Escutura em relevo de Romeo Zanchett
OS CASAMENTOS ABERTOS
O casamento aberto é fundamentado na idéia de que um homem e uma mulher, mesmo casados, podem ir para a cama com quem quiser. Exige uma boa dose de segurança, aventura e atração pelo imprevisível. Existem homens que se excitam somente com aidéia de sua mulher ser possuída por outro, mas quando existe amor é sempre arriscado para as duas partes. Se um dos parceiros está apaixonado o jogo se torna impossível.
Durante as décadas de 1960 e 1970, na Inglaterra, Estados Unidos e em outros países do primeiro mundo, esta prática era muito comum. Como resultado houve grande aumento no número de divórcios. As principais razões foram o ciúme e a paixão por um novo parceiro ou parceira.
O ciúme nada mais é do que inveja. Muitos homens gostam de sentir ciúme da pessoa amada e para amá-la necessitam se seja possuída por outro. São pessoas cujo erotismo se alimenta do ciúme. Imaginar sua parceira nos braços de outra pessoa os faz sofrer, mas ao mesmo tempo aumenta seu desejo e prazer.
Na mulher o ciúme está ligado ao desejo do homem. Quando ela intui, pelos gestos, pelo calor do abraço, pela intensidade do ato erótico, que o desejo do seu parceiro não é mais o mesmo, começa em silêncio ser ciumenta. No íntimo, ela imagina que seu homem tenha desejo erótico constante, imutável e isto é impossível. Ao sentir que este desejo diminui, então, instintivamente, pensa que ele se dirigiu para outra. Neste momento ela se sente em perigo e é tomada pelo pânico. Pensa logo em reverter a situação sendo capaz de lutar com verdadeira selvageria. Fica disposta a tudo, solta os freios do seu erotismo sem pudor, renuncia até mesmo sua dignidade. Tudo a fim de recuperar integralmente seu parceiro.
Não importa o quão civilizado alguém possa se considerar deixando que seu parceiro faça sexo com outra pessoa, é provável que chegue a hora em que se ressentirá por isso.
No caso dos maridos, o "ciúme no casamento aberto" com freqüência toma forma tradicional masculina de inveja do outro homem. Geralmente não tem coragem de perguntar à companheira e fica imaginando um amontoado de coisas resultantes de seus fantasmas secretos. A mais comum pergunta calada é: será que êle tem um pênis maior que o meu? Quando a resposta é desfavorável a qualquer uma das indagações imaginadas, um fantasma se instala no seu cérebro e pode levá-lo ao desespero.
A maioria dos casais que se propõem a um casamento aberto se esquece de que há a possibilidade de o marido ou a esposa se apaixonar por outra pessoa. É muito mais fácil nos apaixonarmos por alguém com quem fizemos sexo, principalmente quando foi bom. Nas mulheres a relação sexual costuma exercer forte efeito de "ligação"que acabam levando-a a um relacionamento mais sério.
Muitos casais liberais buscam resolver seus problemas sexuais com a troca de parceiros. Costuma-se dizer "troca de esposas", mas a frase está errada porque há também a "troca de maridos". Embora este seja um dos assuntos mais comuns na fantasia de casais, bem poucas mulheres aceitam realmente este tipo de relacionamento. É preciso ter em mente que esta troca envolve risco emocional que pode por fim ao relacionamento ou até ao casamento estável.
As práticas sexuais coletivas remontam a datas longínquas. Na China antiga, as especulações taoístas sobre o poder mágico da união sexual deram origem a escolas de misticismo coletivo que, em diversas ocasiões , agitaram profundamente o povo chinês, provocando inclusive algumas revoltas políticas. Os maridos trocavam de mulheres e não tinham vergonha de fazer isto diante dos pais e dos irmãos mais velhos. Era isto que se chamava "a arte verdadeira de obter a essência vital". Eram seitas religiosas dedicadas ao sexo. Num período incrivelmente curto, milhares de homens e de mulheres aderiram a estas seitas. Agrupavam-se em comunidades secretas, promoviam reuniões noturnas de caráter sexual e resistiram obstinadamente a todos os esforços das autoridades para dispersá-los.
O misticismo sexual taoísta perdurou até alguns anos atrás. Em 1950, a República Popular da China reprimiu uma seita secreta que se opunha ao novo Governo. O jornal comunista declarou que os chefes da seita organizavam concursos de beleza e que, durante as aulas de estudos taoístas, os mestres excitavam os alunos a se entregartem à relação sexual promíscua, prometendo a imortalidade e a liberação de todas as enfermidades humanas.
O sexo a três é talvez a mais comum das fantasias masculinas. Mas na prática, um homem com duas mulheres está sempre em desvantagem. Não é nada fácil para um homem satisfazer duas mulheres ao mesmo tempo. Muitos têm grande dificuldade em satisfazer plenamente uma, imaginem duas. Quando as mulheres têm tendências lésbicas ou bissexuais, fica tudo mais fácil para o homem, mas pode surgir o ciúme se elas demonstrarem mais interesse entre si deixando de lado o homem que acaba virando um mero espectador.
Algumas mulheres têm fantasias de serem possuídas por mais de um homem na mesma relação, ou até mesmo com a chamada dupla penetração. Na prática é possível, mas é raro e a maioria acaba não gostando.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/
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