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domingo, 17 de fevereiro de 2013

SER GAY NÃO É UMA OPÇÃO

                                     
                             
                              SER GAY NÃO É UMA OPÇÃO
O desejo por pessoas do mesmo sexo não é uma opção, e também não é uma doença, como já se pensou no passado não muito remoto.
A homossexualidade teve sua condenação porque toda a manifestação sexual sem fins reprodutivos sempre foi, e ainda é, severamente censurada. A religião sempre exerceu grande papel castrador no negativismo sexual.
Ainda que nossa sociedade  já tenha evoluído, quando falamos sobre homossexualidade, ela se apresenta homofóbica e tende a julgar os gays como promíscuos.
Deveriamos começar a educar as crianças para aprender a respeitar a diversidade sexual. Cada um deveria fazer um mergulho dentro de si e rever conceitos e medos para tentar entender o outro. O amor nunca deveria incomodar, mas as pessoas insistem em sempre opinar e interferir negativamente. A hipocrisia, a mentira e a falta de respeito pelo próximo são mais poderosos.

Já na pré-puberdade, meninos e meninas percebem que o "normal" seria interessar-se pelo sexo oposto, mas muitos se veem diferentes e ficam infelizes, sem saber ao certo o que está acontecendo. É uma fase da vida em que o corpo sofre grandes transfomações e muitos se sentem sozinhos e regeitados, sem forças para enfrentar a avalanche de preconceitos. Os pais deveriam aprender a ouvir os filhos e estarem sempre por perto para ajudá-los nessa difícil caminhada. Deveriam olhar para eles como indivíduos singulares que vivem numa sociedade  em permanente evolução e transformação. Não deveriam sentir medo de que seu filho se torne gay só porque é amigo de gays. Alguém pode até se espelhar  no outro para contar sua verdadeira orientação sexual, mas isso é algo que no seu intimo sempre existiu.

Às vezes o próprio homossexual é homofóbico. Isto geralmente acontece pela dificuldade que temos de extinguir anos de negativismo. Muitos, pelo medo de perder o amor e respeito das pessoas, acabam tendo uma vida dupla. Mas, ainda que haja grande medo da revelação, viver dessa forma é viver uma mentira que não faz bem a ninguém. A coragem de contar que é gay mostra que não aceita viver mentindo.  As reações dependem do ambiente, da história de vida e de como a própria pessoa se aceitou.
Existe grande dificuldade para escolher o melhor momento da revelação. Na maioria das vezes a própria pessoa precisa de um tempo para se auto-aceitar. Os pais, mesmo que tenham bom nível cultural,  também podem não conseguir aceitar tudo de uma hora para outra. Muitos se chocam com a revelação, e passam por um momento de grande desgaste emocional. Eles precisarão aprender com os filhos o que acontece com eles. É muito natural que os pais tenham seu sonho de ser avós e uma revelação repentina como essa representa a perda definitiva das projeções que fizeram durante anos a fio. É preciso paciência pois o processo de assimilação pode demorar muito tempo. Mas, sempre, a melhor maneira  de fazer isso é despir-se de conceitos pré-estabelecidos e ir em frente sem medo.

Muitos pais se sentem culpados imaginando que fracassaram na educação. É comum ouvir a pergunta: onde foi que erramos?  Ora, não há culpados, como também não há erros. Ninguém escolhe ser gay. Trata-se de uma formação hormonal diferente, cujas origens remontam à formação que cada um teve ainda no útero. Portanto, não é lógico procurar culpados.
Muitos pais assimilam a orientação sexual dos filhos, mas se preocupam com o preconceito social que possam vir a sofrer, já que ser minoria, numa sociedade cheia de mentiras e hipocrisia, é se sentir marginalizado.  Outros optam por negar tal condição como uma forma de proteger-se das mudanças. Há também aqueles que entram em pânico e vão logo procurar apoio psicoterápico. Nesse caso a psicologia é direcionada para auxiliar no caminho para auto-estima e a auto-afirmação. 
É importante que os pais saibam que a orientação sexual de seus filhos não é uma forma de afrontá-los. Que nunca existem culpados e que ninguém fez nada de errado. Precisam perceber que seus filhos continuam sendo os mesmos, que nada mudou em relação ao seu amor. Só agindo assim é que conseguirão continuar participando da vida deles. Nunca se deve esquecer que o amor é a mais poderosa arma que existe. Sempre sai vencerdor.
Nicéas Romeo Zanchett
http://aprendaconquistarasmulheres.blogspot.com.br


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