Minha lista de blogs

quinta-feira, 25 de julho de 2013

DIREITOS DAS MULHERES JAPONESAS E CHINESAS


DIREITOS DAS MULHERES JAPONESAS E CHINESAS 
Nicéas Romeo Zanchett 
                   Em 1868. era do "meji" ou da paz esclarecida, teve início no Japão a reforma legislativa que proclamou a igualdade de direitos dos dois sexos, mas ainda por vários anos se conservou a estrutura patriarcal da família.  Só a partir de 1944 tiveram as japonesas o direito de voto e, em 1947 foi-lhes permitida instrução  no mesmo nível dos rapazes. Já em 1954 uma mulher ensinava na Faculdade de Direito de Tóquio. 
                   Nos nossos dias, a mulher japonesa participa do progresso econômico do país, trabalhando em todas as profissões. Hoje elas circulam nas ruas vestidas em roupas ocidentais, inclusive  calças esporte. Mas, de vez em quando, ainda se vê passar na rua uma figura nobre nos trajes típicos do passado, a máscara do rosto pálida e imóvel, o sorriso delicado das damas antigas, quando o leque permite que se possa vislumbrá-lo. Em casa, em geral, todas as mulheres ainda vestem quimonos. No fundo elas gostam da tradição. 
                     Já na China o movimento de libertação feminino só desencadeou-se em 1931, quando a revolução nacionalista proclamou o "Código da Família" e conferiu às mulheres o direito de terem bens; estabeleceu idade para o casamento de livre escolha; aos 15 anos para as moças e 17 anos para os rapazes; assegurou a "penalidade" do divórcio e a proteção dos filhos. Como restante da soberania masculina ficou apenas o privilégio da cláusula das crianças nos casos de separação dos casais. Vetou-se aos maridos o direito de terem concubinas como o consentimento tácito das esposas. 
                       A revolução sexual do século XX atingiu o país chines, desmantelando a estrutura secular da família patriarcal, escravagista do sexo feminino. 
                       A participação da mulher na produção do país garante-lhes hoje, independência civil. 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://mitologiaparacriancas.blogspot.com.br 

                   

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O SEXO E A GRAVIDEZ - Nicéas Romeo Zanchett




