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domingo, 11 de março de 2012

OS GERMES E O SEXO

OS GERMES E O SEXO
Os microorganismos que habitam nosso corpo, invisíveis a olho nu, são chamados genericamente de micróbios ou germes. Os dois termos são originários do século 19, quando a tecnologia disponível não permitia diferenciar um organismo do outro.
Quando ouvimos falar em germes ou micróbios ficamos logo alarmados, mas é preciso saber que além dos indesejáveis existem germes bons.
Num mundo onde as drogas, benéficas ou não, estão sendo consumidas em grandes quantidades eles se tornam cada vez mais resistentes. A quantidade de "supergermes" criados por conta do uso de drogas em excesso é cada vez maior.
A flora vaginal é composta de germes bons, indispensáveis ao seu equilíbrio. Entre eles, o bacilo de Doderlein que protege a mucosa. Tratamentos com antibióticos contra alguma infecção podem destruir os bacilos bons e favorecer uma infecção vaginal.
Quando a flora vaginal está normal significa que a totalidade dos micróbios vive em equilíbrio. Até a adolescência, considera-se que a flora vaginal é normal quando tem o pH neutro, com micróbios que não causam problemas no interior da vagina. Quando se inicia a atividade genital o pH fica ácido com um grande número de germes - os lactobacilos. O desequilíbrio acontece quando a preponderância de germes bons não está compatível em relação aos indesejáveis.
Os principais germes indesejáveis conhecidos são:
a / Gonococo - Ao lado da sífilis, é uma das doeças mais graves, podendo provocar a esterilidade pela obstrução das trompas. Este micróbio causa infecção que, dependendo da forma de contaminação, pode ser de origem venérea. Sua forma habitual é uma uretrocervicite nas mulheres e uma uretrite nos homens. O perigo desta infecção vem do fato de que o gonococo passa praticamente despercebido.
b / Candidíase - É uma micose originada pelos fungos da Candida albicans. Nas mulheres ela provoca corrimento espesso e esbranquicado, ardência e prurido na vulva e vagina tornando o relacionamento sexual doloroso. A afecção acontece quando há desequilíbrio da flora vaginal. Poder ser causado por uso de antibióticos e também por produtos ácidos utilizados em repetições freqüentes da igiene íntima. Nos homens , em geral os mais atingidos, se manifesta através de inflamação da glande. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos e deve ser seguido pelos dois parceiros.
c / Gardnerela - São bactérias freqüentes no corrimento de mulheres que sofrem de vaginite (Infecção da vagina). Elas são hóspedes normais do local, mas podem, por razões não identificadas - talvez estresse e até mudança de parceiro - provocar corrimentos abundantes, com odor forte. Trata-se de uma afecção benigna não gonocócica que exige tratamento antifúngico ou antibiótico.
d / Clamídia - Esta infecção se deve à Chlamydia trachomatis, uma bactéria muito contagiosa. Na maioria das vezes, o homem se queixa de corrimento uretral indolor e, nos casos agudos, de dores violentas nos testículos. Se não for tratada pode causar esterilidade. O mesmo acontece com as mulheres, mas os sintomas - quando se manifestam - são discretos: pouco corrimento, ardência ao urinar e dores no baixo ventre. A mulher deve ficar atenta ao menor sinal de distúrbio, pois a clamídia pode atingir o colo do útero e obstruir as trompas.
e / Micoplasmas - É uma doença sexualmente transmisível causada por germes próximos às bactérias. Os sintomas são parecidos com os da clamídia: corrimento no homem e na mulher, além da vontade freqüente de urinar. O tratamento, simples e rápido, é feito com antibióticos.
A melhor maneira de prevenir infecções vaginais é usando sempre a camisinha e consultando regularmente seu ginecologista. Em caso de infecção lembre-se de que seu parceiro também deve se submeter ao tratamento.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com

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