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domingo, 25 de dezembro de 2011

QUANDO A IMPOTÊNCIA SEXUAL SALVA A VIDA




QUANDO A IMPOTÊNCIA SEXUAL SALVA A VIDA


                   Muitos homens se tornam fatalistas em relação à morte prematura. Eles costumam dizer: "quando chega a hora, não tem jeito, então é melhor aproveitar". Detestam consultório de urologista. Tem medo de ficar nu diante do médico preocupados que talvez ele encontre alguma fenda e queira colocar o dedo para examiná-lo. Este preconceito absurdo continua levando muitos à morte prematura. Milhões de homens nunca são examinados para prevenção do câncer de próstata, pele e cólon. Poucos são os que recebem conselhos sobre dieta, exercícios, peso, cigarros e bebidas. A maioria não faz ideia de quais sejam seus níveis de colesterol e pressão sanguínea.
                    Tradicionalmente os homens só recebiam atendimento médico por dois motivos: primeiro, quando sofriam acidentes, atos de violência ou crises de saúde que os levavam á sala de emergência; segundo, quando alguém da família insistia muito. Agora temos uma nova razão: a impotência. Eles não tinha muita esperança em relação a cura de sua disfunção erétil até que com a chegada do Viagra seu pensamento mudou. Esperançosos, passaram a frequentar os consultórios em busca de receitas. É nessa ocasião que os médicos mais perspicazes e conscienciosos, aproveitam a visita para investigar as causas latentes da impotência. Surgem então as diabetes não tratadas, hipertensão, abuso de álcool e cigarro ou depressão crônica. Quando o homem procura um médico é porque admite sua vulnerabilidade. Esta atitude exige dele uma coragem até então desconhecida.
                    Os jovens adolescentes falam muito em sexo, o que é natural para sua idade. Mas de repente deixam de falar a respeito desse assunto e voltam seus interesses para outras coisas como dinheiro, posição social e sucesso profissional.
                    Com a chegada do Viagra e sua grande publicidade midiática, muitos homens, mesmo ainda jovens, passaram frequentar consultórios, principalmente com a preocupação de como será sua vida sexual na velhice.
                   Ao chegar aos 50 anos o homem já não tem mais o vigor de outrora. Nesta idade eles estão expostos a 50% de probabilidade de sofrer de disfunção erétil. Até recentemente eles se conformavam por achar que não havia solução.
                   Ao envelhecer ele sofre uma queda gradual de testosterona. Isto acontece mais cedo para uns e mais tarde para outros. Os níveis baixos de testosterona, além da impotência sexual, trazem outros problemas. Há perda de libido e de memória, além de acentuada redução da massa muscular e óssea. Estas perdas podem ser amenizadas com procedimentos saudáveis - exercícios, bom regime alimentar, a abstenção de cigarros e bebidas alcoólicas ingeridas com moderação.
                  A impotência, na verdade, pode ser um sinal prematuro de outros males, inclusive de doenças cardíacas. É preciso ter em mente que o pênis é abastecido pelo mesmo sistema de vasos sanguíneos do coração. Estes vasos são muito menores e correm o risco de ficar bloqueados mais cedo.
                   A doença arterial coronária pode surgir primeiro em forma de impotência. As boas coisas que fazemos para o coração também são boas para o pênis. Um homem de 70 anos que tem um coração saudável certamente não estará impotente.
                   Com dupla jornada, as mulheres acabam se exercitando muito mais que os homens e esta talvez seja a razão porque elas têm maior nível de HDL - o colesterol bom. Já o homem, na medida em que vai envelhecendo torna-se mais sedentário e evita exercícios físicos. Os indícios indicam que as mulheres, mesmo inconscientemente, praticam mais exercícios saudáveis que os homens. Com tal procedimento, os homens estão optando por uma saúde inferior. Os de meia idade apresentam níveis elevados do aminoácido "homocisteína" no sangue - fator de risco para doenças cardíacas. A homocisteína pode ser reduzida por meio de uma dieta rica em cereais, frutas e vegetais. Ela também pode ser reduzida, sob aconselhamento médico, com uso de ácido fólico, suplementos de vitaminas B-6 e B-12.
                   Em hipótese alguma se deve tomar remédios para impotência sem aconselhamento médico. Tal prática, com seus efeitos colaterais, pode agravar a saúde e em muitos casos até levar à morte. Para que alguém possa melhorar sua saúde é preciso saber antes como funciona seu organismo. Isto só é possível com exames e a orientação de um profissional habilitado.
                 Buscando tratamento para a impotência, muitos homens salvaram a própria vida descobrindo a verdadeira causa que, na verdade, o estava matando silenciosamente.
Nicéas Romeo Zanchett

