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sábado, 25 de maio de 2013

O LADO FEMININO DO HOMEM por Nicéas Romeo Zanchett

O LADO FEMININO DO HOMEM 
Por 
Nicéas Romeo Zanchett 

                     Em seu "Banquete", há 25 séculos, Platão já dizia que em tempos que a memória pouco podia alcançar houve uma espécie humana estanha, denominada andrógina, nem homem nem mulher. Eles, ou elas, existem e estão por aí. 
                     Entre os romanos, o andrógino era considerado o ser perfeito. 
                     O mito grego, com profundas raízes na verdadeira natureza humana, o andrógino participa de ambos os sexos. Freud já tinha vislumbrado essa verdade ao declarar: "Todo o ato sexual é um acontecimento que envolve quatro pessoas". Esse tema foi aprofundado por Jung e confirmado pela biologia; graças à química moderna e à teoria dos hormônios, hoje sabemos ser impossível falar em sexo (masculino ou feminino) puro. 
                     Há no amor sexual uma contradição que desafia a lógica. A sexualidade é separação e união, antagonismo e atração. Como sugere Freud em sua última definição do ato sexual: "Uma agressão que busca a união mais íntima". O sexo é apenas uma das formas do dualismo universal. O andrógino é, ao mesmo tempo, o símbolo da indistinção primordial e divina e de toda experiência que leva o homem a reintegrá-la. Esta é a doutrina do mito iniciático que figura na maior parte das grandes tradições sagradas do Ocidente  e do Oriente; nelas encontramos algumas variantes, mas sobretudo, com elementos constantes. 
                     O andrógino é o símbolo da identidade suprema na maioria dos sitemas religiosos. Representa o nível do ser "não metafísico", a fonte da manifestação, que corresponde ao zero - a soma dos dois aspectos da Unidade +1 - 1 = 0. O zero, como ponto de início da numeração, simboliza a androginia, a divisibilidade e a multiplicidade. Assim, os espíritos libertos das leis dos mortais, com facilidade assumem o sexo e a forma que lhe aprouver. Na sua tragetória para a transcendência total, os místicos atravessam experiências alucinógenas de amor e matrimônio, nas quais se tornam côjuges apaixonados do seu deus.
                     - "Como dizes que Deus possui os dois sexos, ó Trismegisto?" - "Sim, Asclépio, e não apenas Deus, como todos os seres animais e vegetais". No princípio havia um ser (ou vários) que possuía os dois sexos. Ele se dividiu ou se deixou dividir  em duas metades: uma masculina, a outra feminina. Mas com a separação, com o corte, dirá Platão, surge o desejo de reconstituir a indistinção. O tema que é antigo (ver em "Banquete" de Platão) foi inteiramente revolucionado por Jung em sua "Psicologia do Inconsciente". A contradição interna do mecanismo sexual e o aspecto profundo das coisas, se revela sob a forma de uma síntese dos contrários. Nesse aspecto, os canais eróticos deixam transparecer o esquema biológico. A transferência da célula doadora, masculina, para a receptora, feminina, se dá pela violação sofrida pela segunda. Todos esses aspectos se refletem fielmente no comportamento normal do homem, com suas tendências poligâmicas, possessivas, conquistadoras e dominadoras e da mulher, na sua condição de monogâmica e fiel, mas também muitas vezes possessiva. Todas as aberrações humanas, encontram seu modelo na evolução extraordinária do seu amor animal. É uma espécie de condicionamento biológico da imaginação, onde inexiste solução de continuidade entre o comportamento animal e o comportamento humano; assim, podemos dizer que o homem, na sua essência, é um animal sexual.
                   Anima, que significa "alma" em latim, é o termo que o psicólogo Carl Gustav Jung escolheu para designar o componente feminino que existe na psique masculina. para ele, toda a aventura espelha, simbologicamente, o encontro necessário  que todo o homem deve ter com a sua própria "anima", a sua alma, para poder trilhar com êxito o caminho da "individualização" - o encontro consigo mesmo, com seu "Self". 
                    Hoje, mais do que nunca, vivemos a necessidade urgente de redefinições importantes, como aquelas que dizem respeito ao sentido real do masculino e do feminino e as das identidades de homem e de mulher no mundo contemporâneo. Precisamos descobrir quais são as novas imagens do homem e da mulher no atual momento histórico. O que é ser homem ou mulher e seus reais papéis no contexto constantemente mutável da nossa sociedade multicultural? É impossível encontrar a si mesmo ou descobrir qual é sua função no mundo enquanto  não definir, pelo menos em grau razoável, os traços reais dessa identidade. Todo esse processo de autodescoberta passa, necessariamente, pela conscientização e pelo aprendizado das nossas dualidade internas.  Carl Jung dizia: " o homem é masculino por fora e feminino por dentro; a mulher é feminina por fora e masculina por dentro". Em outras palavras, a anima, o componente feminino que existe na psique do homem; e a animus, o componente masculino  que existe na psique da mulher. Ele sabia muito bem que esse "tipo" que expressa a anima é um complexo de opostos. 
                     Há um "tipo" definido de mulher que sempre reaparece e Jung tomou a si a tarefa de descrever alguns de seus traços básicos, servindo-se para tanto de suas próprias vivências da anima, daquelas de seus pacientes e dos registros da literatura, da pintura, da mitologia e do folclore   Segundo sua teoria, a anima é o componente feminino instalado  no interior da psique masculina e a ela corresponde  uma imagem que a expressa. Essa imagem de mulher que os homens carregam é supra-individual, ou seja, possui características comuns em homens distintos, mesmo de épocas ou culturas diversas. 
                     A anima é bipolar e portanto pode aparecer como positiva num momento e negativa no outro; ora jovem, ora velha; ora mãe, ora donzela; ora uma fada boa, ora uma bruxa; ora santa, ora prostituta. Além dessa ambivalência, a anima também tem conexões "ocultas" com "mistérios"; com o mundo da escuridão em geral, e por essa razão costuma ter uma aura religiosa. Via de regra ela é mais ou menos imortal, por estar fora do tempo; sempre que emerge com algum grau de clareza, se relaciona de modo peculiar ao tempo. 
                     A sabedoria hindu nos ensina: "A união dos sexos é a única realidade; a existência separada deles é uma ilusão". É a descoberta dos hormônios que justifica esta interpretação do amor sexual. Cada vez mais se impõe à nossa atenção o fato de  existir uma tendência complementar, comum talvez à matéria animada e inanimada, a fundir, reagrupar, retrogradar e reintegrar seu estado original, voltar à unidade; a atração dos sexos poderia ser apenas uma das modalidades, a oportunidade oferecida ao casal para compensar a divisão dos sexos, para remediar a dualidade do amor.  