O SEXO E A GRAVIDEZ 
Nicéas Romeo Zanchett 
                 Durante o período de gravidez, a sexualidade e o relacionamento de um casal podem ser perturbados por diversos fatores físicos e psicológicos. Se o relacionamento não for de boa qualidade, a vida amorosa tende a ficar temporariamente prejudicada. 
                 Muitas pessoas imaginam que a mulher grávida não sente vontade de sexo. As atenções de parentes e amigos são todas dirigidas para a criança que vai nascer e isto pode afetar, emocionalmente e sexualmente, tanto a mãe como o seu parceiro. É importante salientar que durante a gravidez, a mãe transmite todos os sentimentos ao embrião que está crescendo em seu útero e, portanto, se ela estiver infeliz, a criança absorverá essa tristeza.  Quando existe o receio de um aborto nos primeiros meses de gravidez - principalmente quando isso já ocorreu antes - a mulher fica psicologicamente perturbada e sem disposição para o sexo.  Com essa preocupação, ela não consegue descontrair o suficiente para entregar-se ao amor. Por sua vez, o homem pode absorver essa preocupação e achar que o ato sexual representa um perigo para o andamento natural da gravidez. Quando isto acontece, o casal evita até uma simples carícia, temendo que isso provoque excitação sexual. 
                   A mulher grávida geralmente engorda muito e perde, temporariamente, parte de seus encantos. Daí surge uma espécie de medo de rejeição por parte do marido. Algumas, apesar de ficarem enormes, ainda conservam a beleza e o charme originais. Os peitos crescem, ficam volumosos e os mamilos escurecem e isto é uma forma de erotismo que atrai muitos homens. Está comprovado que a maioria dos homens acha suas parceiras ainda mais atraentes quando estão grávidas, principalmente quando eles participam e acompanham ativamente o desenvolvimento do feto. 
                    Durante a gravidez o desejo sexual da mulher varia tanto quanto seu humor. Isto precisa ser compreendido e respeitado pelo parceiro. 
                    Na primeira gravidez, em geral, as mulheres sentem-se menos interessadas em fazer sexo nos primeiros três meses.  É uma faze de ajustamentos psicológicos com certa ansiedade sobre o nascimento do primeiro filho. Nesse período acontecem os conhecidos enjoos, cansaços e insônias que a deixam sem disposição para a prática sexual. Entretanto, quem já teve filhos consegue passar por esta faze com naturalidade e raramente sente indisposições ou falta de desejo.  Muitas vezes os afazeres domésticos e/ou o trabalho externo a deixam muito cansada e, portanto, sem vontade de fazer amor. É importante que o parceiro colabore para que ela não fique sobrecarregada de afazeres. 
                     Em gral, no segundo semestre da gravidez o impulso sexual da mulher aumenta. Algumas chegam a ter maior interesse por sexo do que antes da gravidez. Por outro lado, existem mulheres que no final da gravidez sentem fortes dores nas costas e tem muita azia que, naturalmente, afastam qualquer desejo. 
                       Tanto para a futura mamãe como para o futuro papai, é importante que haja envolvimento conjunto desde o início da gravidez. O homem deve participar das diversas etapas e acompanhar as transformações do corpo de sua parceira, levando com ela uma vida normal, tal como faziam antes, inclusive tendo relações sexuais até quando isso for confortável para ambos. 
                        Na maioria dos casos não existe restrição alguma em manter relações sexuais, mas é sempre conveniente conversar com o médico para receber orientações adequadas. Cada caso tem suas próprias características que justificam a importância dessas orientações. 
                       Os períodos que compreendem os primeiros três meses e os três últimos devem receber mais atenção. Observar se existe algum sangramento e sempre comunicar ao médico. Nos últimos meses é preciso mais cuidados, pois podem ocorrer sangramentos ocasionais pela pressão do pênis sobre o bebê que estará com a cabeça na altura da pélvis e voltada para a saída. 
                       Algumas vezes, apos o nascimento  do bebê, a vagina perde seu tônus muscular. Isso é facilmente resolvido com orientação médica e com exercícios que consiste em tencionar a bacia e os músculos da região. 
                      O retorno à atividade sexual costumeira deve ser gradativo e suave. O homem precisa ter sensibilidade para perceber o quanto é possível avançar. 
                       Se a mulher foi submetida a uma episiotomia (incisão na região do períneo, entre o ânus e a vagina), sofreu algum rasgão ou se sente muito dolorida, podem optar por fazer amor sem penetração, pelo menos nas primeiras vezes. Também é aconselhável o uso de géis lubrificantes. A escolha da posição mais adequada, também pode ajudar, principalmente aquelas em que possibilitam menor penetração. 
                       O corpo humano tem enorme capacidade de recuperação e logo tudo volta ao normal, permitindo que o casal retome suas relações como antes. 
Nicéas Romeo Zanchett 
  

