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terça-feira, 7 de junho de 2011

ASSUMINDO A PRÓPRIA SEXUALIDADE



ASSUMINDO A PRÓPRIA SEXUALIDADE

Já vai longe o tempo em que as pessoas, principalmente os jóvens, reprimiam sua vontade de novas experiências sexuais. Hoje existe muita abertura para as mais diversas formas de experiência, inclusive a homossexual. Essa abertura para esperimentações tornou-se um traço marcante do comportamento jovem, tanto na questão heterossexual como homossexual. São trasnformações bem visíveis, principalmente entre as garotas na faixa de 13 a 17 anos. Elas já não sentem inibição para testar, por exemplo, o beijo sensual entre amigas. Vale observar que essa atitude não significa que sejam ou venham a ser necessariamente lésbicas. Na verdade elas encaram o fato como uma forma de demonstrar liberdade e ausência de preconceito. Os jovens de hoje não tem a menor dificuldade em assumir o hábito de "ficar" com diversas pessoas durante uma balada, coisa que seria inaceitável há alguns anos. Mesmo aqueles que não participam desta forma de diversão, não se incomodam com a visão de pessoas do mesmo sexo se beijando.

Uma pesquisa recente, feita pelo DATAGLS com mais de 10 mil homossexuais brasileiros, mostrou que eles estão se assumindo mais cedo. O censo indicou que 73% dos gays entrevistados se assumiram antes dos 24 anos de idade. O estudo apresenta ainda os surpreendentes números dos Estados Unidos que demonstram que a idade média em que as pessoas se dão conta de desejos homossexuais (ou os assumem para si mesmos) caiu nas últimas décadas. Ela era de 14 anos para os meninos e 17 para as meninas, na década de 60. Nos anos 90 passou a ser de apenas 10 anos para os meninos e 12 para as meninas.

Os adolescentes de hoje não se sentem ambaraçados pela ambigüidade sexual. O habitual uso de categorias sexuais para separar, isolar ou discriminar a sexualidade está diminuindo de maneira acelerada. Para muitos, ser rotulado de gay não tem muita importãncia. Cada vez mais, os adolescentes se redefimem e reinterpretam sua sexualidade de tal forma que possuir uma identidade gay, lésbica ou bissexual praticamente não tem nenhum significado. Estamos diante de uma nova visão naturalizada das sexualidade humana.

As mudanças em direção a uma maior aceitação da diversidade sexual estão em andamento e não há volta. As atitudes negativas em relação à homossexualidade ainda terão eco por muito tempo, mas são contrabalanceadas pela percepção de que é cada vez mais custoso manter de pé velhas barreiras. Constatar e compreender não equivale a incentivar novas opções sexuais, mas não se pode, de forma alguma, ignorar que esta mudança veio para ficar.

Nicéas Romeo Zanchett



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