                             "Coração desgastado, num tempo desgastado,
                                   Liberta-te das redes do bem e do mal: 
                            Sorri outra vez, coração, no cinzento crepúsculo
                         Suspira, coração, de novo com o orvalho da manhã! "
                                                                .
                               (Transcrito de Poemas Escolhidos, Londres, 1950)
Nicéas Romeo Zanchett
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domingo, 12 de maio de 2013

O SENSÍVEL CORPO DA MULHER - Por Nicéas R. Zanchett

O SENSÍVEL CORPO DA MULHER 
Por Nicéas Romeo Zanchett 
                  Um corpo de mulher se ilumina de desejo ao toque das mãos, a um leve contato, a um roçar dos lábios... 
                  As mulheres se preocupam muito com o próprio corpo e sabem que os homens também tem as mesmas preocupações. A cútis aveludada é sempre uma das características sexuais da mulher. Uma pele suave, flexível e juvenil é muito mais sensível ao contato de uma carícia do que uma seca e áspera. Os grandes mestres da pintura conseguem, por meio de um pincel e uma camada de tinta sem asperezas, dar aos seus nus artísticos esse efeito sensual.
                 Vinícius de Moraes, no seu poema "Receita de Mulher", assim disse: "Que ela, acariciada no fundo  de si mesma, transforma-se em fera sem perder sua graça de ave".  
                  A suavidade e beleza, quase transparente da cútis feminina, são devidas a um hormônio sexual chamado estrógeno. Ele faz com que o tecido gorduroso subcutâneo acumule uma quantidade de água maior do que no homem, tornando a  cútis feminina, além de mais bonita, mais sensível a qualquer estímulo. 
                  A pele da mulher é mais delgada nas axilas, nos lábios e nas pálpebras, apresentando nesses pontos espessura inferior a meio milímetro. Por isso, tais lugares reagem com maior intensidade aos contatos dolorosos ou sensuais. 
                  Ao cruzarmos com uma bela mulher, nós homens, olhamos primeiro para os olhos, em seguida olhamos para os lábios e cabelos, e quando ela já passou por nós ficamos olhando seu bumbum. 
                  Em relação ao tamanho do corpo, a cabeça da mulher é menor do que a do homem. Mas o mesmo não se dá com os olhos e por isso eles parecem maiores.  
                  Os lábios são um dos pontos mais sensíveis do corpo da mulher, isto porque em nenhum outro lugar a pele é tão delgada e favorecida pela presença de filamentos nervosos; isto os tornam capazes de transformar cada beijo em um choque elétrico que mobiliza o corpo inteiro. Henriqueta Lisboa disse em seu poema: "Meus lábios ficarão imóveis. Mas haverá em todo o meu ser tanto abandono, tanta adoração nos meus olhos, tanta afinidade da minha atitude com teu ambiente, que sentirás meu coração bater dentro de tuas mãos". 
                   Sem dúvida, a boca tem grande significado erótico. A forma da boca têm íntimas relações com o temperamento, a sensibilidade e a inteligência da mulher. Um lábio superior exuberante é indício de predomínio da inteligência; um lábio inferior protuberante é indício de forte carga erótica; lábios retraídos expressam dureza psíquica, uma certa frieza; os lábios grossos e sensuais podem ser um espelho dos grandes lábios que estão escondidos. 
                   Os olhos de uma mulher é um livro aberto a uma maravilhosa leitura. Ao ver alguma coisa reagem diferentemente dos olhos masculinos. Elas tem maior capacidade de observar detalhes que passam desapercebidos pelos homens. Olhos brilhantes são indício frequente de um alto índice de produção de hormônios pela tireoide, e isto significa que ela é facilmente excitável. Quando os sentimentos de uma mulher repelem um homem, as suas pupilas se estreitam; ao contrário, quando ela se sente atraída as pupilas se dilatam.  
                    As orelhas são formadas por milhões de terminais nervosos e, portanto,extremamente excitáveis. Um simples toque de língua pode trazer à tona a explosão de um "vulcão adormecido". Além disso, é através  delas que os sons chegam ao cérebro; palavras carinhosas são fundamentais. É por essa razão que os poetas sempre se deram bem com elas. O poeta Luiz de Camões assim se expressou: "Farei que o amor a todos ovivente (eterno), / pitando mil segredos delicados,/ brandas iras, suspiros magoados".
                   O nariz tem importância fundamental. A perda do olfato significa também a perda gradativa do instinto sexual. Já se comprovou, com várias experiências, que a perda do olfato, tanto em homens quanto em mulheres, provoca atrofia dos órgãos sexuais. A questão do olfato é essencial; entre os animais é o instrumento mais utilizado para a localização e conquista de parceiros. O cheiro natural tem muita importância na hora do amor; por isso não se deve nunca exagerar no uso de perfumes, porque pode produzir efeito contrário ao desejado. 
                   Os cabelos da mulher tem cheiro peculiar que é excitante. Elas tem em média 120 mil fios e cada um deles termina em um centro nervoso que favorece à excitação. As mulheres adoram carícias nos cabelos e ficam muito felizes e acesas quando os elogiamos. De todos os tipos de cabelos, os mais excitáveis são os ruivos, porque, além de ricos em pigmentos, eles contém uma certa quantidade de ferro que é bom condutor de eletricidade. Mas antes mesmo desta descoberta, os ginecologistas já sabiam que a cor dos cabelos mantém íntima relação com o desenvolvimento sexual. As louras amadurecem mais cedo do que as morenas. É bom lembrar que estou falando de cores naturais de cabelos. 