RESERVE TEMPO PARA O AMOR - Nicéas Romeo Zanchett


RESERVE TEMPO PARA O AMOR 
Nicéas Romeo Zanchett 
                  Vivemos dias de muita agitação, medo e angustias. Fica difícil estabelecer um equilíbrio entre o que damos e o que recebemos. O tempo passa e não aproveitamos. Se casamos, temos filhos, tédio e a pergunta inevitável: será que é isso mesmo que deveríamos ter feito? Nessas ocasiões sonhamos com outra vida e até com outro parceiro. Se não casamos, vivemos insatisfeitos com a nossa solidão. Imaginamos que o casamento poderia resolver tudo, mas o medo sempre está presente e fazendo perguntas que não sabemos responder. 
                   A verdade é que não sabemos aproveitar o que a inúmeras possibilidades de viver nos oferecem. Temos medo de nos entregar, do ridículo, da rejeição, do arrependimento e assim ficamos sofrendo por antecipação. 
                    Amar pode ser muito simples e ao mesmo tempo muito complicado. 
                    Se construímos uma vida cheia de obrigações, acaberemos tendo um comportamento amoroso ao nível do necessário e do dever, e isto é péssimo. 
                     Precisamos perder o medo de ter prazer. O prazer da vida a dois é um direito que temos de redescobrir a tempo.
                     A vida sexual se ressente muito com os deveres do dia-a-dia. Sem sentir, caminhamos para a mediocridade e o tédio. Aos poucos desaprendemos a qualidade de ter vontades; de fazer coisas que gostamos pelo simples prazer, e não pelo que elas representam a longo prazo. 
                     Ser feliz é, antes de tudo, saber amar para ser amado. Deixar de se preocupar com o medo de ser ridículo, infantil e fazer tudo o que dá prazer e que, muitas vezes, ficou esquecido no tempo. Vamos juntos sentir o sol, a natureza, o perfume das flores e o som do mar. 
                     O relacionamento amoroso é uma permanente descoberta. Mas para que as melhores descobertas aconteçam precisamos perder o medo de julgamentos e até do que pensa o próprio parceiro. É esse receio que nos faz permanecer parados, imobilizados na rotina. A rotina de anos iguais nos faz esquecer as nossas vontades. Chega um momento em que é preciso mudar para voltar a viver. Nunca devemos nos convencer de que nossos desejos secretos são criancices que devemos manter apenas na fantasia. 
                      Muitas vezes é preciso um choque radical para redescobrirmos as paixões adormecidas. Parar a rotina e reencontrar a vontade de descobrir novos caminhos. Aquela capacidade que todos perdemos na medida em que nos tornamos adultos e somos engolidos pelas responsabilidades. O novo sempre exige ousadia.  É preciso ser explorador do mundo e da vida, em casa ou fora dela. No amor, no trabalho e até no relacionamento com os outros existem  possibilidades de viver que nunca se esgotam. Cada um deve descobrir o que é melhor para si e, porque não, para seu parceiro ou parceira. Não existem bulas padronizadas, e só você poderá descobrir novas maneiras de viver o amor que é só seu.  
Nicéas Romeo Zanchett 
http://gotasdeliteraturabrasileira.blogspot.com.br

domingo, 7 de julho de 2013

CIRURGIA PLÁSTICA- A BELEZA IDEALIZADA


CIRURGIA PLÁSTICA 
A BELEZA IDEALIZADA 
                        Os ideias de beleza tem variado em verdadeiros movimento cíclicos. Períodos diferentes tem adotado  conceitos de beleza de outros períodos, com formas e ideias em cada tipo de cultura. Isso é facilmente  reconhecível na beleza da mulher de Creta, que tem a cintura bem fina e cabelo crespo; na dignidade austera e beleza artificial da egípcia antiga e na delicadeza e sutileza das orientais 
                     A cultura greco-romana deu ênfase à beleza clássica, com proporções perfeitas e simplicidade natural. 
                     Na Idade Média, o doce e suave gênero da Madona tornou-se parte integral do expressionismo religioso. É nesse contexto que artistas, a serviço de religiões, criaram belíssimas obras tendo a beleza da mulher  como musa inspiradora. 
Catherine Deneuve
