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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

DINHEIRO AMOR E SOLIDÃO

AMOR DINHEIRO E SOLIDÃO 
Por Nicéas Romeo Zanchett

               O único motivo que justifica  a união de duas pessoas é o amor. Para manter essa união é necessário, antes de tudo, muita sinceridade, cumplicidade e compreensão. É preciso viver o dia a dia  com mútuo interesse de se conhecer melhor e expandir as inúmeras possibilidades do corpo e da alma.
               Quando se inicia um relacionamento amoroso, é preciso ter em mente de que nada é eterno, mas pode durar prazeirosamente uma vida. 
               Qualquer relação amorosa que seja condicionada e rotineira leva, inevitavelmente, ao desinteresse sexual. Com a passagem do tempo, outros interesses surgem e é natural que a tesão se arrefeça ou até acabe.  Mas o amor é uma chama que precisa ser mantida, pois do contrário o melhor é apagar e partir para outro relacionamento. 
               O ser humano encontrou na união conjugal uma maneira para sentir-se amparado. Muitas vezes essa união é levada de forma robotizada, sem emoção e apenas para manter um casamento falido. O medo da solidão é tanto que as pessoas abrem mão de tudo e vão fazendo inúmeras concessões para manter uma relação estável e fria. Justificam a falta de amor e tesão com frases tipo "casamento é isso mesmo". 
                 A quantidade de relacionamentos infelizes que continuam sendo sustentados pelos casais por puro medo ou falta de saída é enorme. Muitos são os que vivem relações péssimas e acham que é normal. 
                 O dinheiro tem sido um grande ditador de relacionamentos. A maneira de dar, receber, gastar ou acumular o vil metal revela frustrações emocionais que se arrastam da infância por toda a vida. Não são poucas as vezes que pessoas com muito dinheiro, não conseguem  gastar consigo mesmas e saem à procura de alguém para suprir sua carência afetiva e emocional. É sempre um tiro no escuro, pois geralmente se ligam a alguém que nada lhe dará em troca. Mesmo com toda a generosidade acabam sendo frustradas e sentido-se indignas de amor. 
                  Comprar a felicidade não é uma forma saudável de se relacionar. São situações mal resolvidas que acabam por tornar a pessoa em sovina e incapaz de dar afeto para alguém ou para si mesma. São muito comuns os casos de mulheres ricas, com baixa estima, envolvidas com homens financeiramente falidos. O dinheiro é usado para esconder um profundo drama afetivo que muitas vezes  tem origem na infância e na forma como seus pais  lidavam com as questões monetárias. 
                  O importante é descobrir a tempo que dinheiro não é amor. Pode trazer conforto e até algum prazer, mas a verdadeira felicidade se conquista com saúde psíquica e não com uma polpuda conta bancária. A verdade é que o dinheiro nunca é capaz de substituir o afeto. Ele seduz porque alimenta a ilusão de suprir as faltas e as necessidades emocionais, de sentir-e  salvo de contratempos da vida e de ser possível comprar a própria auto-estima. Relacionamentos onde o dinheiro define tudo é uma forma de transformar as pessoas em objeto sem valor , ou simplesmente para provar seu poder sobre elas. 
                   Estamos vivendo num mundo em que a estética material prevalece não apenas sobre o amor, mas também sobre a amizade, a solidadriedade, o afeto e as emoções espontâneas. Muitos precisam de todo o dinheiro do mundo para sentirem-se realizados. isto expõe o verdadeiro sintoma da melancolia que tenta cobrir o gigantesco vazio  afetivo do ganancioso. É importante observar que pessoas assim se transformam em prósperos empresários, mas nunca deixam de ser maníacos-melancólicos, que fazem da falta de um afeto uma permanente compulsão por dinheiro. E só assim conseguem encontrar a segurança para sua fragilidade  emocional. 
Nicéas Romeo Zanchett

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