                   Quanto às mãos temos que considerar o seguinte: o tamanho das mãos também é influenciado pela quantidade de hormônios masculinos ou femininos presentes no sangue; de forma que a mulher com menor dosagem de hormônio masculino terá mãos mais delicadas. A partir dos 16 anos de vida, os hormônios sexuais femininos detém o crescimento dos ossos; é graças a isso que as mãos de uma mulher adulta continua tão graciosa e delicada quanto antes.
                    Os seios são atrativos tanto para homens como para mulheres. É através deles que, logo apos o nascimento, temos nosso primeiro contato sexual. Seja um pintor, escultor ou poeta, qualquer homem ou mulher,  se rende de admiração por um busto firme e bem proporcionado. A excitação do seio não é determinada pelo tamanho da glândula mamária, mas sim da auréola mamilar, onde se situam os corpúsculos de Keisfer, terminais nervosos hipersensíveis, intimamente relacionados com o restante do mecanismo erótico. Até a Bíblia faz referência a eles: no Cântico dos Cânticos - Salomão - diz: "Os seios da amada são como os filhotes gêmeos  da cabra montesa, que se apascentam entre as açucenas". Entretanto, é preciso saber que ouso de silicones e outros artifícios podem excitar os olhares, mas também podem prejudicar a excitabilidade da mulher que o usa. 
                    O ventre é a parte mais elástica do corpo feminino. A natureza o fez assim por motivos óbvios; durante a gravidez, o útero chega a atingir um volume vinte vezes maior do que o normal e os músculos do ventre tem que se adaptar a esta enorme sobrecarga para não deixar marcas após o nascimento da criança.  Já no homem os músculos são extremamente rígidos. O maior poeta português, Luiz de Camões, era apaixonado por todas as partes da mulher e vivia a exaltá-la. Ele disse: "Entre as armas são com o que me rende/ mas não que possa/ despojar-me da glória de rendido". 
                     O púbis, alguns peludos e outros depilados, é um vale de encantamento; seu poder de sedução provocou muitas guerras e derrubou vários impérios. Este triângulo do amor esconde a mais cobiçada gruta feminina. Assim falou Vinícius de Moraes: "Quisera que te visse como eu via/ depois, à luz da lâmpada macia/ o púbis negro sobre o corpo branco"- "Teus pelos leves são relva boa/ fresca, macia".  - Muitas mulheres de hoje estão depilando totalmente seus púbis; elas imaginam que isso as torna mais sensuais, mas estão enganadas; a depilação, além de facilitar a entrada de germes via poros dilatados, elimina uma das mais importantes fontes de excitação. 
                     As nádegas são uma reserva de gordura que a natureza providenciou para todos os seres humanos. Parece que a mulher brasileira foi presenteada pela natureza nesta parte que é a preferida dos brasileiros. Há milhões de anos, quando a espécie humana achava-se em formação, a natureza começou a acumular gordura na região glútea; tinha a finalidade de dotar a nova criatura - especialmente do sexo feminino - de uma reserva alimentícia para o corpo dispor durante os períodos de escassez. Completada a evolução, a primitiva necessidade foi reduzida e as nádegas passaram a desempenhar funções eróticas. As curvas das nádegas tem grande poder de sedução para ambos os sexos. O peotinha Vinícius de Moraes assim se expressou sobre esta delicada parte feminina: "No lombo morno dos gatos/ aprendi muita carícia.../ para fazer-te a delícia só terei gestos exatos". 
                     As pernas da mulher tem algo de curioso; todas elas tem pernas tortas; é verdade e eu explico porque: a mulher tem a bacia mais longa e o fêmur mais curto do que o homem, de forma que as pernas se encontram na altura dos joelhos, num ângulo mais obtuso do que ocorre com o sexo oposto. Para alguns desavisados isto poderia  ser visto com um defeito, mas  é exatamente esta condição que lhe permite o andar bamboleante que tanta graça dá à mulher.  Foi este andar bamboleante "a caminho do mar" que deu ao poeta a inspiração para compor a "Garota de Ipanema". 
                     Há uma estreita relação entre a feminilidade e a sensibilidade da pele que nas mulheres nunca ultrapassa um milímetro de espessura, enquanto nos homens chega a quase dois milímetros. Nelas o número de corpúsculos do tato é também mais elevado. Toda a superfície  cutânea está preparada para o afago e não apenas par recebê-lo, mas também para respondê-lo. Se ela realmente experimentar a satisfação com o carinho de alguém, a sua pele se tornará ligeiramente avermelhada e úmida, pois as glândulas trabalharão com mais intensidade. Pela mesma razão se tornará mais intenso seu perfume natural. A forma pela qual o casal reage a este detalhe, vale por uma autêntica profecia sobre a sua futura vida em comum. 
                    O sistema neurovegetativo da mulher é muito mais sensível do que o do homem; se alguma coisa a desequilibra, seu sistema reage com muito mais rapidez; quando sente prazer os pequenos vasos sanguíneos se dilatam, a cútis é melhor irrigada e seu rosto ruboriza. Se ela se aborrece, ocorre o contrário, os vasos sanguíneos se contraem, a pele é menos irrigada e pode se tornar branca como uma parede caiada. 
                    O cérebro da mulher está construído de tal maneira que nele a parte mais desenvolvida é o lóbulo central, sede da afetividade, da ternura, da compaixão e das disposições para o sacrifício. Estas qualidades, menores no homem, são justamente as que se exige dela como mulher, como mãe e esposa.  E, se ela chora, quando contrariada, é antes de tudo por uma questão de educação. Ela cresceu  sendo informada que tem o direito de chorar, enquanto o homem foi educado para não mostrar os verdadeiros sentimentos. As mulheres, chorando com naturalidade, descarregam as suas tensões psíquicas e por isso vivem mais do que os homens. Portanto, a verdadeira força da mulher está justamente na sensibilidade e nas suas lágrimas. 
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Nicéas Romeo Zanchett
http://artesplasticasliteraturaefilosofia.blogspot.com.br  



