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domingo, 25 de novembro de 2012

O DECLINIO SEXUAL DO HOMEM

                    O DECLÍNIO SEXUAL DO HOMEM
Nenhum homem é imune às transformações orgânicas que gradualmente enfraquecem suas funções físicas, particularmente seu desejo sexual, à medida que envelhece. Depois dos vinte anos de idade, o inexorável declíneo da potência sexual masculina é um fato indiscutível, facilmente visível nas linhas estatísticas do comportamento humano.
Todo o homem de meia idade, independente de sua grande ou pequena satisfação sexual, tende a iludir-se para manter o jogo dos números a que estava habituado antes. Depois de  esquivar-se de algumas seções de amor, ele constata subtamente que a freqüência de suas relações sexuais vem baixando ao longo de vários anos. O declínio iniciado aos vinte anos, agora aos 40, já mostra sua indesejável presença. Num primeiro momento vem o desespero pelo temor da impotência. Depois tenta aumentar a média ao nível que mantinha no pleno vigor de sua juventude que, evidentemente, é uma causa perdida.
Os machos humanos sempre relacionaram a virilidade com atividade sexual. Na natureza de todos os animais, o macho sempre persegue e possui  a fêmea que o recebe, independente de sua agressividade ou motivação predominante. Este costume também era comum nos ancestrais humanos quando ainda caminhavam rumo à civilidade.  

Na sociedade civilizada, a agressividade converte-se em competição por influência, dinheiro ou prestígio. Aos quarenta ou cincoenta anos de idade, a maioria dos homens já fêz uma avaliação realista de suas possibilidades e acomodou-se a uma determinada posição, mas, mesmo sabendo que não conseguirão vencer o tempo,  muitos continuam a competir consigo mesmos. 
No filme "La Citá Delle Donne", de Federico Fellini, o ator Marcelo Mastroianni vive a fantasia do homem de meia idade num mundo dominado por belas mulheres. Enquanto elas dominam e impoem suas vontades e desejos mais profanos, o homem assiste a tudo inerte, muito confuso e atordoado. Tudo se assemelha a um livre espetáculo promovido por muitas e belas mulheres que não se preocupam com éticas morais e com a própria lei da física que não poupa o homem de meia idade colocando-o como o sexo menos favorecido.
Também no Filme " O Último Tango em Paris", o Ator Marlon Brando vive  a fantasia do homem de meia idade com a atriz Maria Schneider, sob a direção de Bernardo Bertolucci. Um drama erótico franco-italiano que provocou a íra dos puritanos e censura governamental em muitos países.
O ponto crucial do problema sexual do homem de meia-idade é a sua reação irracional, e muitas vezes desesperada, contra o índice decrescente de relações sexuais. Embora a baixa freqüência não seja um sintoma correspondente à perda de virilidade, a identificação psicológica que ele faz com a alta potência não lhe permite aceitar, sem conflitos, uma marca mais baixa no costumeiro índice de freqüência.
Fazer uma verdadeira estatística sobre a freqüência sexual dos homens de meia idade é uma tarefa muito difícil, justamente pelo fato que não haver aceitação da realidade. Mas, nos Estados Unidos, o pesquisador Kinsey mostrou que os homens casados, com idades entre vinte e trinta anos, tinham cêrca de um orgasmo a cada três dias. A partir de então, os números caíam em contínua tendência decrescente. Aos quarenta anos, a média era de menos de dois por semana. Aos cincoenta, mal chegava a um orgasmo por semana. A freqüência continuava decaindo e aos cincoenta e cinco mergulhava para menos de um por semana até cessarem  aos setenta e cinco anos. Estas estatísticas conincidem com outras nos Estados Unidos e Inglaterra da época.
Com o avanço da ciência médica, produtos como o Viagra, tentam prolongar a vida sexual do homem, mas esbarram em problemas como a própria saúde, que muitas vezes impendem seu uso. Mesmo para aqueles que podem usar de algum artifício para manter a ereção, é preciso considerar que isto não significa garantia de orgasmo. Com o avanço da idade, a capacidade de ter mais de um orgasmo por seção amorosa, cai pronunciadamente. A maioria dos homens com mais de quarenta anos é incapaz de atingir o clímax regularmente repetidas vezes. Com vinte e poucos anos, o homem pode se conservar no auge da excitação, sob contínuo estímulo erótico,  por uma hora ou até mais, mas por volta dos quarenta e cinco anos, raramente poderá reter a ejaculação por mais de vinte minutos.
O maior problema é que muitos homens, não sabendo o que lhes está contecendo fisicamente, entram em pânico imaginando sua perda de virilidade. Sua suposição se volta contra si, sente-se inseguro, e muitas vezes se agarra a qualquer coisa, em desespero, para estimular o apetite sexual. Muitos buscam a prova de sua própria virilidade na conquista de mulheres bem mais jovens que muitas vezes só fazem piorar seu estado emocional. A sensação de incapacidade, que começa a assaltar o homem que chegou aos quarenta e alguns anos mais, sem um sucesso decisivo em sua carreia profissional é muito semelhante na questão sexual. Hoje, pelas desconcertantes transformações das práticas de trabalho, há uma enorme frustração nas perpectivas que só aumentam suas dificuldade de adaptação. A capacidade profissional, adquirida por meio de longa experiência, de repente se torna obsoleta em face dos progressos tencológicos. Estas ameaças à sua posição fazem-no extremamente sensível  a qualquer indício de velhice. O mesmo ocorre com sua vida sexual. É preciso reagir e adaptar-se a nova realidade que se impõe a cada momento. O bom senso lhe diz que já não mais  possui a força e resistência de seus gloriosos anos. Entretanto, isso não significa que, tanto no trabalho como na vida sexual, tudo esteja acabado. Cada um poderá ter sua continuidade levando em conta as limitações que a idade impõe.
Nicéas Romeo Zanchett 
http://poesiasselecionadas.spaceblog.com.br

