Por Nicéas Romeo Zanchett
Ainda bebê, a criança descobre a sensibilidade existente em seu aparelho sexual. Faz isso de forma inocente, sem nenhum desejo de buscar prazer. Muitos meninos e meninas descobrem o orgasmo sem saber do que se trata. Em suas brincadeiras, começam manipular seus órgãos genitais e o prazer acontece naturalmente. Muitos pais se desesperam e ficam alarmados quando se dão conta destas artes e, não raro, punem seus filhos. Por ignorância, chegam a acreditar que "este vício solitário" pode trazer futuros problemas de saúde. Quando eles descobriram o sexo ouviam seus pais e outros adultos dizerem que a masturbação pode provocar surdez, miopia, debilidade nervosa e outras perturbações físicas.
Com os avanços da moderna sexologia, já se tomou conhecimento de que a masturbação é uma prática sexual normal. Tanto na adolescência como na vida adulta o auto-erotismo ajuda conhecer o próprio corpo, preparando para uma vida sexual plena e gratificante. Quando a pessoa que pratica tem um parceiro fixo e uma vida a dois saudável e satisfatória, o habito pode ser encarado como uma forma alternativa de prazer. É tão válida quanto a relação sexual entre dois amantes.
É muito comum que as mulheres, mesmo casadas, se masturbem e não há nenhum problema nisso. A masturbação deve ser entendida como um exercício das fantasias vividas individualmente, sejam elas mulheres solteiras ou casadas.
Quase todas as mulheres, tal como os homens, acabam descobrindo essa forma de prazer sexual por meio do toque ou da movimentação do corpo de determinada maneira. E, ainda que algumas possivelmente não tenham conseguido chegar ao orgasmo, a maioria pode ter grande prazer por saber do que gosta.
Com o conhecimento do seu corpo, adquiridos com a masturbação, a mulher tem o que sugerir ao seu parceiro sexual e guiá-lo de forma que lhe proporcione o orgasmo satisfatório.
A masturbação é um direito que a mulher tem e, ao mesmo tempo uma forma de extravasar suas fantasias e compreender melhor as possibilidades de sua sexualidade. A maior parte da mulheres que se masturbam tem orgasmo naturalmente e estas são em maior número que aquelas que o atingem na sua relação com o parceiro. Mas é muito comum que a mulher possa ter múltiplos orgasmos com a masturbação e o mesmo não ocorra na relação com o parceiro. O fato de haver a necessidade imediata da outra pessoa - o parceiro - pode inibir-lhe o prazer que só sente quando o provoca sozinha, sem a pressão do tempo.
Com a prática rotineira, o orgasmo solitário torna-se extremamente prazeroso e pode acontecer com maior rapidez que o ato sexual com o parceiro.
Quando uma mulher se sente culpada por praticar a masturbação, isto está ligado a outros aspectos de sua experiência sexual e à imagem negativa que faz do seu corpo. Ainda hoje, a sexualidade individual feminina é, com freqüência, vista como algo inconveniente e impróprio para as relações homem/mulher.
Algumas mulheres só se masturbam quando lhes faltam outras formas de prazer sexual, quando o relacionamento com o paceiro está em crise ou este está ausente. Outras o fazem em momentos nos quais o impulso sexual está forte, como acontece em certos períodos do ciclo menstrual. Há ainda mulheres que a praticam como recurso contra a tristeza, a solidão ou a tensão. Muitas gostam de masturbar-se para adormecer mais facilmente, mas a maior parte delas o faz apenas por gostar.
A verdade é que as mulheres mais satisfeitas com a vida sexual são as que aproveitam essa experiência para enriquecer a relação com o parceiro que amam, seja do sexo masculino ou feminino.
.Nicéas Romeo Zanchett
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