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domingo, 4 de dezembro de 2011

A LIBERDADE SEXUAL E SEU LIMITE





A LIBERDADE SEXUAL E SEU LIMITE


            Na medida em que o ser humano foi atravessando as fronteiras do tempo em busca de sua própria evolução, foi alterando as funções de cada sexo na vida pessoal e na sociedade.


            O homem, pela sua própria natureza, sempre sentiu fascínio pelo combate como forma de demonstrar sua bravura. Enquanto ele estava fora, seja na caça ou na guerra, a mulher estava se tornando independente dele.


            Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres foram convocadas a assumirem muitos papeis que até então cabiam aos homens. Foi nesse período e talvez por sua causa que, nos Estados Unidos, as mulheres ganharam o direito de voto. Já na Segunda Guerra Mundial , milhares de mulheres ocuparam cargos que tradicionalmente só homens ocupavam.


              Os transtornos das guerras também tiveram como efeito o movimento da população, separando ente queridos e criando um ambiente para expressão mais livre da intimidade sexual. Essas forças colaboraram para provocar a anarquia sexual que acabou se espalhando pelo mundo todo.


              As relações entre os dois sexos nunca foram muito fáceis. Homens e mulheres, em muitas sociedades, foram educados para encarar o sexo oposto não como um complemento, mas como virtualmente oposto.


           Estamos atravessando uma nova Revolução Sexual, mas tudo está ficando confuso e caótico. A verdadeira revolução implica em um movimento claro em uma direção que é compreendida e aceita pela maioria. No entanto, o que estamos vivendo é uma anarquia sexual onde homens e mulheres se confrontam .


               No passado, quase sempre, existiam regras, padrões e papeis bem definidos para cada sexo, dentro dos quais cada um efetuava sua parte. Não vai longe o tempo em que a mulher, dona de casa e mãe de vários filhos, ia ao galinheiro recolher ovos e escolher uma galinha gorda para o jantar. Depenava, limpava e cozia ao gosto dos filhos e do marido. Usava o caldo para preparar bolinhos de massa com farinha que retirava de um grande saco com uma concha. Ia até a horta colhia tempero e verduras. Descascava batatas e escolhia o feijão com as próprias mãos. Naquele tempo não havia massas pré-fabricadas. O bolo e a cobertura tinham que ser feitos com ingredientes básicos.


            Nossa atual sociedade de consumo tem interferido de forma muito intensa nas relações entre os sexos. A dona de casa de nossos dias tem tudo pronto à sua disposição, mas parece mais ocupada que a de antigamente. Seu carro é instrumento indispensável. É com ele que dá muitas voltas fazendo compras, levando e trazendo filhos da escola ou de alguma atividade esportiva. Com a crescente influência do dinheiro e da publicidade, adquiriu um incalculável número de equipamentos e eletrodomésticos com os quais tem que se preocupar. Na verdade, talvez para preencher o vazio de sua vida, grande parte das suas atividades são por ela mesma inventadas.


