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domingo, 24 de junho de 2012

A SAÚDE NASCE NO ÚTERO


                                    A SAÚDE NASCE NO ÚTERO
              Nosso corpo é construído e mantido com aquilo que ingerimos - sólidos e líquidos - e também com o ar que respiramos. 
             Os estudos confirmam que os nove meses de gestação são decisivos para a saúde do indivíduo durante toda a sua vida. O útero da mãe é o primeiro ambiente da criança. Por isso é muito importante prevenir doenças antes do nascimento, ainda durante a vida intra-uterina. 
                  É durante a gravidez que toda a história física e emocional do bebê será construída e, portanto, sua saúde será influenciada por aquilo que a mãe consumir. 
                    Muitos estudos tem sido feitos e demonstram que as doenças infecciosas da mãe, seus níveis de estresse, a qualidade de sua alimentação e até mesmo o ar que respira definem o futuro da saúde, na infância e na vida adulta, da criança que está em seu ventre. Mães com problemas cardíacos, alergias, asma, obesidade, câncer e outras enfermidades as transmitem geneticamente para seu filho que ainda não nasceu. Se a mãe for diabética, fumar, beber, ou usar outras drogas e não controlar seu problema durante a gestação, a chance de dar à luz uma criança também portadora de tais problemas é muito alta. A mãe diabética que não controla e se expõe a altas taxas de açúcar no seu sangue, independentemente da genética, contribuirá para elevar os riscos da futura criança também manifestar diabetes. A maior quantidade de açucar que está no sangue da mãe diabética atravessa a placenta e obriga o pâncreas do bebê a produzir mais insulina para manter o equilíbrio.   Essas crianças são propensas a ter baixa sensibilidade à ação da insulina - a insulina é o hormônio que permite a saída do açúcar do sangue e sua entrada nas céludas - que é um conhecido fator de risco para a doença. Se, no futuro, o indivíduo manifestar resistência ao seu funcionamento, ela não agirá corretamente. Como resultado haverá mais glicose na circulação sangüínea, caracterizando a diabetes.  
               Os estudos indicam que a tendência à obesidade também pode ser adquirida dentro do útero. Filhos de mães obesas costumam herdar genes de obesidade.  O excesso de peso materno também pode estar relacionado ao aumento de risco de a criança tornar-se mais vulnerável à alergia, à asma e a doenças neurodegenerativas, como doenças de Alzheimer e doença de Parkinson. Especialistas ressaltam a importância do emagrecimento para a mulher que deseja ter filhos e que está acima do peso. As mães precisam se conscientizar das conseqüências com o que ingerirem, não apenas para a própria saúde, mas para a saúde dos filhos e, potencialmente, até dos netos. 
              Se, por um lado, o acúmulo de peso é um problema para a futura criança, o inverso também é verdadeiro. As pesquisas demonstram que várias das causas  para o nascimento de crianças com peso abaixo do normal estão relacionados às condições da mãe.  O uso de fumo e depressão não tratada, por exemplo, podem resultar em bebês magros demais. Outra causa é a adoção de uma dieta pobre em nutrientes importantes durante a gestação. Nesse caso, o feto não recebe os ingredientes necessários à formação correta de todos os tecidos. Como conseqüência, a natureza que é sábia, acaba priorizando o desenvolvimento de alguns órgãos, como o cérebro, em detrimento de outros. Dependendo da qualidade, a nutrição da mãe pode produzir células geneticamente instáveis e propensas à doenças como o câncer. Um dos principais vilões, neste caso, são os embutidos como salame e salsichas. Eles contém muitos conservantes artificiais e alto teor de sal que podem elevar apressão arterial.  
                    As mulheres grávidas que fumam, usam drogas ou tomam antibióticos inadequados, também deixam o feto mais vulnerável à enfermidades. O uso indiscriminado de antibióticos cria resistência no organismo do bebê e eles perdem sua capacidade contra as infecções.  Também está comprovado que a exposição da grávida a inseticidas aumenta as chances de tumores renais no futuro ser. Isto pode acontecer pela simples ingestão de saladas com alto grau de agrotóxicos. 
                  O ar que respiramos faz parte de nosso organismo. Sem ele a vida seria impossível. A poluição é considerada um dos maiores inimigos da evolução saudável dos fetos no ambiente uterino. Além de aumentar os riscos de câncer de modo geral, os poluentes emitidos pela queima de combustíveis, pesticidas ou até pelo fumo passivo estão ligados a problemas de desenvolvimento do raciocínio das crianças. Os estudos indicam que crianças nascidas de mães constantemente expostas à poluição atmosférica tem atraso em funções cerebrais como a compreensão dos tamanhos das coisas, a habilidade para fazer a identificação de padrões bastante simples. As crianças que já manifestam algum déficit de cognição originado quando ainda estavam no útero da mãe certamente terão pior desempenho escolar. 
               O mundo moderno impõe permanente estado de estresse às pessoas. São inegáveis os indicativos de que ele seja capaz de produzir seqüelas físicas e mentais no ser em formação. Bebês gerados por mães estressadas tem muito mais chance de desenvolver alguma doença. Toda a rede de neurônios do bebê recebe forte impacto do estresse da mãe.  São as experiências emocionais da mãe grávida que moldam a arquitetura do cérebro do bebê.  A longo prazo, isso vai afetar a capacidade de aprendizagem, o comportamento e a saúde mental da criança.  O estresse materno pode ter um impacto tão sério a ponto de alterar o desenvolvimento cerebral da criança, deixando-a suscetível à enfermidades, além de predispô-la a maior chance de vir a sofrer de depressão quando adulto. Alem da depressão, no futuro, eles terão menor habilidade  para lidar com manifestações adversas e apresentarão sintomas de ansiedade. 
                 A exposição do feto aos hormônios desbalanceados da mãe são as principais causas dos problemas que a futura criança e o adulto terão.  Sob condições de tensão constante, todos nós produzimos quantidades excessivas do hormônio cortisol, inclusive a gestante.  Nela o excedente consegue passar atarvés da placenta e chegar ao feto, provocando profundas mudanças na sua rede neural. 
                Por tudo isso, o melhor investimento que podemos fazer para a futura criança é um bom pré-natal. Ele é fundamental para garantir a saúde futura do bebê que está sendo gerado. 
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/

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