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sábado, 19 de janeiro de 2013

AS PRÁTICAS DE CIRCUNCISÃO

                                 AS PRÁTICAS DE CIRCUNCISÃO 
A circuncisão significa literalmente "cortar em volta". A circuncisão masculina é o corte  do prepúcio da ponta do pênis, deixando a glande exposta.
Nas décadas de 20 e 30 quase todos os meninos nascidos em áreas urbanas da Inglaterra e dos EUA eram circuncidados no nascimento, como resultado de uma crença generalizada de que era higiênico e saudável. Em nossos dias  essa espécie de "circuncisão social" está fora de moda. Vivemos num tempo em que poucos médicos já fizeram este tipo de operação que, a cincoenta anos atrás, era considerado  parte de qualquer repertório cirúrgico. A principal mudança se deu pelas mortes ocasionais de garotinhos por causa de hemorragias. É que nem sempre as circuncisões eram feitas por médicos habilitados e isso, muitas vezes, causava graves danos à saúde dos meninos.
Hoje a circuncisão ainda é praticada em rituais religiosos e, raramente, por motivos médicos.
Um dos principais motivos para a circuncisão dos bebês meninos era a equivocada idéia de higiene e prevenção de doenças.
Muitas mães, devido a conselhos desavisados, manipulam o prepúcio do bebê para trás repetidas vezes. A idéia é provocar uma dilatação para que, no futuro, haja maior facilidade na exposição da glande.  Entretanto isso pode provocar pequenas fissuras que, embora se curem facilmente, são doloridas e algumas vezes pode provocar infecções que precisarão intervenção médica. O ideal é sempre conversar com o pediatra sobre este polêmico assunto. 
Muitas vezes o prepúcio de um adulto, por não ser suficientemente desenvolvido, não se retrai facilmente para permitir a exposição da glande. Êsse é o caso mais comum de cirurgia (circuncisão) na idade adulta de muitos homens. Muito raramente o prepúcio é tão apertado que atrapalhe na hora de urinar, mas, algumas vezes, dificulta na pratica sexual que pode se tornar dolorosa devido à pressão exercida sobre a pele do pênis ereto. Esta é a única razão médica para a cirurgia. 
A rotina da circuncisão em recem-nascidos significa, obviamente, que diminui o número de operações entre os maiores e há certa evidência de que, entre aqueles que foram submetidos à circuncisão, algumas doenças sexualmente transmissíveis são menos comuns. Existe uma substância chamada esmegma - do grego, sabão -  que é pegajosa e se forma debaixo do prepúcio de quem não se lava correta e regularmente. O esmegma tem sido notícia  nos meios médicos porque algumas pesquisas cietíficas indicam que, especialmente o esmegma de fumantes, pode ser causa do desenvolvimento de câncer nas mulheres. É claro que quem não tem prepúcio não forma esmegma.  O câncer de pênis é muito raro e não costuma ocorrer entre homens circuncidados. Há certa evidência de que algumas doenças sexualmente transmissíveis  são menos comuns  entre os que foram submetidos à cirurgia. Mas a verdadeira causa dessa transmissão de doenças é a falta de higiene por parte dos homens não circuncidados.

 Em algumas culturas a circuncisão dos homens, assim como a "ablação do clitóris" das mulheres, fazem parte de um rito de iniciação que anuncia a passagem da infância e o começo da vida sexual. Garotos judeus são circundados  pelos rabinos  e os muçulmanos consideram os não circundados  como infiéis.
O equivalente rito feminino, bárbaro e doloroso, ainda é praticado em algumas culturas, especialmente no Sudão. Nesses casos, todos os órgãos externos femininos, incluindo o clitóris, são cortados quando a garota atinge a puberdade. Essa violência não é feita por motivos religiosos, mas para garantir a fidelidade das futuras esposas.  Os órgãos são removidos para que as garotas não desenvolvam desejos sexuais ao atingir a maturidade. Dessa forma, garantem os bárbaros, elas permanecerão fiéis aos seus maridos. Essa prática de excisão do clitóris e grandes lábios vulvares é uma ignorância secular que já foi muito praticada no Egito,  Núbia, Abssínia, em áreas do Sudão e multiplos agrupamentos de africanos selvagens.
Felizmente, para alívio da indefesas adolescentes, esta prática selvagem está com seu fim muito próximo.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br



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