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domingo, 16 de setembro de 2012

NARCISISMO DIFICULTA O RELACIONAMENTO

      O NARCISISMO DIFICULTA O RELACIONAMENTO
O homem  sempre é atraído pela beleza feminina, mas muitos exemplares do sexo forte sentem necessidade de competir, em beleza, com as mulheres.
Na mitologia greco-romana, Narciso, famoso por sua beleza, foi um herói do território de Téspias- Beócia. Era flho do deus-Cefiso e da ninfa Liríope. Quando nasceu o adivinho local, Tirésias, previu que ele teria vida longa desde que jamais contemplasse o seu belo rosto. Segundo a história mitológica havia também uma belíssima ninfa tão jovem quanto Narciso, chamada Eco que o amava muito, mas ele apaixonou-se pela própria imagem e regeitou-a. 
É dessa mitologia grega que deriva a palavra narcisismo. 
Na psicologia e psiquiatria, o narcisismo excessivo é reconhecido como um estado patológico e fator que mais dificulta o indivíduo de ter uma vida afetiva satisfatória. É tratado pelos estudiosos como Transtorno de personalidade narcisista.

Freud afirmava que algum nível de narcisismo constitui uma parte de todos os seres humanos desde o nascimento. Para a psicanálise o narcisismo representa uma modo particular de relação com a sexualidade.
Há muito tempo os estudiosos se perguntam como o narcisismo influencia o comportamento na esfera amorosa. A história tem demonstrado que essa característica pode criar um fator de impedimento para afeição por outra pessoa e não um aspecto facilitador do relacionamento. Quando o belo Narciso desdenhou o amor da ninfa Eco, Afrodite (deusa do amor), mãe da jóvem regeitada, irritou-se com o rapaz e o puniu com um amor-próprio insaciável. A partir de então ele se consumiu de desejo pela pela própria imagem refletida na água e terminou por ser tragado por ela.
Para Freud, criador da psicanálise, o amor pode ser entendido como um direcionamento da libido a um determinado objeto, mas este objeto tem de ser algo externo ao sugeito. Quando o indivíduo concentra e gasta toda a sua energia no próprio "eu" pode não sobrar nada para ser dedicado a outra pessoa (o objeto).
O amor-próprio, no sentido de afirmação da própria vida é um elemento impressindível que precisa ser encarado como um traço importante do caráter. Toda a pessoa apresenta traços narcisistas e em certa medida eles fazem parte da nossa auto-defesa. Valorizar a própria imagem é saudável (ame a si mesmo e será amado!), mas o egocentrismo exagerado pode se caracterizar como uma patologia. Em muitos casos o narcisismo é a forma adotada inconscientemente para compensar a falta de atenção e afeto recebidos na infância. Esse tipo de comportamento  costuma causar muito sofrimento não só para a própria pessoa, mas também para os que se relacionam com ela. Dificilmente sente empatia por outra pessoa ou se comove profundamente com o mal-estar alheio, chegando a usar de frieza em momentos em que o mais adequado seria o acolhimento.  
O Transtorno da personalidade narcisista se caracteriza, principalmente, pela necessidade de admiração constante e falta de empatia com o sofrimento alheio.
O narcisista mostra uma forte limitação à capacidade de amar verdadeiramente alguém. Suas conquistas amorosas servem principalmente para fortalecer a própria imagem que precisa ter sua grandiosidade constantemente confirmada. Ele precisa do outro para lhe fornecer afeto e não para estabelecer trocas. Em outras palavras, é como uma criança que se apodera da mãe exigindo atenção constante.
Embora acredite fielmente nos seus prórpios dons e talentos, uma pessoa patologicamente apaixonada por si mesma precisa ser permanentemente reconhecida.  
O narcisista com "self idealista" se caracteriza pelo constante medo de se decepcionar e se ferir em relacionamentos. Preferindo não correr o risco de se entregar a uma relação amorosa acaba sempre só. Retraindo-se e autoprotegendo-se, busca na própria independência uma maneira exagerada de amar a si mesmo a ponto de divinizar-se. Vive em permanente procura pelo perfeccionismo que nunca encontra numa relação porque as pessoas são seres diferenciados e imperfeitos.
Existe um tipo de narcisita, conhecido pelo "self hipocondríaco" que está em permanente estado de preocupação com a própria saúde. Costuma se desmanchar em lamentos para que todos sintam pena de seu estado. É a forma de atrair as atenções das pessoas que lhe demonstram amor e simpatia.
O indivíduo egocêntrico e presunçoso tem tendência a se ofender facilmente. Não aceita discordância e está sempre esperando de elogios e recompensas. Seus relacionamentos são a base da própria necessidade de autoafirmação. Quando seu self é ameaçado ele se sente inseguro, temeroso e desanimado, chegando a considerar-se pouco merecedor de amor.
Em psicanálise o narcisismo representa um modo particular de relação com a sexualidade. Freud o analisava tendo como ponto de partida a infância, ainda na fase auto-erótica, no primeio modo de satisfação da libido pelo prazer com o próprio corpo.
Entretanto, o narcisismo não simboliza apenas mera negatividade. Ele mostra a profundidade de um indivíduo que toma consciência de si mesmo, onde cada um experimenta seus próprios dramas humanos. 
O importante é saber dosar o amor-próprio com o amor ao próximo e a tudo o que nos cerca. 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://selecaodehistoriasinfantis.blogspot.com.br 
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http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br   

Um comentário:

  1. Interessante por demais este artigo. Esta questão abordada se faz de urgência necessidade de ser divulgada e popularizada, principalmente neste momento que vivemos de um tipo de "exterminação" de mulheres em massa e o que me deixa mais indignada é que os crimes cometidos contra elas são associados ao ciúme, colocando em destaque a figura de "otelo", que deve estar se revirando no "tumulo" de raiva, pois ele amava Desdemôna, enquanto esses atuais assassinos, apenas amam a si próprio, e é apenas por seus comportamentos narcisistas(por amor próprio) que impedem que as mulheres se separem destes matando-as. É o que eu penso.

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