              O impulso na direção de maior liberdade na conduta sexual teve sua origem no profundo abalo, após as duas grandes guerras, com os processos de urbanização, maior mobilidade, proliferação de bares e ambientes apropriados para encontros e, principalmente, com o controle de natalidade ao alcance de todos. Em meio a toda essa mudança podemos observar não apenas alguma transferência de poder, mas um indício impressionante de que cada sexo está adotando algumas características do outro. Muitas mulheres já não sabem agir como mulher e muitos homens estão igualmente confusos sobre como ser homem. Ao mesmo tempo, muitos jovens rebeldes demonstram desdém pelas características sexuais tradicionais. Essa confusão a respeito dos papeis de cada um gera conflitos. Os novos esposos e esposas têm mais tensões e conflitos em torno dos papeis que cada um deverá exercer, principalmente sobre os filhos.


             A maior contribuição dos jovens hippies dos anos 60 ao pensamento moderno foi o rompimento com o convencional. Sua maneira de ver a vida ainda hoje nos faz sacudir, juntamente com as convicções que costumamos aceitar sem questionar. Eles tornaram desacreditadas, pelo menos no meio da juventude, as velhas associações mentais como " o amor leva ao casamento e o casamento leva à prole".


           Apesar de suas formas sofisticadas, ainda reina bastante confusão entre a maioria dos jovens sobre as regras que regulam a intimidade entre os dois sexos. Se no passado se considerava a violação às regras, hoje já não existem regras. Não são as violações, mas a ausência de normas que torna o problema contemporâneo historicamente relevante. O problema de hoje é menos de revolta contra um código conhecido e implantado do que o de se estar debatendo em uma conjuntura cujos limites são praticamente ignorados. Cada indivíduo decide o que é melhor para si, sem se preocupar com o resto da sociedade. Na verdade, estamos num estágio em que os velhos padrões estão ultrapassados, mas não temos novos padrões que possam nortear os jovens. Os padrões que existem são o resultado de uma evasão padronizada. Os que desejam viver segundo princípios morais ditados pelo seu consciente ficam perdidos; não sabem como proceder de forma que não se sintam como se estivessem marcando passo errado. Cada um tem que improvisar, perguntando a si mesmo quais serão os próximos passos.


           A confusão em que se encontra a geração mais jovem deriva, na maior parte, da incerteza da geração mais velha e da mistura de sinais com que as duas gerações se comunicam.


            A educação sexual já deixou para trás a ênfase inicial dos detalhes da reprodução passando para a dinâmica dos papeis e relações entre os sexos. A meta geral da preparação para a sexualidade deveria ser a exploração de todo o campo de perguntas que surgem e permanecem sem respostas sobre a natureza do comportamento sexual dos seres humanos e sobre os papeis e relações entre os dois sexos. O sexo em si é apenas um ato, mas a sexualidade é um estado.


           As opiniões sobre o que é próprio e o que não é no comportamento entre os dois sexos, foram profundamente influenciados, entre a maioria dos jovens, fora do lar. A velocidade de comunicação, as viagens internacionais e especialmente a internet mudaram os comportamentos de forma irreversível.


              No campo religioso, que sempre exerceu enorme influência sobre a sexualidade, também está havendo profundas mudanças. Com o avanço educacional, que conscientiza os jovens com novos conceitos, a população formalmente filiada a alguma igreja vem sofrendo enorme baixa. Podemos notar que muitos membros do clero tem se esforçado para parecerem modernos a fim de manter o interesse dos fiéis, especialmente os jovens. Os cultos foram invadidos por músicas de rock-and-roll e os templos construídos de forma arquitetonicamente modernas.


            O cristianismo enfatizou fortemente tanto a fidelidade conjugal como a castidade pré-conjugal. Para o cristão a vida moral era uma reserva em todas as formas de intimidade física, mas principalmente as que não fossem acobertadas pelo casamento. A castidade da noiva era a garantia de que depois de casada se manteria fiel. Assim, a essência da moralidade era mantida pela repressão sexual.


         Os primeiros cristãos viam na mulher a causa primordial do "pecado sexual". São Paulo, em especial, glorificou a austeridade em assuntos de natureza sexual. Ele declarou textualmente: "É bom que o homem não toque na mulher..., mas se não tiverem autocontrole, que se casem, pois é melhor casar do que arder de desejo."


