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domingo, 18 de março de 2012

O CÉREBRO E O SEXO



O CÉREBRO E O SEXO

Existem muitas diferenças entre os cérebros dos mamíferos e, portanto entre o do homem e da mulher. As pesquisas sempre confirmaram a importância dos hormônios sexuais, cromossomas e hereditariedade na formação sexual, mas os cientistas descobriram que o sistema nervoso central - o cérebro - tem papel fundamental na diferenciação entre os sexos.

O quadro revelado envolve os hormônios produzidos pelos ovários e testículos; os hormônios da hipófise; e a ação controladora do órgão cerebral chamado hipotálamo.

As Células de Leydig, que se acham localizadas nos testículos, produzem o hormônio masculino (testosterona). Entretanto, essa produção depende dos estímulos de um hormônio produzido pela hipófise, chamado hormônio gonadotrópico. A hipófise, porém, não é autônoma e acha-se sob controle do hipotálamo, que se encontra anatomicamente pouco acima dela, mas da qual é estruturalmente independente.

Quando as Células de Leydig produzem testosterona, êsse hormônio sexual masculino entra na circulação sangüínea, e dessa maneira atinge órgãos muito afastados, inclusive o hipotálamo, sobre o qual age diretamente. O hipotálamo, estimulado pela testosterona, por sua vez, estimula a hipófise e dessa maneira o circuito se fecha. Até recentemente pensava-se que a testosterona agia diretamente sobre a hipófise, e não sobre o hipotálamo.

Diferentemente das fêmeas, no macho essa seqüência de estímulos é permanente, isto é, não segue um padrão cíclico como no caso feminino.

A hipófise feminina produz dois hormônios gonadotrópicos enquanto a hipófise masculina produz apenas um. O primeiro hormônio gonadotrópico da hipófise feminina, chamado Hormônio Foliculogênico, estimula o ovário a secretar o primeiro hormônio sexual feminino, ou estrogênio. O segundo hormônio gonadotrópico da hipófise feminina, chamado Hormônio Luteinizante, estimula o ovário - depois da ovulação - a secretar o segundo hormônio sexual feminino conhecido como Progesterona.

Ao entrar na circulação sangüínea, o estrogênio ovariano irá agir sobre o hipotálamo levando-o a atuar sobre a hipófise fazendo-a suspender a secreção do seu hormônio foliculogênico em favor do segundo hormônio gonadotrópico, o luteinizante. Por sua vez, este último, entrando na corrente sangüínea, vai agir sobre o folículo do ovário de onde sairá um óvulo, folículo êsse que se transforma então no Corpo Lúteo (do latim corpus luteum).

O corpo lúteo também produz seu hormônio que é conhecido como progesterona. Este, entrando na corrente sagüínea, vai agir sobre o hipotálamo, levando-o a inibir a hipófise de secretar o segundo hormônio gonadotrópico, voltando novamente a secretar o primeiro hormônio. Portanto, há um verdadeiro ciclo, ou vaivém entre hormônios do ovário, estimulados pelo hipotálamo e hormônios da hipófise.

Como vimos o cérebro se diferencia em dois tipos: cérebro masculino e cérebro feminino. Portanto, é certo dizer que o cérebro do homem e diferente do da mulher e a sede dessa diferenciação sexual está localizada no hipotálamo.

O comportamento homossexual humano, como sabemos, envolve muitos fatores psicológicos. Mas uma coisa é certa, ele depende do enxoval hormonal produzido durante o desenvolvimento nervoso. Em cada caso é preciso levar em conta a relação entre produção dos hormônios durante a infância e a fisiologia sexual de cada indivíduo adulto. A formação do cérebro sempre irá determinar o futuro sexual de cada ser.

Da mesma forma, depois de formado, o cérebro poderá sofrer alterações significativas pela forma de vida de cada um. Essas alterações, geralmente envolvem o uso de substãncias nocivas ao seu bom desempenho.

Um bom cérebro é garantia de um ótimo desempenho sexual em ambos o séxos.

Nicéas Romeo Zanchett


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