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quinta-feira, 4 de julho de 2013

MULHER OBJETO X HOMEM OBJETO


MULHER OBJETO x HOMEM OBJETO 
                      Durante muitos séculos a mulher foi educada para o amor e para cumprir sua função biológica e perpetuar uma tendência social de cada época. O maior sonho dos pais sempre foi que a filha arranjasse um bom homem para casar. É claro que isto ainda persiste em nossos dias, mas é de maneira diferente, onde a mulher tem novas funções de domínio sobre o homem. 
                      Com a educação voltada para o amor, cada mulher, ao longo do tempo, aprendeu a manejar seu homem de acordo com seus interesses. O amor se transformou num sistema de controle, condicionando o parceiro numa espécie de objeto teleguiado para trazer do mundo tudo o que ela precisava. Toda a mulher, quando quer, é uma especialista convencer seu homem a fazer sua vontade. É por isso que se diz que o homem é quem dá a ultima palavra: que é sempre sim!
                      Todo o homem quer se mostrar dominador, mostrando sua superioridade, criando imposições intencionais de acordo: ""Não gosto que você ande sozinha; quero que seja mais carinhosa comigo; não estou aqui apenas para pagar suas contas; não admito que você use saia curta e decote provocativo, além de muitos outros artifícios. Diante dessas atitudes, muitas mulheres até se sentem valorizadas, imaginando ser apenas ciúme do companheiro, mas também pode trazer consequências dolorosas, que muitas vezes acabam com o amor.  A mulher é inteligente e sabe usar as mais diferentes táticas, até a submissão. O controle, então, passa a substituir o amor, o sentimento ou qualquer outra coisa agradável. 
                      Uma perfeita dona de casa e uma amante maravilhosa é o sonho da maioria dos homens quando resolvem casar. Cada homem tem sua própria razão para casar ou simplesmente ir viver com uma mulher, mas geralmente a decisão é  motivada pelo amor. 
                      O homem sempre foi considerado o sexo forte; lidava com coisas ligadas à produção industrial, escritórios, terras, etc. Já, para a mulher ficava a responsabilidade com os filhos, a casa , e muitas vezes a vida social do casal. 
O homem ou o casamento podiam, e ainda pode, proporcionar proteção "status" e dinheiro. Nessas circunstâncias a relação amorosa tende a se transformar num truque bio-social de subsistência. 
                       É preciso ter consciência de que o amor é mutável pela própria natureza ancestral. O namoro é a fase colorida do encantamento, de se deixar impressionar pelo outro, compartilhando qualidades e defeitos, numa verdadeira troca interpessoal. Depois, a própria estrutura social leva as pessoas a afirmarem coisas, confirmar e estabelecer tudo, como se fosse um contrato.  O melhor do amor é aprender como sustentá-lo quando ele se manifesta. No momento em que se começa a criar normas para eternizá-lo ele se evapora e se transforma numa prisão sem grades. Mesmo em nome do amor, ninguém tem o direito de renunciar a si próprio, pois, agindo assim, estará se fazendo objeto do outro. 
                        O ideal é quando, homens e mulheres, aprendem uma nova espécie de amor: o amor do momento. Isso é possível quando simplesmente se vive a hora de estarem juntos, o amor do momento, sem regulamentação exagerada, sem exigências constantes e sem aquela procura desesperada de estabilidade. Manter a individualidade significa preencher as próprias necessidades, às vezes sem a presença do outro. A mulher moderna não deve concentrar todo seu potencial humano no amor, vendo-o como a principal coisa de sua vida. Quando isso acontece, ela acaba descuidando do seu próprio desenvolvimento, passando a agir com muita irresponsabilidade. É muito fácil simplesmente dizer: eu sou assim porque meu marido quer; não respondo por mim, mas por ele que determina o que é melhor; eu não decido nada sem antes falar com meu marido. Atitudes como essas podem ser definidas como renúncia ao próprio "eu";  falta de vontade própria; significa jogar tudo nas costas do outro, até mesmo a própria capacidade de expandir-se socialmente. 
                         Ainda hoje, toda a educação de uma mulher se faz no sentido de que ela seja uma boa mãe, boa esposa, um complemento da vida do homem, um instrumentos para facilitar seus objetivos. Mas não se pode dizer que por isso ela foi transformada em mulher objeto. Isto só acontece quando ela mesma quer e se faz objeto.  A mulher que passa seus dias só pensando no amor acaba cristalizando esse sentimento também no casamento. Nessas condições, ela se deixa  influenciar facilmente, esquecendo de si mesma para ser o que o outro deseja.
                        O verdadeiro amor deve servir para que cada um cresça, permitindo um desenvolvimento a dois. Do contrário ele não existe de verdade. Ninguém pode ficar parado aceitando sempre as imposições do outro, ou do próprio amor. Desenvolvimento implica em permanentes mudanças.  Já dizia Aristóteles: "O tempo é o número do desenvolvimento". Isso quer dizer que se o tempo passou e não houve mudança, não houve tempo. 
                         Tanto no amor como na vida, quando há mudanças existe a sensação de estar vivo e é esta sensação que permite sentir o outro ou a própria relação.  Se alguém quer amar de verdade, deve estar preparado para enfrentar mudanças e surpresas para que o amor se renove sempre. 
                        Não é verdade que só as horas amorosas são as mais felizes. Existem momentos em que, mesmo a pessoa mais apaixonada, deseja respirar sozinha e isto serve tanto para o homem como para a mulher. O amor é feito de episódios facultativos e, por isso mesmo, surpreendentes. Mesmo num estado genérico de namoro, exitem horas frias e indiferentes, onde o maior prazer pode ser o de estar sozinho. 
                        O maior amor do mundo está sujeito ao momento. Somos pessoas humanas e, portanto, passíveis de mudanças comportamentais. Quando acordamos de mau humor, o melhor é conter as expressões verbais para que não venhamos magoar a pessoa amada. O tempo é o melhor remédio, até para o amor. O mais importante é aprender o equilíbrio que pode existir entre dois seres que vivem juntos. Cada um percebe as limitações do outro e no exato momento do amor, voltam a ser inteiros, são dois em um. 
Nicéas Romeo Zanchett 


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