segunda-feira, 6 de maio de 2013

AMOR E PRECONCEITO

AMOR E PRECONCEITO 
                   A dupla original, Adão e Eva, que, segundo a Bíblia,  foram os pioneiros a sucumbir ao amor, não podiam imaginar os caminhos que ele tomaria ao longo da história. A  Bíblia diz que foi a serpente quem tentou Eva, mas são os hormônios, os verdadeiros ditadores que determinam como devemos nos comportar e sempre fizeram do amor o caminho para unir as pessoas. 
                   Mudaram os tempos, mudaram os homens e mulheres, mas o amor continua dominando tanto o consciente como o inconsciente de todas as pessoas. 
                   O amor entre pessoas do mesmo sexo sempre existiu; os poderosos senhores gregos amavam os belos rapazes de Atenas e com eles construíam uma história afetiva e amorosa. A poetisa Safo, em seus belos poemas, expressou seu sentimento pelas lindas virgens que iniciava no amor. Portanto, a liberação do corpo e dos usos e costumes, já eram parte do cotidiano dos deuses, semideuses, heróis, covardes, ninfas até do Olimpo. 
                    Sexo grupal, lesbianismo, homossexualismo, adultérios, suingues, trocas de casais, além de outros atos amorosos derivados, inconscientemente ou não, sempre fizeram parte da vida humana. 
                   Os gregos, que adoravam uma tragédia, faziam do amor um palco para representar a maioria das duplas amorosas olímpicas.  Vênus, a deusa do amor, perdeu prematuramente seu querido Adônis, morto por um javali; por amor Orfeu decidiu descer aos infernos em busca da amada Eurídice; Édipo vivia apaixonado pela própria mãe, Jocasta, e da transa restou o complexo que leva seu nome que continua atormentando muita gente e levando-os aos psicanalistas; Helena (de Troia) se apaixonou por Páris fazendo com que seu marido traído, Menelau promovesse a Guerra de Troia para resgatar a bela esposa e interromper suas férias conjugais. Já Ulisses, que participou ativamente  da tal guerra encontrou seu amor fiel na linda Penélope que, para livrar-se das investidas de inúmeros pretendentes durante a ausência de seu amado marido, tecia uma interminável tela e prometia a todos que escolheria um deles quando terminasse o trabalho. Ulisses, que todos já davam como morto na batalha, terminou voltando para os braços de sua fiel Penélope. 
                   A história universal está cheia de amores e traições, mas o caso mais conhecido é o de Marco Antonio que saiu de Roma com a firme decisão de destruir Cleópatra e acabou sucumbindo ao amor pela bela rainha. Ao vê-la Marco Antônio foi tomado de súbita paixão, oque chamamos de amor à primeira vista, rendendo-se aos seus encantos; os mesmos encantos que haviam levado o poderoso Júlio César ao leito. Algumas mulheres tem de nascença o perigoso dom de levar homens à loucuras.  O apaixonado Marco Antônio, em vez de lutar contra Cleópatra aliou-se a ela, usufruindo de todos os prazeres carnais a que tinha direito e perdendo a vida lutando contra os romanos. Sansão que, perdido de amor por Dalila, acabou despojado de suas melenas e de sua proverbial superpotência. Outro caso muito conhecido é o de Henrique VII, da Inglaterra. Fez par romântico com muitas mulheres e tinha como principal divertimento erótico mandar decapitar suas parceias. Também o Lord Nelson, muito popular na Inglaterra por ter vencido Napoleão Bonaparte, sucumbiu aos encantos da liberada ruiva Lady Hamilton, cujo marido, Sir William Hamilton, não se incomodava com as diversões extraconjugais de sua bela esposa.                
                   Amor,dinheiro, poder, traição e paixão sempre estiveram presentes na vida das pessoas.  
                   No século XIX, o frágil e romântico Frederic Chopin apaixonou-se perdidamente pela escritora feminista Amandine Aurore Dupin, que usava o codinome George Sand. Além de admirável escritora, essa mulher quebrou várias barreiras na liberação das mulheres; não apenas adotou um nome, mas também diversas atitudes masculinas, como fumar charutos, usar calças compridas como as dos homens e dar opiniões que escandalizavam os moralistas. Ela e o famoso compositor, que era romântico e mais feminino, viveram juntos por nove anos e, apesar das violentas brigas, tiveram uma filha. 
                   Foi o amor homossexual de Oscar Wild e Lord Alfred Douglas que, na Inglaterra puritana de então, o levou para a cadeia; lá, naquela época o homossexualismo era crime. Na verdade, Oscar Wild era um grande exibicionista; adorava chamar a atenção, mas apaixonou-se mesmo pelo Lord e passou a se exibir com ele em todos os lugares; é evidente que seu objetivo era chocar a puritana e preconceituosa sociedade inglesa da época. Oscar sonhava ficar para a posteridade e o escândalo, nesse sentido, o ajudou. Foi o grande escândalo sexual do final do século. Um outro caso de amor homossexual que veio a público foi o do Rei da Baviera, Ludwig II, com o famoso compositor Wagner. O grande gênio da música teve muitos outros amores e nunca deixou a esposa e, mas seu grande e rumoroso amor foi mesmo o jovem monarca, a quem protegia e ajudava financeiramente. Outro poeta e escritor famoso que seduziu um fiel marido foi Rimbaud. Ao chegar a Paris, fez par romântico com o já consagrado Verlaine que era muito mais velho, casado e com filhos. Este largou a estabilidade do lar para viver uma alucinante ligação com Rimbaud, acabando por dar-lhe um tiro; não conseguiu matá-lo, mas o episódio serviu para desmanchar definitivamente  a união amorosa.  O mais bem sucedido amor entre duas mulheres foi da escritora Gertrud Stein e sua companheira Alice B. Toklas. Como um casal tradicional, viveram juntas a vida inteira. A relação entre elas é um exemplo de amor e fidelidade absolutas. Nos Estados Unidos, onde nasceu Gertrude, sua realação era vista com preconceito e então mudou-se para Paris, onde assumiu sua gordura e seu lesbianismo; costumava dar festas memoráveis, cujos frequentadores eram a fina flor da intelectualidade da época, como Ernest Hemingway e F.Scott Fitzgerard. Em Parias, as duas viveram como gostavam e foram felizes até a morte.
                   No século XX, muitos casos escandalosos abalaram o mundo. O mais romântico é talvez o do casal Duque e Duquesa de Windsor, Rei Eduardo VII da Inglaterra. O cupido flechou o rei quando este avistou a  norte-americana divorciada Wallis Simpson, mulher comum e pouco atraente. Contra tudo e contra todos, Eduardo abdicou do trono para unir-se à sua bem-amada. O amor é cego e parece que o Rei levou mesmo a sério as palavras do seu antepassado Ricardo III, que disse durante a guerra que trocaria seu reino por um cavalo. O importante é tudo deu certo e o amor, como num conto de fadas, foi invencível e viveram felizes para sempre. 
                   O amor mostra seu poder na política e na vida. Na Argentina tivemos a Inesquecível Evita. Uma atriz obscura que despertou grande paixão em Peron, político que chegou ao poder pela democracia e implantou uma ditadura na Argentina. Ela se tornou um mito e inclusive motivou a realização de um musical na Broadway.
                   O dinheiro sempre despertou a admiração e amor nas mulheres. O armador grego e multimilionário Onassis, após um contrato pré nupcial, uniu-se pelos laços do matrimônio com a ex primeira dama norte-americana Jacqueline Kennedy. No entanto, o verdadeiro amor de Onassis foi a cantora e diva mundial Maria Callas, com quem, mesmo já casado com Jacqueline , manteve aceso um rumoroso relacionamento.
                    A vida continua e o amor sempre estará acima de qualquer julgamento. É o sentimento mais forte que podemos ter e, por isso, merece todo o respeito. 
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Nicéas Romeo Zanchett 


