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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A ROTINA NO AMOR SEXUAL


A ROTINA NO AMOR SEXUAL
Os recem casados praticam o ato sexual em vários cômodos da casa. À medida que a estruturação da vida do casal evolui, a integração à sociedade se dá através das pessoas que vem visitá-los, da necessidade de uma empregada, da rotina do trabalho, dos filhos chegam para formar uma família, etc. Gradadivamente o casal vai sendo confinado no quarto, restringe as relações sexuais ao periodo noturno e diminui a sua freqüência.
A evolução da paixão para um amor maduro não precisa esfriar a relação do casal. Geralmente os casais se deixam tomar pela monotonia por falta de informação e até por ignorância. A monogamia pode ser deliciosa, mas é preciso estarem sempre dispostos em aumentar a intimidade e não deixar que a rotina prejudique a relação amorosa sexual. Basta soltar a imaginação e deixar de lado os preconceitos para que o sexo seja sempre uma emoção nova e maravilhosa.
Existe um meio-termo entre a paixão arrebatadora e o marasmo conjugal. Descobrir este ponto depende de você.
Tradicionalmente a cama é o templo do amor sexual do casal. O melhor horário é uma questão que varia de casal para casal.
Além do horário para o amor - geralmente à noite -, existe posição para o amor - que geralmente é o tipo "papai-mamãe" - e também a freqüência que pode diminuir além do esperado.
Estas questões podem variar dependendo da cultura de cada povo. Entre os indígenas da tribo Masai do Canadá, crê-se que copulando durante o dia, o sangue do homem flui para o corpo da mulher, restando apenas água nas veias. Já outros povos não admitem relações sexuais à noite, pois acreditam que uma criança concebida no escuro pode nascer cega. É claro que isso não se aplica a pessoas civilizadas e esclarecidas.
Embora o isolamento seja uma carência de todos os que querem fazer amor, o costume de se fecharem entre quatro paredes não é universal. Os polinésios e os índios brasileiros gostam de se encontrar no meio da mata. Os gregos possuiam dois espaços: um para o ato sexual e outro para o repouso. Mais ou menos o que fazem os que adotam camas separadas: o casal tem relação em uma delas e depois se separa - cortando o contato - a fim de descansar.
A cama moderna é fruto de uma evolução. O chamado leito conjugal veio unir as duas atividades que o homem e a mulher do nosso tempo fora confinando aos horários noturnos. Mas, ao invés de continuar sua evolução, este móvel corre o risco de se tornar um fator limitante, deserotizante na vida dentro do lar. A paixão do inicio de um lindo relacionamento pode ruir juntamente com a frequência das relações sexuais sempre iguias de um casal que não se renova. Assim como o sexo ainda é realizado por muitos com um excesso de formalidades, poucos são os que assumem o erotismo e o trazem para o quotidiano. Enquanto uma idéia de uma cama especial - com espelhos, vibradores de colchão, som, etc.- numa casa considerada "normal" é tida como rematada loucura, só os mais excêntricos ousam usufruir desta excitante forma de viver o amor.
Muitas vezes é preciso enriquecer o sexo com um pouco de erotismo e imaginação. Afinal, uma pitada de ousadia não faz mal a ninguém. Nunca restrinja suas fantasias. Se gosta de objetos e apetrechos de sex-shop, tipo langeries sex, filmes eróticos, livros e poesias, vá em frente. Reconhecer onde mora o desejo é uma das portas para o pleno prazer. Mas muitas mulheres ainda tem dificuldades. Buscam viver sua sexualidade de forma mais plena, mas não tem muita chanse porque a nossa cultura rotula certos costumes como habito de prostituta ou imitadora de algum modelo de mulher mais liberada. A consciência do próprio corpo e do que dá prazer passa pelo autoconhecimento.
Entre quatro paredes nada deve ser proibido, tudo deve ser permitido sem prévias consultas, sem o avalda censura. "De luz acesa para nos vermos nus e nos axaminarmos detidamente, curtindo a relação de cada ponto do corpo; da ereção súbita do pênis à elasticidade da vagina e da pulsação do clitóris. De luz apagada, para sentirmos melhor o toque, a percepção tátil dos carinhos trocados, o arrepio que percorre a espinha com o deslizar de uma língua quente pela nuca."
Em qualquer posição: de pé, sentado, deitados, recostados, por baixo, por cima. O importante é dar vasão aos nossos impulsos na hora em que surgem, aproveitando a magia de cada mmento e o inusitado de cada situação.
Ir a um motel pode ser uma boa pedida quando o casamento precisa de mais incentivo, mas se o problema for falta de amor, nada pode resolver.
Homem e mulher precisam viver seus sentimentos nas suas mais diferentes formas, abandonando o artificialismo do explicado demais. Se a mulher não exercer plenamente e gostosamente o dia a dia do sexo, transforma-o em arma de censura deserotizante. Ela começa achar que apenas cumpe um dever frente ao seu parceiro e o amor que era tão prazeroso se torna uma torturante obrigação.
Nicéas Romeo Zanchett
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A ilustração é um desenho de minha autoria.

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