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domingo, 23 de setembro de 2012

A HORA DA SEPARAÇÃO

                         A HORA DA SEPARAÇÃO
O casamento acaba quando o casal não encontra mais possibilidades de integração, união e prazer que a vida a dois pode proporcionar. 
Duas pessoas que se unem maritalmente estão cheias de planos e até ilusões. Mesmo apaixonadas vivem conflitos de vários sentimentos, entre eles o amor. Quando as espectativas  não se realizam, tudo vira uma grande confusão entre o que consideram atenção, cuidado ou controle. Se a época do namoro não foi de muita paz e compreenção, os dois imaginam que apos o casamento poderão mudar o parceiro e adaptá-lo às suas vontades. Êsse é o erro inicial de uma relação. 
Um casamento tem três componentes básicos: Os funcionais, os psicológicos e os emocionais. Quando um casal está junto a muito tempo, mas não há paixão, os únicos laços que se mantém são os funcionais que são facilmente desfeitos na hora da separação. São laços que mantém os dois juntos apenas para dividir tarefas. No casamento baseado em laços psicológicos, apenas um dos parceiros acredita que está ao lado da pessoa certa, enquanto o outro se sente insatisfeito. Na hora da separação um irá sofrer muito e o outro irá sentir-se aliviado. Já os casamentos com laços emocionais são muito mais difícieis de serem desfeitos e o sofrimento é profundo para ambos.
A maioria das separações não acontece  repentinamente. Aos poucos o casal vai se afastando e chega o dia em que um dos dois se pergunta: Por que continuo aturando êle(a)? Estou sendo injusto(a) comigo mesmo(a). Este é o primeiro passo silencioso de um processo que fatalmente levará ao dia em que decidirá por fim à relação. 
Os casamentos que acabam em separação tem muitas coisas em comum, mas a principal é a falta de diálogo e atenção, geralmente da parte do homem. Este, com seus inúmeros compromissos profissionais vai se envolvendo demais com o trabalho e aí o estresse provoca a diminuição do desejo sexual. Apesar das constantes queixas da companheira, passa mais tempo no trabalho e com amigos do que com a família.  Está aberta a possibilidade da companheira ter um caso amoroso, que na maioria das vezes dura poucos encontros, mas é o suficiente para aumentar o desgaste.  Com o eventual amante a mulher encontra tudo o que o marido está lhe negando e aí começa um novo dilema:  como é possivel ter uma vida dupla?  Para o homem é mais fácil, mas para a mulher é um drama, porque ela não busca apenas sexo, mas carinho, amor e atenção. A maioria dos casais rompe a confiança mútua quando vem à tona o episódio da infidelidade. 
Como já afirmei, é a falta de diálogo e atenção que dá o início ao desinteresse que fatalmente levará à separação. A maioria das mulheres acha que seus parceiros não dão a merecida importãncia aos seus sentimentos e reagem de maneira nada compreensiva às suas queixas ou reclamações. Ela se atormenta com a reação do companheiro que simplesmente não quer ouvir o que ela tem a dizer, preferindo ignorar qualquer reclamação. Por sua vez o homem justifica sua falta de atenção dizendo que ela não tem razão de reclamar porque ele lhe dá tudo o que precisa. A falta de diálogo se torna uma permanente frustração que prejudica a auto-estima da companheira. 
Os homens que vivem relacionamentos falidos costuam dizer que suas companheiras estão sempre à beira de um ataque de nervos; que vivem repetindo as mesmas coisas; que exageram tudo de acordo com seus interesses. Ele, ao contrário, nunca tem problemas; não fala de suas dúvidas e raramente levanta uma questão polêmica. 
Viver com um homem tão resitente ao diálogo é muito difícil para uma mulher que gosta de falar dos seus sentimentos. O aparente exagero pode ser uma forma de buscar a solução de problmeas que melhorarão o relacionamento do casal.
Quando o marido não houve, a mulher começa a falar baixo, vai se irritando pouco a pouco e acaba gritando.