sábado, 4 de maio de 2013

AMOR E BISSEXUALIDADE

AMOR E BISSEXUALIDADE 

                A finalidade do amor não é a procriação. Uma mulher pode ter muita tesão pelo marido e com ele chegar a múltiplos orgasmos, mas ao mesmo tempo ter um profundo sentimento de amor por uma amiga. O amor é algo muito especial e profundo, devendo sempre ser respeitado e compreendido. 
                O fenômeno erótico é antecessor da sexualidade. Ele é fruto da origem da vida que teve sua primeira forma unicelular. A sexualização é apenas uma das formas de dualização da vida. A união sexual é uma das maneiras de compensar a dualidade e de reconstituir a unidade. Esta análise nos leva a perceber que o amor não se confunde com a sexualidade e nem com o instinto de procriação. A atração dos sexos opostos é apenas uma das modalidade de algo bem mais amplo, uma forma de se liberar de toda a diferenciação, particularização e fragmentação, para reconstruir uma indistinção perdida ao longo de bilhões de anos.
                 Freud em sua última definição do ato sexual disse: "Uma agressão que busca a união mais íntima". Ele já considerava a bissexualidade como algo natural do homem quando disse: "Habituo-me a considerar todo o ato sexual como um acontecimento envolvendo quatro pessoas".  Também Jung identifica no psiquismo humano uma tendência a reconstruir um estado de coexistência do masculino e do feminino. Ambos apontavam o tema da bissexualidade como algo de caráter científico. De forma que temos  de pensar na bissexualidade pela perspectiva evolucionista. O homem se sente incompleto e busca no oposto sua forma original. Este é, portanto, um instinto físico e não amoroso. A sexualidade é separação e união, antagonismo e atração. Aí está todo o mistério da atração dos opostos. 
                Para compreendermos  melhor a bissexualidade devemos, necessariamente, voltar às primeira fase da vida embrionária. O embrião conhece a princípio um estado de indiferenciação sexual com um único órgão que lembra o ovotéstis. Ao assumir o sexo masculino ou feminino,este órgão desenvolve a parte central chamada medular ou sua zona periférica chamada cortical. A direção dada a esta diferenciação é feita sob controle dos hormônios. Durante todo o seu crescimento, o embrião desenvolve uns e não os outros, resultando nas formas sexuais masculina  ou femininas. Entretanto, mesmo ao final de sua formação e definição sexual, ficam as atrofias dos órgãos do sexo sacrificado. Esta admirável metamorfose do aparelho genital pouco-a-pouco se sexualiza desenvolvendo no homem uma espécie de botão (pênis) e na mulher um orifício (vagina). Assim podemos dizer que a mulher é o prolongamento do homem e vice-versa. 
                 A teoria dos hormônios dá uma base científica à hipótese de uma bissexualidade permanente, embora flutuante, da espécie humana. As secreções que asseguram a sexualização do embrião são as mesmas que determinam a do adulto. Todo o indivíduo segrega ao mesmo tempo hormônios masculinos e femininos. O que se pode dizer é que os machos produzem mais andrógenos do que estrógenos, mas esta proporção está  sujeita a variações. Além disso, a estrutura química dos hormônios é susceptível a mudanças. Mesmo no indivíduo adulto, os hormônios apresentam uma certa flutuação entre os sexos. É esta função reguladora dos hormônios que gera uma potencialidade sexual dupla e comprova, de maneira evidente, a bissexualidade do homem. Sabemos que os hormônios não apenas controlam o desenvolvimento e o comportamento fisiológico dos sexos, como também o comportamento psicológico. O psiquismo humano depende intimamente do equilíbrio hormonal. Uma simples injeção de hormônios femininos desenvolve glândulas mamárias e amor materno no homem. 
                Quando falamos da união entre homem e mulher nos vem logo a ideia de procriação, mas na maioria dos casos ela é evitada utilizando-se dos mais diversos meios contraceptivos hoje existentes. São incontáveis os casais que se unem sem o objetivo de fecundação. Seria um grave erro considerar estas uniões como desprovidas de sentido. Existem casos  - excepcionais - em que elas significam uma verdadeira fecundação espiritual que, neste caso, substitui plenamente a outra. Para compreender  e interpretar essas uniões devemos recorrer ao esquema biológico, a partir do esquema celular. Os hormônios são uma prova de que a união se realiza em níveis diferentes. Esta escala comporta virtualidades infinitas que vão desde a simples fecundação ovular à fecundação do coração, da imaginação e das fantasias da mente. Do cego apetite sexual à consciência da união edificante pelo amor. 
                 A descoberta dos hormônios justifica a interpretação do amor sexual. Estas secreções sustentam a hipótese de uma continuidade entre o físico e o moral, mas também entre o corpo e a alma, a matéria e o espírito. 
                A representação do sexo como um simples conflito entre campos de força masculina e feminina é a mesma da bipolaridade que, de certa forma, consiste na dualização de nossa natureza. 
                O amor é um fenômeno da indução e do magnetismo. Tanto o sexo como o amor não perdem seu mistério pelo fato de o analisarmos sob os olhos da química e da biologia; ao contrário, nos leva a meditar sobre a verdadeira noção deste mistério. O tabu das religiões tradicionais está, aos poucos, sendo substituído pela ideia do mistério que pode ser aproximado. A evolução procede às custas de um certo romantismo e a ciência procura seguir o caminho mais exemplar pata explicar o sexo e o amor, tendo consciência de que muito ainda é inexplicável.
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Nicéas Romeo Zanchett 



