Minha lista de blogs

domingo, 16 de dezembro de 2012

HPV - PAPILOMA VIRUS HUMANO -(human papillomavirus)

                               HPV - PAPILOMA VIRUS HUMANO
                                            (human papillomavirus)
O HPV é um virus que também é sexualmente transmissível. Muitas pessoas os confundem com o HIV, mas não tem nada a ver.
Ele infecta tanto as mulheres como os homens. Nas mulheres ele ataca principalmente a pele da vulva (área externa do órgão genital), a região em torno do anus, a vagina e o colo uterino. Um dos maiores problemas é que ele pode passar despercebido, exceto pela presença de corrimento, uma coceira na vulva e verrugas.

O virus também atinge os homens, contudo, a infecção permanece latente, isto é, não se manifesta através dos sintomas mais comuns. Entre estes sintomas estão pequenos tumores benígnos (ou verrugas), que se concentram na área genital. As verrugas masculinas crescem em torno da entrada da uretra e do anus, bem como nas áreas do pênis em que há atrito com a vagina. Apos o contato sexual,  podem levar oito meses para se manifestar e neste periodo o homem tem a oportunidade de espalhar o virus às suas parceiras sem se dar conta do problema.

As vítimas preferenciais do virus são as mulheres, sexualmente ativas, na faixa etária entre 15 e 25 anos. Pesquisa indicam que atinge entre 3% e 5% da população em idade reprodutiva. O contágio se dá principalmente através do sexo oral, vaginal e anal. Também pode ser transmitido por objetos úmidos, como toalhas de banho ou biquínis compartilhados por mulheres. Outra forma de transmissão, muito rara, ocorre durante o parto normal, com a mãe infectada contagiando o bebê. Se não for diagnosticada e tratada a tempo, evolui até se tormar muito grave. É considerada a doença mais comum em todos os países. Nem sempre a doença é identificada logo, já que há casos em que ela se manifesta não através das verrugas, mas através de manchas esbranquiçadas ou lesões redondas e pequenas, do tamanho da cabeça de um alfinete.
É muito comum que as pessoas, ao descobriem que estão com a doença, entrem em pânico imaginando tratar-se do terrível HIV, mas esta é perfeitamente tratável.
O virus é altamente transmissível. Cerca de 75 % das pessoas que têm contato sexual com um parceiro infectado desenvolvem HPV dentro de três meses. Ele está presente em mais de 90 % de todos os casos de câncer do útero. Mas só as mulheres infectadas que não se tratarem estão em risco de desenvolver o câncer. Uma lesão inicial leva no mínimo dez anos para se transformar em câncer. Isso reforça a importãncia do exame anual preventivo - PAPANICOLAU.

O resultado anormal do primeiro exame não significa que a pessoa esteja com câncer. Muitas vezes o diagnóstico pode ser feito durante o exame ginecológico, sobretudo se as verrugas forem visíveis a olho nu. Toda a vez que um exame preventivo (chamado Papanicolau) verificar que há alguma anormalidade com as células da área genital, o passo seguinte é fazer um exame mais apurado, chamado colposcopia, seguido de biópsia dos tecidos. Mas não se apavore, peça orientação a seu médico e não se impressione com palpites de amigas. A maioria das mulheres com HPV "não" está à beira de um câncer de útero. Uma vez diagnosticado, o vírus é facilmente tratado, mas é importante que este diagnóstico não seja tardio. Existem outros fatores que se associam ao câncer de colo de útero, entre eles a carência de vitaminas C e D, o uso descontrolado dos contraceptivos orais, os partos múltiplos e a falta de exames ginecológicos anuais. O exame ginecológico anual é essencial, pois permite que o vírus seja diagnosticado e controlado antes que se torne um caso mais grave.
Muitas pessoas expostas ao vírus não ficam doentes porque seu sistema imunológico está mais fortalecido. Mulheres com doenças que prejudicam sua imunidade - como Aids - e que tem HPV devem ser tratadas imediatamente, pois a baixa imunidade permite o agravamento da doença.
Quando o HPV é detectado, a mulher deve fazer o controle para o resto da vida, pois o vírus, mesmo ficando latente durante certos períodos, pode retornar, sobretudo em fases de baixa imunidade do organismo. Além disso, a presença do HPV aumenta em 16 vezes o risco de câncer.
Existem cerca de 80 subtipos diferentes do virus HPV, mas a maioria são benígnos. Há inclusive alguns associados às verrugas comuns da pele (por exemplo, as verrugas que nascem nos pés).

As pesquisas tem se concentrado num grupo pequeno, os que produzem mais risco de malignidade. Os subtipos  de maior risco são o16 e o 18. O HPV-16 é uma das formas mais agressivas do microorganismo; acredita-se que ele seja responsável por cerca de 50% dos casos de câncer do colo do útero em todo o mundo. Os tipos 6 e 11 são os de mais baixo risco.
O exame é feito por um ginecologista de forma rápida e indolor. O médico colhe material da vagina com uma espátula descartável. O material é enviado ao laboratório para análise. Lá é examinado ao microscópio, o que permite detectar alterações nas células da superfície do colo do útero. Se a "displasia"(nome que os médicos dão às alterações pré-malígnas) for grave, pode ser feita a colposcopia (exame microscópico muito mais preciso) e a biópsia do tecido.
Principalmente os jovens namorados, com vida sexual ativa, talvez por constrangimento, evitam falar no assunto. Mas é importante ressaltar que a única prevenção contra o vírus  do "papiloma humano" é a mesma para qualquer doença sexualmente transmissível: o preservativo, ou camisinha, usado durante as relações sexuais.

Também entre as pessoas mais velhas e experientes ainda há muita gente com vergonha de tocar nesse tema.  Alguns homens com lesões anais jamais mensionam às mulheres que já tiveram relações homossexuais. Com isso colocam as parceiras em risco de contrair tanto o HPV quanto o HIV. E, por incrível que possa parecer, há mulheres que não exigem o uso da camisinha, embora desconfiem do comportamento promíscuo dos parceiros. Os homens, por sua vez, deveriam ter mais consciência e tomar os cuidados necessários, mesmo que sua mulher não exija. Depois que o casal se acostuma ao uso da camisinha tudo fica muito natural. É como se ela nem existisse.
.
Este artigo não é um documento médico-científico. É apenas uma contribuição, viabilizada por pesquisas sobre o tema, em linguagem simples para facilitar o entendimento por pessoas leigas.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário