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domingo, 8 de janeiro de 2012

A MULHER E A FADIGA





A MULHER E A FADIGA

Todas as mulheres terão fadiga várias vezes em sua existência. Por essa razão elas deveriam ser orientadas sobre o assunto desde a adolescência.

Uma mulher sente fadiga durante o período dos doze aos dezessete anos, quando as modificações endócrinas se processam dentro dela. Quando uma adolescente diz que tem muita dificuldade em acordar pela manhã e que sente os olhos pesados o dia inteiro, pode ser fadiga. Durante este período do crescimento os pais deveriam insistir com suas filhas para que descansem suficientemente. A moderna vida agitada dos adolescentes dificulta o hábito de dormir cedo. Mas deveriam, pelo menos três ou quatro noites por semana.

A fadiga feminina é um problema muito comum e, se não for tratada, pode causar sérios danos, tanto na saúde como no relacionamento afetivo e sexual. É, talvez, o maior inimigo que a mulher chega a enfrentar. Quando levada ao extremo, pode encurtar a vida ou levar a doenças mentais. Ela sabota as forças e deixa a mulher à mercê de infecções transitórias. Anemia, pressão sangüínea elevada, tireóide de pouca atividade, ou ainda alguma infecção menor, são algumas das conseqüências mais visíveis. Pode destruir o casamento, pois a transforma numa megera, pronta para torturar a vida do marido, dos filhoes e das pessoas que a rodeiam. Em permanente estresse e pronta para desfechar o gatilho do seu gênio, acaba perdendo seus melhores amigos. E, mais terrível que tudo, rouba a alegria e a vitalidade sem as quais a vida se torna sem significado.

A palavra fadiga ou esfôrço contínuo vem sendo utilizado, no meio médico, para explicar a causa básica dos ataques do coração e das úlceras em gente jovem e ambiciosa. É uma doença moderna causada pelo corre-corre da civilização apressada. A fadiga e o esfôrço andam juntos porque a primeira é o resultado da segunda, quando muito peso está sobre o lado mental ou emocional do doente, causando uma permanente exaustão física.

Existe uma diferença básica entre o cansaço por um dia de muito trabalho, que pode facilmente ser resolvido com uma boa noite de sono, e a fadiga permanente que causa uma sensação de estar sempre cansada. Esta última pode se prolongar por meses e até anos. É um constante estado de apatia no que se refere ao amanhã, dores de cabeça, dores lombares, cises de choro, pêso no corpo e na mente. A mulher fica com uma aparência de desânimo, andar lento e voz monótona.

A mulher grávida também sofre grandes modificações endócrinas e é neste período que mais sente a fadiga. No caso delas, geralmente tem acompanhamento médico que lhes recomenda boa alimentação e bastante repouso. Quando o médico diz que deverá descansar, pelo menos duas horas depois do almoço, pode ter certeza que não se trata de mero capricho. É realmente importante e necessário.

Após o nascimento do bebê, os primeiros três meses são, sem dúvida, os de maior fadiga para a mãe. É um período em que seu corpo está voltando ao normal e seu bebê sente fome nos horários mais complicados como à meia noite, as duas ou cinco horas da manhã, e assim por diante. Freqüentemente a mãe adormece quando está amamentando e acaba sendo acordada pelos berros do filhos que mamou e está sentindo dores produzidas pelos gases. Portanto esta fase é de grande fadiga e a mulher precisa de toda a ajuda que conseguir.

A menopausa é sempre acompanhada pela exaustão por causa das modificações glandulares que vão tendo lugar dentro da mulher. Essas modificações físicas combinam com as questões emocionais que trazem para ela os sentimentos de inutilidade, depressão pelo inevitável envelhecimento e assim por diante. O descanso, neste período é tão importante quanto foi durantes as gestações ou quando era adolescente.

Uma outra fadiga, que muitas vezes nem o médico consegue detectar, é a fadiga espiritual que resulta do egoísmo. As pessoas egocêntricas, envolvidas em permanente necessidade de impressionar, sofrem desta fadiga. Elas estão sempre querendo centralizar as atenções, preparando tramas mirabolantes para se manterem na berlinda. É um trabalho mental ininterrupto e extremamente exaustivo, cujo objetivo único é garantir todas as atenções e fugir dos deveres domésticos, pasando suas dificuldades aos maridos e filhos. Geralmente são donas de casa que se sentem solitárias e frustradas pelas tarefas sempre repetitivas.

As fadigas podem ser inevitáveis, mas a mulher precisa tomar consciência do que está ocorrendo com seu corpo e reagir da forma correta. Caso contrário, tombará em depressão, levando todos os problemas do dia-a-dia para o lado negativo.

As mulheres que sofrem de fadiga quase que invariavelmente perdem o interesse pelas relações sexuais e isto pode desencadear uma série de outras dificuldades.

É muito comum a mulher procurar um médico para tratar alguma dor que na verdade é resultante da fadiga. A cura da fadiga feminina muitas vezes implica em fatores sociológicos e psiquiátricos. Esta é sem dúvida a parte mais desafiadora para o médico que tem de ser, ao memso tempo, sociólogo, psiquiatra, confessor e até conselheiro matrimonial.

Para a mulher, o importante é tomar consciência do seu estado e nunca desistir de buscar ajuda.

Nicéas Romeo Zanchett


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