quarta-feira, 1 de maio de 2013

A SEDUÇÃO DAS LINGERIES

A SEDUÇÃO DAS LINGERIES
       Não há homem que resista ao charme de uma mulher vestida de lingerie. Trata-se de um velho fascínio da intimidade feminina que, mesmo nesta época de descontração da sociedade, faz com que qualquer homem sinta o coração bater mais forte diante de um belo exemplar feminino em trajes íntimos.  As mulheres libertas dos rígidos espartilhos que lhes comprimiam o estômago e o diafragma, estão a cada dia mais sensuais e erotizadas. 
         Tudo começou com a criatividade da senhora Herminie Cadolle, feminista, dona de uma butique na Rua Chausè d'Antin que nos fundos de sua loja na capital francesa, produziu o protótipo do primeiro sutiã. A brilhante ideia de Herminie foi cortar a parte de cima dos incômodos corpetes de um espartilho. Sua primeira versão ainda lembrava muito os corpetes tradicionais, mas já era livre dos cordões amarrados nas costa. Esse acessório do charme feminino viveu altos e baixos desde quando entrou para a história  em 1889. No início, seu caminho foi difícil e muito contestado, principalmente por questões religiosas, chegando a ser queimado em praça pública. Sua volta triunfal se deu na década de 60 quando se integrou definitivamente ao colo feminino.
         A maioria das pessoas desconhecem que os velhos espartilhos eram mais uma forma de tortura das mulheres para satisfazer as fantasias masculinas. Até l.880, as mães costumavam deitar suas filhas de bruços no chão e com um pé sobre suas costas  apertavam ao máximo os cordões de seus espartilhos. Era um sofrimento tão grande que provocava problemas respiratórios, digestivos e circulatórios. Muitas vezes até causavam aborto em mulheres em início de gravidez. Tudo era permitido em nome dos padrões de beleza da época que exigiam as chamadas cinturinhas de vespa. Durante muitos séculos, os espartilhos foram considerados vestimenta obrigatória  no guarda-roupa e no corpo da mulher. 
          Quando se fala em moda feminina pensa-se logo que sua origem foi na França. Mas o uso de  espartilhos  vem dos primórdios da civilização. Na Ilha de Creta foram encontrados afrescos de mocinhas com seios levantados e cinturas superfinas. Já na antiguidade (1.500 a.C), tanto na Grécia quanto no Império Romano, peitos generosos  já eram sustentados  por sufocantes espartilhos. Na Idade Média (séculos XI e XIV) os seios eram cobertos por bandagens, às quais eram superpostas um doublet (espécie  de espartilho) e um colete justo, tudo de forma a dissimular sua exuberância. Só no século XV as coisas começaram a mudar; o espartilho, ainda que obrigatório, não mais achatava os seios, mas, ao contrário, valorizava o busto. Até essa época os espartilhos eram feitos de madeira ou de barbatanas de baleia que teve o fim do seu uso na Renascença. Além do espartilho usava-se a "basquine", um corpete mais curto e confeccionado em tecido rústico, duro e engomado, para disfarçar o seio. O objetivo era achatar a parte superior do corpo da mulher.  Nessa época passou-se a confeccionar os espartilhos com barbatanas de metal, os "corps de fer". Por volta do século XVII, e até a I Guerra Mundial, o espartilho passou a ser acompanhado de ombreiras ou ser trocado pleo "gorge trompeuse", uma espécie de frente única feita de panos amarrados no pescoço. Em 1912, portanto, 22 anos depois do primeiro passo, a revolucionária Herminie desenvolveu um modelo semelhante ao que conhecemos hoje, feito com algodão e seda.
           Em 1.902 o francês Gauche-Sarraute lançou o espartilho sem barriga; o sucesso foi imediato e passou a ser conhecido como porta-seios, mas houve resistência por parte dos fabricantes que eram homens que dominavam a industria de lingerie; eles insistiam em não acabar com os espartilhos tradicionais que, segundo diziam, além do lucro lhes garantia a virtude de suas esposas. 
            Em 1.914, Mary Caresse Crosby, dona da Editora Black Sun, tida por muitos como a inventora do sutiã, patenteou a famosa peça como sua exclusiva invenção. Sua aparente esperteza não foi muito longe, pois acabou cedendo seus direitos por míseros 50 dólares. 
            A palavra sutiã já é usada desde 1.907, mas somente em 1.915 apareceu pela primeira vez no dicionario - Oxford English Dictionary. 
            Até a década de 20, os seios sempre apareciam comprimidos e unidos de forma artificial; foi então que o famoso estilista Paul Poiret, precursor da silhueta da década de 20, teve a feliz ideia de separá-los; o sucesso foi imediato e se mantém até hoje. 