            Nos últimos anos tem havido um movimento no sentido de uma aceitação real do ideal igualitário. Essa herança da Revolução Francesa gerou tendências constantes no sentido do liberalismo político, principalmente no Ocidente. Não é mais aceitável que uma pessoa que respeita a lógica de glorificar o ideal igualitário e ao mesmo tempo possa manter a mulher no plano subordinado.


         O declínio dos casamentos combinado com o desenvolvimento do conceito de amor romântico também foram fatores que fortaleceram a posição da mulher em relação ao homem. O homem apaixonado por uma mulher, sem dúvida, lhe concederá mais poder.


            O igualitarismo sempre glorifica os direitos do indivíduo. Quando levado ao extremo da lógica, essa entronização do indivíduo tende a prejudicar as normas coletivas e mesmo a implicar em um tipo de anarquia como ideal. Nesse caso, o indivíduo passa a ser a norma.


             A violação dos direitos do indivíduo pela sociedade moderna leva a indagações mais desconcertantes na área das relações entre os dois sexos do que em qualquer outra área explorada. É preciso tomar cuidado para que o individualismo nas relações entre os dois sexos não acabe se convertendo em um primitivismo irresponsável e pernicioso à sociedade e ao próprio indivíduo.


Nicéas Romeo Zanchett
Escrito no Rio de Janeiro em outubro de 2010.








sábado, 3 de dezembro de 2011

AS MULHERES INSACIÁVEIS







AS MULHERES INSACIÁVEIS



Valéria Messalina tinha 16 anos quando se casou com o cinqüentão imperador romano Claudius. Ela era a mulher que hoje costumamos chamar de "facinha". Tinha o hábito de cobrir-se com um simples véu e sair pelas ruas de Roma à cata de parceiros e se alguém se recusasse podia ser condenado à morte.



No Brasil, por volta de 1591, em Salvador - Bahia - a insaciável Felipa de Souza Award foi condenada a uma sentensa ignóbil. Foi açoitada pelas ruas de Salvador, encarcerada e obrigada a pagar 992 réis pelos seus crimes sexuais. Era uma senhora portuguesa de Tavira - Algarve, costureira, casada com um padeiro que teve a ousadia de seduzir sem pudor suas visinhas que mais lhe apeteciam. No processo da "inquisição baiana" da época consta em sua confissão, por ter levado Maria Peralta para a cama, o seguinte escrito lavrado pelo escrivão: "ambas cumprindo como costumava cumprir a mulher estando o homem no ato carnal". Na seqüência o escrivão informa que houve inúmeras outras mulheres, entre elas Maria Lourença e Paula Siqueira, sobre as quais escreveu: "as duas ajuntaram seus vasos".



Catarina, a Grande, chegou à Rússia aos 16 anos e casou-se com o grão-duque Pedro que só pensava em política, deixando sua fogosa mulher sedenta de desejo. Não tardou para que ela juntasse uma verdadeira legião de amantes. Pedro foi deposto quando Catarina tinha 33 anos. Ao assumir o trono, a czarina ajustou as finanças da Rússia e organizou suas orgias. Segundo a lenda, Catarina tinha nada menos que 130 amantes e mantinha uma média de seis relações diárias. Comandou a Rússia por 34 anos, até morrer, vitima de um derrame. Sobre sua morte, no entanto, as más líguas de seus inimigos espalharam que a causa teria sido um mal-sucedido colóquio com um eqüino.



Mulheres ardentes, insaciáveis, que se entregam a todos os tipos de aventuras amorosas, sem se preocupar com as conseqüências não é uma novidade contemporânea. Sempre existiram e são chamadas de ninfomaníacas. Os homens apreciam a sua companhia ocasionalmente, mas raramente se arriscam a um casamento com elas. Costumam ser ser mulheres angustiadas e decepcionadas com suas sucessivas derrotas.



A mulher insaciável é muito semelhante ao conhecido "Don Juan" que, na realidade, trata-se de um homem pouco viril que precisa constantemente variar de mulher para sentir algum prazer. Não se deve confundir "Don Juan" com o homem polígamo, que tem esposa e filhos em casa e uma amante. Neste caso, trata-se de algum outro distúrbio que impede a plena harmonia conjugal.