                     A França contribui não só com o tipo elaborado e ao mesmo tempo superficial da cortesã do século XVII, mas fez com que a mulher francesa fosse sinônimo de beleza copiado em várias partes do mundo.
                     A verdade é que desde a pré-história o homem aprendeu modificar sua imagem a seu gosto. A documentação a esse respeito é vasta, tanto escrita quanto nas descobertas arqueológicas que datam de 7.000 a.C. Para adornar orelhas, lábios e narizes, os povos primitivos perfuravam e sacrificavam o próprio corpo. 
                   Essa compulsão humana de tentar melhorar a natureza tem tido modulações com a história do homem, passando por pressões autoritárias, guerras, revoluções, pressões religiosas e fanáticas, além de graves períodos de austeridade. Desabrochou nas época das monarquias e impérios, em tempos de paz e prosperidade, nas sociedades sofisticadas e onde existiam as classes mais privilegiadas. Os fenômenos de estética, com suas várias correntes, são dramaticamente ilustradas pelos anos que antecedem e pelos que seguem a Revolução Francesa. 
                   Durante o período de Luiz XVI, a extravagância era uma constante, e os cuidados com a beleza física eram considerados uma arte. O ódio à aristocracia, durante e depois da Revolução, era tão grande que as perucas, os perfumes e tudo que fosse sensual eram enormemente desprezados. 
                       O apogeu do culto à beleza se deu no final do século XX, quando foi ajudada pela democracia, através liberdade individual de expressão, influenciada enormemente pelos efeitos da propaganda, pelas facilidade de novos produtos, pelos simbolismos do "status", e pela economia sadia.  Em algumas sociedades, com forte conceito de moral, foram feitas publicações contra o excesso de atenção dado à estética. Paralelamente, nas sociedades mais liberais e algumas até mundanas, vários apelos tem sido feitos no sentido de que as pessoas precisam dar mais atenção a seu aspecto físico. 
                        O ser humano é constituído pela relação entre a sua personalidade (imagem interior) e a aparência física (imagem exterior). A unidade dessas imagens ajuda o homem na busca da felicidade. Por isso mesmo, a preocupação com a beleza nasceu com o próprio homem.  Ele aperfeiçoou  suas técnicas, de acordo com ideais estéticos que variam com o tempo. 
                         A cirurgia plástica que, como vimos, já era praticada a mais de 6.000 anos vem constantemente sendo aperfeiçoada. Ela tornou-se um dos setores cirúrgicos mais desenvolvido, pois, em suas modalidades - a reparadora e a embelezadora - consegue preservar, corrigir ou ajudar a natureza, tornando o ser humano mais belo e confiante em si próprio. 
                         Devido ao grande progresso científico, a cirurgia plástica tornou-se uma indústria altamente lucrativa. Como consequência, surgiram milhares de médicos dedicados e responsáveis, mas também os milagreiros  (geralmente despreparados), cujo objetivo é apenas o lucro fácil. A própria  indústria de cosméticos e acessórios facilitou o acesso de charlatões aos diversos produtos que deveriam ser  utilizado apenas por especialistas.  Diariamente, em todo o mundo, as páginas policiais estampam notícias sobre graves problemas e até mortes em virtude do mau uso de técnicas e produtos que hoje são facilmente encontrados.
Priscilla Presley 
                       A história da beleza e sua filosofia no mundo continua, e a operação plastica é apenas um pequeno fragmento do complexo mosaico das práticas de beleza que tem moldado nossos hábitos e costumes. Essa filosofia, por definição, tem como base a qualidade de dar prazer aos sentidos e à mente. Suas raízes, necessariamente, voltam aos princípios da civilização, emaranhados na grande dimensão da experiência humana que é associada com os prazeres sensoriais e intelectuais. O significado e a extensão dessa experiência  desafiam uma análise específica, e, sem dúvida, marcam um profundo padrão instrutivo de necessidade e reações que se refletem na plástica facial e nas ilimitadas ramificações da estética em geral. 
Nicéas Romeo Zanchett 