           Na Primeira Guerra Mundial, por falta de mão de obra, as mulheres foram convocadas para trabalhar na produção de armamento. Foi nessa época que elas começaram a lutar por seus direitos e o sutiã apareceu como o símbolo de suas lutas; elas exigiam que essa peça de sua vestimenta servisse não apenas para sustentar seus seios, mas também para modelá-los. Em razão disso, nos anos 30, eles começaram a ser produzidos em tamanhos diferentes que variavam do A - tamanho pequeno - ao D - extra grande -. 
           Durante a Segunda Guerra Mundial houve escassez de seda e os sutiãs passaram a ser confeccionados de forma elástica para servir a vários tamanhos de seios. Surgia então as novas peças feitas com materiais de fibra sintética.  O tradicional "corselet-ceinture" (um modelador que prendia até embaixo) foi trocado pelo "corselet-gorge" (um corpete mais curto que já permitia uma certa liberdade à mulher). Por sua vez, o "corselet-gorge" foi substituído pelo "soutien-gorge" (o sutiã de busto). 
           Analisando a história do sutiã, podemos constatar que o que para muitos é visto como moda, na verdade, não passa de contingências de uma época e da evolução dos costumes. O sutiã veio para ficar, tanto que o último dos espartilhos com barbatanas  de metal foi fabricado em 1925.  
           A vitória do sutiã é sobretudo uma vitória do movimento de libertação da mulher. 
           Hoje, com tantos novos materiais à disposição dos designers, cada vez mais criativos, comprar um novo sutiã é tarefa corriqueira, mas é importante conhecer a verdadeira história e obstáculos que as mulheres tiveram de vencer para ter o simples direito de usar a vestimenta que se tornou um dos maiores símbolos da sua sensualidade. 
            Os seios são formados por gordura, glândulas e pele; e são sustentados pelos músculos que saem da altura dos ombros e chegam até a metade do peito e também por uma rede de pequenos músculos que vem das costas. Para manter o busto firme e o colo bonito, é importante mantê-los sempre confortavelmente bem colocados.
            Um busto bonito e sensual depende dos cuidados que você tem tanto com a proteção deles, quanto com a pele que os envolve. 
             Seios, pequenos ou grandes, não dispensam o uso de sutiã. A mulher se libertou dos torturantes espartilhos, mas não há como se livrar da lei da gravidade. Uma das principais funções do sutiã é sustentar para manter a elasticidade da pele e evitar a flacidez. 
           Para que você, mulher, não caia nas armadilhas dos modismos atuais, antes de escolher o seu, pense nos conselhos abaixo, dados por especialistas. 
            1/ Nunca se deixar envolver apenas pela beleza e sedução da peça, esquecendo sua função principal que é de porta-seios; como o próprio nome define, é carregar e proteger o busto. 
            2/ Se você tem seios grandes precisa de um sutiã que ajude a reduzir o volume de forma natural e a não sobrecarregar a musculatura das costa. Deve ser confortável e com alças de sustentação firmes para não machucar os ombros; prefira os de corte anatômicos, com cinturão de reforço na parte inferior e laterais. 
             3/ Se você tem seios médios, os sutiãs com bojos pré-moldados se adaptam a esse tipo de seio com perfeição. Para seu maior conforto, escolha modelos que tenham tiras de reforço nas laterais e na parte inferior. 
              4/ Se você tem seios pequenos, os modelos tipo "lenço", com bojos de formatos triangulares, são ideais; as laterais estreitas dão maior liberdade de movimento. 
              5/ Se você é adolescente e seus seios ainda estão em desenvolvimento, é importante usar sutiã desde o primeiro momento, quando começam a se desenvolver; isso irá garantir um crescimento saudável. 
             6/ Não dispense o uso de sutiã até mesmo na hora de dormir; ele deve ter alças firmes, ser do tamanho exato do seu busto e com tiras de reforço nas laterais e parte inferior. 
             7/ O apoio das costas é importante ; o sutiã deve ficar ajustado ao corpo, sem subir a toda hora. Os fechos devem ser bem protegidos, de modo a não irritar a pele. 
              8/ As alças devem estar na medida certa, sem repuxar ou marcar os ombros. Curtas demais, erguem o busto, mas massacram a pele suspendendo o reforço das costas. Se os seus seios são grandes, prefira modelos de alças largas, que tenham mais elasticidade nas costas do que na frente, o que facilita os movimentos. As alças inteiriças com regulagem nas costas (ou sem regulagem, mas com boa elasticidade) são as melhores. 
              9/ O bojo do sutiã deve ser bem arejado e de tecido elástico, sem apertar: o tamanho correto é quando se pode passar um dedo, com relativa facilidade, entre a borda e o corpo.
