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domingo, 30 de outubro de 2011

A NAMORADINHA DO CASAL









Escultura de Romeo Zanchett


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A NAMORADINHA DO CASAL


O grande acontecimento sexual dos anos 60 e 70 foi a pílula anticoncepcional, que liberou as mulheres para o sexo recreativo. Surgiram então os movimentos do amor livre, dos hippies e da estruturação da indústria pornográfica no cinema, que incentivaram as orgias.


Hoje as mulheres já amadureceram e perderam as inibições que as mantinham amarradas a preconceitos. É comum que elas assumam a postura de caçadoras que era uma atitude tipicamente masculina. Muitas viraram "garanhonas"que não se satisfazem com o sexo rotineiro e sempre querem novas modalidades. É a atitude liberal das mulheres que fez surgir novos tipos de relacionamentos.


Vivemos um novo tempo sexualmente revolucionário onde as relações a dois tem sido sistematicamente substituídas por novos arranjos amorosos mais interessantes. É o caso dos relacionamentos a três.


O mais comum é o casal que adota uma namoradinha fixa e com ela participa de momentos íntimos. Não se trata de garota de programa e sim de uma verdadeira namorada do casal. Mas, o casamento a três, onde todos vivem a rotina de um casamento convencional, é o mais interessante. São pessoas que vivem na mesma casa, onde a divisão de responsabilidades e a fidelidade são os marcos principais. Para um relacionamento harmônico a três é preciso que haja perfeita integração, respeito, desprendimento e fidelidade. Não pode haver ciumes e nem preferência.


Esses casais, que geralmente são formados por duas mulheres e um homem, costumam ter a vida rotineira de um casal comum. Muitos dormem na mesma cama, fazem as refeições e vêem TV juntos. Na hora do sexo o homem precisa tomar alguns cuidados para satisfazer as duas parceiras. Por razões óbvias, além das preliminares ele tem de penetrar as duas e fazê-las gozar para só então ejacular. Isso exige bastante autocontrole.


Como se vê, não ha limites para as fantasias que se possa ter no campo da sexualidade. Já no campo da ação, idéias que permitam ao casal esquentar o relacionamento, quando colocadas em prática, podem ser o combustivel que faltava para incendiar o desejo.


Um casal que está junto há muito tempo acaba por fazer sexo sempre da mesma maneira e entram para as estatísticas de casais que vivem a "disfunção de desejo" -a terceira maior causa de queixa sexual entre homens e a segunda entre as mulheres.


Inovar é buscar uma alternativa que não prejudique ninguém e que possa resgatar felicidade a todos os envolvidos. Pode ser muito saudável e prazeroso enquanto durar.


Existem casais que buscam alternativas em swings, mas é mais arriscado e não é a mesma coisa. O casamento a três cria um envolvimento e dá mais segurança aos parceiros inovadores. Com o prazer e a melhora no relacionamento, a infidelidade passa a ser coisa rara.


Na verdade, embora fosse raro e mantido a sete chaves, este tipo de relacionamento é bem antigo.


A grande dificuldade inicial para quem quer dar uma virada no relacionamento é a comunicação. É importante corrigir a falta de sintonia, procurando uma nova combinação de mensagens verbais e não-verbais que sejam mais condizentes com os sentimentos de cada um. Conseguir enviar mensagens claras e consistentes, assumindo a responsabilidade pela sua metade, no que diz respeito á comunicação sexual, são duas importantes etapas em direção ao aperfeiçoamento de qualquer relação. Mas é muito importante ter consciência de que uma comunicação clara e sem defeitos é responsabilidade de ambos.


A interpretação errônea das intenções de um parceiro é fonte comum de fracassos na comunicação sexual. Isto acontece porque as pessoas compreendem de forma diferente os valores básicos como o amor, fidelidade e compromisso. É por meio de nossa educação e experiências de vida que aprendemos o verdadeiro significado destas palavras. E, assim, quando duas pessoas têm experiências e educação diferentes, existe a possibilidade de haver confusão na interpretação desses conceitos.


Inicialmente a mulher tende a fazer a vontade do parceiro mais movida pelo medo de perdê-lo ou pelo desejo de controlá-lo, do que pelo seu próprio prazer. Para ela, prazer garantido só quando a relação for apenas sexual e os sentimentos, poucos. Geralmente só aceita quando não ultrapassam seus limites. Já o homem está mais preocupado com o prazer do que com os sentimentos. Para ele o relacionamento a três representa a realização de sua mais profunda fantasia de forma prática, econômica e segura.


A forma mais fácil de conseguir um relacionamento a três é dando preferência à amiga mais próxima do casal. É que nessa condição já existe confiança, simpatia e amor fraternal que são condições indispensáveis para um bom entendimento.


O mais importante, em qualquer relacionamento, é a busca da felicidade pela troca de prazeres.


Nicéas Romeo Zanchett

















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