Escultura de Romeo Zanchett
O DIÁLOGO NAS RELAÇÃOES SEXUAIS
A sexualidade de um casal é parte fundamental do relacionamento. Para que a vida conjugal seja completa e satisfatória em todos os aspectos é necessário que haja perfeito entendimento entre marido e mulher. O amor sexual sobre bases lúcidas de compreenção e equilíbrio é garantia de prazer e plena satisfação para ambos.
Muitas pessoas tem profundos desajustes provocado por formas agressivas e até neuróticas de manifestar desejo de união física e espiritual. Existem casais que costumam travar violentas discussões antes de realizar o ato sexual. É a forma que usam para descarregar suas mais fortes emoções. Após a discussão, sentem-se mais próximos e tranqüilos para manter a relação íntima. Por mais estranhas e destrutivas que possam parecer estes atritos, o certo é que sem eles o casal não consegue realizar satisfatoriamente o coito. Para essas pessoas a discussão é uma forma rápida de descarregar sentimentos emocionais que são indispensáveis para permitir a aproximação física. A idéia idéia de intimidade sexual está diretamente relacionada com o sentimento de irritação que as discussões provocam. Eles precisam deste perigoso clima emocional para conseguir expandirem-se, fugindo das suas inibições e excitando-se convenientemente para o ato amoroso. Por motivos óbvios, esses parceiros reduzem muito a freqüência nas suas relações e isto é um fator que traz prejuízos para a vida conjugal. São casais que costumam ser muito fiéis, desejando ter relações apenas entre si. Seu principal problema consiste em aprender novos meios de reestabelecer esta harmonia. As emoções hostis só encontram alívio no coito, mas logo precisam de renovação, provocando contínuos atritos que acabam por comprometer, inclusive, o equilíbrio psíquico do casal.
O casal precisa se conhecer bem para poder tirar o maior prazer possível das relações sexuais. O diálogo calmo e tranqüilo permite que encontrem novos pontos de afinidade e meios de aproximação. A calma e a doçura na conversação produzem grande prazer e restituem a sensação de paz profunda e duradoura.
Nos casos em que o desejo de união é manifestado sob forma de violência, com apertões, mordidas e pressões pode criar dificuldades e constrangimentos para o parceiro que não gosta e certamente este é um fator de risco para o relacionamento. Também pode ocorrer uma diminuição da sensibilidade para as carícias e estímulos sexuais mais sutis. Se estes casais procurassem conter sua agressividade, evitando discussões e até mudando suas técnicas amorosas, conseguiriam, com a continuidade, chegar a um entendimento bem maior. As formas violentas de afetividade podem ser herança primitiva e devem ser substituídas por meios mais amenos. A intensidade do convívio sexual não diminui em nada com um comportamento menos agressivo, pois as carícias e a conversação tranqüila são capazes de produzir intensa excitação, sem deixar nenhum sentimento desagradável. Esta solução depende de um profundo desejo de estreitar as relações entre marido e mulher. A completa satisfação sexual no matrimônio depende do esforço mútuo que deve ser empregado com brandura e imaginação.
Nicéas Romeo Zanchett
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