a natureza tem tido modulações com a história do homem, passando por pressões autoritárias, guerras, revoluções, pressões religiosas fanáticas e graves períodos de austeridade. Desabrochou na época das monarquias e impérios, em tempos de paz e prosperidade, nas sociedades sofisticadas e onde existiam as classes mais privilegiadas. Os fenômenos de estética, com suas várias correntes, são dramaticamente ilustrados pelos anos que antecedem e pelos que seguem a Revolução Francesa.
Durante o período de Luiz XVI, a extravagância era uma constante, e os cuidados com a beleza física eram considerados uma arte. O ódio à aristocracia durante e depois da Revolução Francesa era tão grande que as perucas, os perfumes e tudo que fosse sensual eram enormemente desprezados.
O apogeu do culto à beleza se deu no final do século XX, quando foi ajudada pela democracia, através da liberdade individual de expressão influenciada enormemente pelos efeitos da propaganda, pela facilidade de novos produtos, pelos simbolismos do "status" e pela economia sadia. Em algumas sociedades, com forte conceito de moral, foram feitas publicações contra o excesso de atenção dado à estética. Paralelamente, nas sociedades mais liberais e algumas até mundanas, vários apelos tem sido feitos no sentido de que as pessoas precisam dar mais atenção a seu aspecto físico.
O ser humano é constituido pela relação entre a sua personalidade (imagem interior) e a aparência física (imagem exterior). A unidade dessas imagens ajuda o homem na busca da felicidade. Por isso mesmo a preocupação com a beleza nasceu com o próprio homem. Ele aperfeiçoou suas técnicas de acordo com ideais estéticos que variam com o tempo. A cirurgia plástica, que ja era praticada a mais de 6.000 anos, vem constantemente sendo aperfeiçoada. Ela tornou-se um dos setores cirúrgicos mais desenvolvidos, pois em suas duas modalidades - a reparadora e a embelezadora - consegue preservar, corrigir ou ajudar a natureza, tornando o ser humano mais belo e confiante em si próprio.
Devido ao grande progresso científico, a cirurgia plástica tornou-se uma indústria altamente lucrativa. Como conseqüência, surgiram milhares de "médicos milagreiros" cujo único objetivo é o lucro fácil. Por outro lado, a indústria de cosméticos e acessórios facilita o acesso de charlatões aos diversos produtos que deveriam ser utilizados apenas por especialistas. Diariamente. em todo o mundo, as páginas policiais estampam notícias sobre graves problemas e até mortes em virtude do mau uso de técnicas e produtos que hoje são facilmente encontrados.
A história da beleza e sua filosofia no mundo continua, e a operação plástica é apenas um pequeno fragmento do complexo mosaico das práticas de beleza que tem moldado tanto nossos hábitos e costumes. Essa filosofia, por definição, tem como base a qualidade de dar prazer aos sentidos e à mente. Suas raizes, emaranhadas na grande dimensão da experiência humana, necessariamente voltam aos princípios da civilização que é associada com prazeres sensoriais e intelectuais. O significado e a extenção dessa experiência desafiam uma análise específica e, sem dúvida, marcam um profundo padrão instrutivo de necessidades e reações que se refletem na plástica facial e nas ilimitadas ramificações da estética em geral
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/
UMA GAIOLA DE OURO
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ele entrou no jardim de um palácio e, saltitando, começou a procurar...
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