             10/ Verifique se o modelo forma pregas no bojo. Quando isso acontece, o sutiã está grande ou pequeno demais. Se o bojo é pequeno, o tecido dos seios acaba empurrado  contra o tórax ou então para as laterais, e o resultado são rugas e até estrias. 
             11/ Excesso de gordurinhas debaixo do braço ou no alto da borda do sutiã significa que o modelo está muito justo, muito pequeno ou, então, que não se adapta ao seu tipo de busto. 
             12/ Seios razoavelmente firmes e pequenos permitem o uso de sutiãs em jérsei de lycra fina ou de algodão, que modelam sem achatar. Manequins acima de 44 devem preferir os modelos em tule de lycra: embora mais resistentes, oferecem igualmente um aspecto de seio livre. 
             13/ Os sutiãs meia taça, com suporte de arame, são ideais para ressaltar bustos pequenos ou valorizar os médios (até 44). Eles não prejudicam os seios, desde que se ajustem ao manequim e tenham um bom revestimento feito por tecido macio. Mas, atenção: são absolutamente contra-indicados às mulheres que fizeram "mastectomia"(retirada de um seio) ou cirurgia plástica, uma vez que a armação pode pressionar a zona da cicatriz. 
            14/ Se você pratica esportes ou faz ginástica, adquira sutiãs especiais para essas horas: feitos em tecido absorvente, eles defendem a pele das irritações provocadas pelo suor, protegem a área sensitiva dos mamilos, além de minimizarem os efeitos do balanço contínuo, causado pelos exercícios ou corrida.
            15/ Modelos na cor da pele têm suas vantagens; sutiã colorido ou estampado só fica bem com roupas grossas e o preto só com roupas escuras, uma vez que, sob transparências, fica vulgar o uso de cores (a menos que seja no tom exato da roupa). 
            16/ Quando a roupa exige um sutiã sem alças, esteja alerta; manequins 38 e 40 permitem sutiãs sem alça e sem armação, mas, para seios maiores, um reforço extra - arame revestido por algumas camadas de tecido macio, para não marcar - é fundamental.
            Quando a mulher se veste e se vê na intimidade, o importante é sentir-se bonita e confortável. O sutiã tem uma relação muito especial com o corpo da mulher; é como se fosse parte dele e o importante é a sua própria satisfação e bem estar. 
             A mulher moderna prefere peças praticas, mas sem abrir mão do conforto. O importante é a liberdade de movimento, seja em sutiã tipo camiseta ou em um modelo com algum detalhe em renda.  A mulher clássica prefere tradição, caimento perfeito, peças que modelem com firmeza, tons neutros, como bege e branco. A mulher romântica prefere transparências delicadas, profundos decotes, aplicações de rendas, bordado, laços, estampas delicadas, cores suaves e tecidos macios. 
             Mais que um acessório sedutor, o sutiã tem como sua principal função sustentar e ajudar a firmar os seios. As mulheres que, em nome de uma pseudo-liberdade de busto solto, o aboliram, pagaram um alto preço com seios flácidos e caídos. Seios soltos são frágeis e expostos a qualquer alto impacto, como acontece durante exercícios ou corridas. Os seios são compostos apenas de pele glândulas e gordura. Ou seja, representam uma área delicada do corpo feminino; uma glândula que começa a se desenvolver na puberdade, aumenta muito durante uma gravidez e diminui após a menopausa, uma vez que são dependentes dos hormônios produzidos pelos ovários. Além disso, seu tecido conjuntivo e adiposo, ricamente vascularizado, é sujeito à distensão. Portanto, todo o cuidado é pouco e usar o sutiã certo é o melhor a fazer para preservá-los. 
              Além de redesenhar o perfil da mulher, hoje o sutiã é planejado para sustentar o peso dos seios e controlar os efeitos do balanço, tudo isso sem perder  de vista o conforto e a liberdade feminina. Além disso, tornou-se um indispensável acessório de beleza. 
             Cresce dia-a-dia a adesão da mulher moderna à cultura física. Em vista disso muito se tem discutido sobre as vantagens e desvantagens  do sutiã durante os exercícios. Diante do assunto, professores de educação física, fisiatras e cirurgiões plásticos são unânimes numa conclusão: o ciclismo, a ginástica, a corrida, os esportes em geral, ao mesmo tempo em que enrijecem as coxas e afinam a cintura, podem arruinar os seios. Portanto, cuidado com os modismo inconsequentes e siga os conselhos dos especialistas no assunto.  
              A beleza dos seios é a característica mais desejada  tanto pelos homens como pelas mulheres. Esta zona erógena da mulher, que carrega a imagem da própria maternidade, simboliza também a fertilidade e purificação e talvez por isso desperta tanto desejo. 
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Nicéas Romeo Zanchett 
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