domingo, 18 de novembro de 2012

A VIDA SEXUAL DO CADEIRANTE

                     A VIDA SEXUAL DO CADEIRANTE
Falar da vida sexual de pessoas com deficiência física, em muitos sentidos, ainda é um grande tabu. Mas ultimamente o tema tem sido  muito discutido na sociedade e por especialistas.
A pessoa com deficiência física precisa reaprender a ativar sua sexualidade que ficou adormecida, mas que está em algum lugar esperando para ser descoberta.
Não existe uma forma única para orientação no sentido de reencontrar a satisfação sexual e isto deve ser trabalhado individualmente. Cada pessoa tem sua própria forma de pensar o sexo e quando, por algum motivo, tem sua vida sexual interrompida precisa redescobrir o prazer que sentia.
A palavra recomeçar pode ser o marco inicial para, a partir daí, descobrir sua própria sensibilidade erótica. A pele é nosso maior órgão sexual e se houve perda de sensibilidade em certos pontos é preciso encontrar outras formas para estimular o cérebro. A melhor maneira para se descobrir uma zona erógena é exercitando, buscando a sensibilidade possível nos mais variados pontos do corpo.
Cada deficiência física implica em variações de possibilidades e percepções do próprio corpo e também do parceiro. O sexo pode ser satisfatório se existir vontade e delicadeza de ambas as partes. A pessoa com deficiência pode, sem rodeios, conduzir o parceiro para as posições possíveis e mais agradáveis. De modo geral as posições mais confortáveis para o cadeirante são aquelas em que fica por baixo, de lado e também com as pernas abertas e barriga para cima. Se a deficiência já não permite mexer a cintura, uma boa solução é um travesseiro embaixo do quaril. O conforto e a sensibilidade devem dosar a relação. Quanto mais confortável estiverem,  melhores serão as chances de satisfação para ambos. Antes de iniciar a excitação é importante que o deficiente se sinta bem e seguro. Para tanto não devem ser esquecidos alguns cuidados básicos como: esvasiar a bexiga e estar com o intestino limpo. Isso evitará que aconteçam acidentes desagradáveis.

Muitos imaginam que um deficiente só pode manter relação com quem também tenha deficiência porque assim haverá melhor entendimento, mas isto não é necessariamente verdadeiro.  É muito importante que a outra pessoa tenha conhecimento básico sobre sua deficiência e como agora funciona seu corpo. Isso ajudará evitar constrangimentos e até possíveis danos a algum membro sem sensibilidade. Antes da relação devem falar abertamente do que gostam e como gostam que faça. A troca dessas informações pode garantir o sucesso ou o fracaso na hora do ato.
Uma relação com pessoa deficiente requer uma ação mais longa de cuidados, carinhos e preliminares.  Como sempre falei, sexo não é apenas penetração, mas sim um conjunto de possibilidades que podem levar ambos ao pleno prazer. Massagens com óleos perfumados, talcos e outros produtos especiais,  com toques localizados, podem despertar a satisfação e prazer por outras janelas sensoriais (visão olfato, audição, tato, paladar, podem potencializar o prazer para ambos).
É comum a pessoa sem deficiência física ficar perdida e com medo de machucar seu parceiro deficiente. Quem não tem deficiência, na prática, fica mais fácil conduzir a relação com o deficiente, desde que o conheça bem e saiba suas limitações e medos. 

Recomeçar a vida sexual apos um acidente é sempre difícil, mesmo para quem não perdeu a maior parte dos movimentos. Poucas pessoas sabem o básico sobre a sexualidade dos lesados. Os deficientes que tiveram lesão medular, por exemplo, que resulta na diminuição de sensibilidade genital, pode ter sua sexualidade dirigida para outras áreas do corpo e obter grande  prazer. O cérebro é um importante aliado. Ele continua sendo estimulado, muitas vezes em sonhos eróticos. Isto quer dizer que sua capacidade de sentir excitação continua como antes. O parceiro do deficiente precisa ser orientado para esta percepção e assim, juntos, conseguirão tirar o maior prazer de áreas do corpo que muitas vezes ficam esquecidas.
Na relação sexual de um cadeirante com outro com as mesmas deficiências, não dá para inventar muito, mas mesmo assim tudo pode ser maravilhoso. Basta que ambos entendam e aceitem suas proprias limitações, e assim, a potência sexual fluirá naturalmente.
Uma pessoa com paralisia cerebral pode ter as mesmas habilidades e sensibilidades que outra pessoa sem a lesão. 
Com todos os cuidados necessários, qualquer pessoa deficiente pode ter uma vida sexual ativa e prazerosa. Basta que nunca desista de buscar qualquer possibilidade de uma vida totalmente integrada.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br