LEIA TAMBÉM >>> A SEDUÇÃO DA LINGERIES


quinta-feira, 4 de julho de 2013

MULHER OBJETO X HOMEM OBJETO


MULHER OBJETO x HOMEM OBJETO 
                      Durante muitos séculos a mulher foi educada para o amor e para cumprir sua função biológica e perpetuar uma tendência social de cada época. O maior sonho dos pais sempre foi que a filha arranjasse um bom homem para casar. É claro que isto ainda persiste em nossos dias, mas é de maneira diferente, onde a mulher tem novas funções de domínio sobre o homem. 
                      Com a educação voltada para o amor, cada mulher, ao longo do tempo, aprendeu a manejar seu homem de acordo com seus interesses. O amor se transformou num sistema de controle, condicionando o parceiro numa espécie de objeto teleguiado para trazer do mundo tudo o que ela precisava. Toda a mulher, quando quer, é uma especialista convencer seu homem a fazer sua vontade. É por isso que se diz que o homem é quem dá a ultima palavra: que é sempre sim!
                      Todo o homem quer se mostrar dominador, mostrando sua superioridade, criando imposições intencionais de acordo: ""Não gosto que você ande sozinha; quero que seja mais carinhosa comigo; não estou aqui apenas para pagar suas contas; não admito que você use saia curta e decote provocativo, além de muitos outros artifícios. Diante dessas atitudes, muitas mulheres até se sentem valorizadas, imaginando ser apenas ciúme do companheiro, mas também pode trazer consequências dolorosas, que muitas vezes acabam com o amor.  A mulher é inteligente e sabe usar as mais diferentes táticas, até a submissão. O controle, então, passa a substituir o amor, o sentimento ou qualquer outra coisa agradável. 
                      Uma perfeita dona de casa e uma amante maravilhosa é o sonho da maioria dos homens quando resolvem casar. Cada homem tem sua própria razão para casar ou simplesmente ir viver com uma mulher, mas geralmente a decisão é  motivada pelo amor. 
                      O homem sempre foi considerado o sexo forte; lidava com coisas ligadas à produção industrial, escritórios, terras, etc. Já, para a mulher ficava a responsabilidade com os filhos, a casa , e muitas vezes a vida social do casal. 
O homem ou o casamento podiam, e ainda pode, proporcionar proteção "status" e dinheiro. Nessas circunstâncias a relação amorosa tende a se transformar num truque bio-social de subsistência. 
                       É preciso ter consciência de que o amor é mutável pela própria natureza ancestral. O namoro é a fase colorida do encantamento, de se deixar impressionar pelo outro, compartilhando qualidades e defeitos, numa verdadeira troca interpessoal. Depois, a própria estrutura social leva as pessoas a afirmarem coisas, confirmar e estabelecer tudo, como se fosse um contrato.  O melhor do amor é aprender como sustentá-lo quando ele se manifesta. No momento em que se começa a criar normas para eternizá-lo ele se evapora e se transforma numa prisão sem grades. Mesmo em nome do amor, ninguém tem o direito de renunciar a si próprio, pois, agindo assim, estará se fazendo objeto do outro. 
                        O ideal é quando, homens e mulheres, aprendem uma nova espécie de amor: o amor do momento. Isso é possível quando simplesmente se vive a hora de estarem juntos, o amor do momento, sem regulamentação exagerada, sem exigências constantes e sem aquela procura desesperada de estabilidade. Manter a individualidade significa preencher as próprias necessidades, às vezes sem a presença do outro. A mulher moderna não deve concentrar todo seu potencial humano no amor, vendo-o como a principal coisa de sua vida. Quando isso acontece, ela acaba descuidando do seu próprio desenvolvimento, passando a agir com muita irresponsabilidade. É muito fácil simplesmente dizer: eu sou assim porque meu marido quer; não respondo por mim, mas por ele que determina o que é melhor; eu não decido nada sem antes falar com meu marido. Atitudes como essas podem ser definidas como renúncia ao próprio "eu";  falta de vontade própria; significa jogar tudo nas costas do outro, até mesmo a própria capacidade de expandir-se socialmente. 
                         Ainda hoje, toda a educação de uma mulher se faz no sentido de que ela seja uma boa mãe, boa esposa, um complemento da vida do homem, um instrumentos para facilitar seus objetivos. Mas não se pode dizer que por isso ela foi transformada em mulher objeto. Isto só acontece quando ela mesma quer e se faz objeto.  A mulher que passa seus dias só pensando no amor acaba cristalizando esse sentimento também no casamento. Nessas condições, ela se deixa  influenciar facilmente, esquecendo de si mesma para ser o que o outro deseja.
                        O verdadeiro amor deve servir para que cada um cresça, permitindo um desenvolvimento a dois. Do contrário ele não existe de verdade. Ninguém pode ficar parado aceitando sempre as imposições do outro, ou do próprio amor. Desenvolvimento implica em permanentes mudanças.  Já dizia Aristóteles: "O tempo é o número do desenvolvimento". Isso quer dizer que se o tempo passou e não houve mudança, não houve tempo. 
                         Tanto no amor como na vida, quando há mudanças existe a sensação de estar vivo e é esta sensação que permite sentir o outro ou a própria relação.  Se alguém quer amar de verdade, deve estar preparado para enfrentar mudanças e surpresas para que o amor se renove sempre. 
                        Não é verdade que só as horas amorosas são as mais felizes. Existem momentos em que, mesmo a pessoa mais apaixonada, deseja respirar sozinha e isto serve tanto para o homem como para a mulher. O amor é feito de episódios facultativos e, por isso mesmo, surpreendentes. Mesmo num estado genérico de namoro, exitem horas frias e indiferentes, onde o maior prazer pode ser o de estar sozinho. 
                        O maior amor do mundo está sujeito ao momento. Somos pessoas humanas e, portanto, passíveis de mudanças comportamentais. Quando acordamos de mau humor, o melhor é conter as expressões verbais para que não venhamos magoar a pessoa amada. O tempo é o melhor remédio, até para o amor. O mais importante é aprender o equilíbrio que pode existir entre dois seres que vivem juntos. Cada um percebe as limitações do outro e no exato momento do amor, voltam a ser inteiros, são dois em um. 
Nicéas Romeo Zanchett