Tanto para a mulher como para o homem, o normal é acertar com um parceiro(a) e ficar com ele(a). As razões da escolha são sempre desconhecidas. Há mulheres que parecem ter preferência por certos tipos de homem: moreno ou louro, intelecual ou esportivo. Outras ainda preferem os tímidos e até mesmo os feios. Na maioria das vezes essas preferências têm origem na infância ou em certos fatos que marcaram emocionalmente aquela mulher.



Seja qual for o companheiro escolhido, uma dose de maturidade e compreenção é indispensável. A harmonia do casamento depende de ambos.



Nicéas Romeo Zanchett






sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

SEM MEDO DE ENVELHECER






SEM MEDO DE ENVELHECER




A velhice, em nossos dias mais do que nunca, é um estado de espírito e não uma situação cronológica.




Todos nós envelhecemos, mas não precisamos nos fechar no egoísmo, na indiferença, e nem perder a curiosidade intelectual.




A velhice é inevitável. Ela não é algo que aparece de um dia para o outro e, por isso mesmo, devemos preparar-nos para vivê-la com felicidade. É preciso ter bom senso e não direcionar todos os esforços para recriar a ilusão da mocidade e nem fechar a porta para o futuro que se teme.


Apagar as marcas dos anos é a maior esperança de quase todas as pessoas que um dia notam que envelheceram. A cirurgia plástica pode remodelar o corpo e, principalmente, o rosto, mas o milagre para por aí.


É preciso ter consciência de que ser jovem não é apenas ter aparência juvenil, mas também viver, pensar e agir sem se preocupar muito com a idade. Os prazeres serão, talvez, menos numerosos, mas as alegrias mais profundas; porque aprendemos conhecer o preço do amor e da amizade, sabemos, escolher, julgar e apreciá-los melhor, selecionando o que é importante e o que não é. É fundamental permanecermos prontos para acolher tudo aquilo que a vida, qualquer que seja a idade, nos traz de extraordinário, em todos os domínios.


A chamada terceira idade é, na verdade, a idade das conquistas verdadeiras. É o período da vida em que, depois de tantas lutas com vitórias e derrotas, vamos, se assim desejarmos, realizarmo-nos completamente, confirmando a personalidade no campo de escolha de cada um, uma vez que não perdemos mais tempo em procurar, em interrogar-se, em escolher; já sabemos o que desejamos, para onde vamos e o que melhor nos convém. É a idade em que gozamos de um equilíbrio e um vigor que raramente conhecemos antes; estamos finalmente ao abrigo das tempestades sentimentais, liberados da servidão da maternindade ou paternidade; nos transformamos num personagem com o qual pode-se contar no plano familiar, social ou profissional.


As coisas mais importantes para quem quer envelhecer saudável e feliz são a mudança gradativa dos habitos alimentares e a consciência dos limites físicos que a idade permite. As carências alimentares repercutem tão gravemente sobre o organismo do idoso quando do jovem, mas o corpo idoso não tem as mesmas condições de defesas. Os dois maiores perigos que devem ser evitados são: ceder ante a falta de apetite, ou, ao contrário, a uma gulodice excessiva. A alimentação deficiente torna qualquer um vulnerável à menor enfermidade. Por outro lado, comer demais equivale a sobrecarregar o organismo, que tem meios de combustão reduzidos e, portanto, cansá-lo; além disso, o excesso alimentar nos expõe a engordar, com todas as suas decorrências.


Envelhecer bem e feliz depende, portanto, de um aprendizado que nos levará a viver em função de nossa idade. Ao longo dos anos, um novo ritmo se instala na vida de cada um; ele está relacionado com a idade, mas também com o conforto e com um entusiasmo que vai diminuindo. Os limites se fixam por si mesmo, mas vale a pena examiná-los para saber o que convem ou não fazer.


Nicéas Romeo Zanchett