Essa forma de reação possibilita ao homem ganhar a discussão dizendo-se atacado.
Os homens desenvolveram naturalmente várias maneiras para evitar discutir a relação que está desgastada.  a) O silêncio - Ele fica totalmente silencioso e não diz nada. Diante dessa situação, para ser ouvida, a mulher começa a berrar ou também se trança em seus próprios pensamentos e assim o problema jamais será resolvido. b) O ataque - O homem ataca a mulher quando esta tenta lhe dizer que está magoada. Para silenciá-la êle a qualifica de idiota por falar em máguas. É uma agressão irracional e ao mesmo tempo uma auto-defesa de quem se sente culpado. É a velha técnica de atacar para se defender. c) Mudando de assunto - Mesmo que a companheira esteja se descabelando para ser ouvida, ele muda de assunto. Se ela insiste ele simplesmente nega que o problema existe e ignora o que a mulher está falando. d) Acusando de implicância - Quando ele insiste em discutir os problemas conjugais ele vai logo dizendo que trata-se de implicância. Com essa atitude, ele demonstra  não valorizar o relacionamento o bastante para preocupar-se com o que está martelando na cabeça da companheira. Obviamente, essa afirmação tem o poder de irritar, principalmente porque é mais uma demonstração de que ele não está interessado em ouvir o que ela tem a dizer.  e) Acusá-la de estar equivocada - Muitos homens preferem fugir da discussão dizendo que seu desabafo é apenas fruto de sentimentos equivocados, afirmando que logo tudo passará.  Ao afirmar que são opiniões "bobocas", o homem demonstra uma reação emocionalmente violenta. A discussão vai se avolumando e chega ao ponto do homem chamá-la de débil mental, maluca, etc.  Ela então fica mais irritada e acaba gritando e aí o homem diz que não está entendendo porque tanta gritaria.
Essa permanente recusa ao diálogo tem como conseqüência uma inversão de valores que sai do amor para o ódio.
Todas essas atitudes vão criando uma indifirença silenciosa que pouco a pouco cortam definitivamente a comunicação entre o casal.
Para a mulher resta três opções: 1) resignar-se à situação e deixar as coisas andarem a seu modo; 2) lutar permanentemente para salvar o casamento; 3) abandonar o casamento e procurar um novo caminho.
Ao que parece, os homens continuam vivendo num tempo em que as mulheres eram obrigadas a suportá-los porque dependiam deles para se sustentar. Hoje, embora a maioria das mulheres continue ganhando menos que os homens, elas tem muito mais possibilidades de abandonar a casa, levando ou não os filhos. Esse novo fato lhe dá mais poder de barganha e escolha do seu próprio futuro.  Por sua vez, os homens estão sentindo menos poder e tem dificuldade em aceitar a nova realidade.
É muito difícil para uma mulher entender a incapacidade que o homem tem de ouvir. Elas compartilham facilmente suas dores com as amigas e isto não acontece com o homem que ela ama. Muitas desistem e se fecham num mundo particular, onde o choro é a forma de extravasar seus sentimentos não compreendidos. 
Obviamente as mulheres não querem ser obrigadas a optar entre o confronto, a resignação ou a separação. O que elas desejam é uma relação respeitosa, de diálogo e com igualdade emocional. Em outras palavras, o que elas querem é um ombro amigo e um ouvido disposto a escutá-las.
Pela própria natureza, a mulher é mais sensível do que o homem e muitas vezes as coisas que a magoam passam desperceidas pelo companheiro. Daí a importãncia de parar para ouvir suas queixas e desabafos. As mágoas serão esclarcidas e os mal-entendidos não se avolumarão a ponto de chegar a um rompimento. A separação com mágua é acompanhada de ressentimentos que se prolongam no tempo e continuarão causando problemas na vida dos dois. Portanto, dialogue que tudo se esclarecerá. 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br

A ARTE DO EROTISMO


Escultura de Romeo Zanchett
              A ARTE DO EROTISMO 
Há milênios que eros e sua rica simbologia vem atraindo cada vez mais, a atenção de artistas e cientistas. O interesse é eterno e crescente.
Eros representa um dos principais subsídios da imaginação clássica, cujos mitos e alegorias enriquessem, de modo até hoje não superado, as letras e as artes.

Pintura acrílica de Romeo Zanchett
Na história das artes, Eros (Amor ou Cupido, entre os romanos) é o leitmotiv de uma imensa e requintada iconografia, estampada na cerâmica, na gravura, no afresco ou na pintura. Também na escultura que, sempre visinha da mais explícita sensualidade, ao longo dos séculos, vem traduzindo o erotismo em formas harmoniosas e delicadas.
Não é sem razão que Eros é filho de Afrodite, que por sua vez nasceu das ondas do mar, fecundada pelo esperma de Ouranes.  O trabalho de Eros é a busca da unidade social, da integração humana.  Em contrapartida, Eros é o responsável pela criação de um tabu, talvez o mais incoerente de todos. Sexualidade, instinto e conservação formam o triângulo da nossa existência. O tabu vai significar uma proibição convencional, de maior ou menor repressão, conforme os costumes ou a moral dos tempos. Age particularmente contra a sexualidade, a única das funções do organismo animado que, segundo o próprio Freud, assegura o enlace do indivíduo com sua espécie.
Ainda que hoje em dia  estejamos vivendo uma época de liberdade sexual, também é verdade que antigamente os povos do Oriente já defendiam essa liberdade de maneira irrestrita. Inúmeros Templos do amor foram descobertos nestas últimas décadas (principalmente na Índia), fornecendo subsidios aos pesquisadores para o entendimento das origens do que hoje poderia se chamar de sexo sem barreiras.
Escultura (estilo indiano) de Romeo Zanchett
A observação das imagens e inscrições dos Templos Indús   nos leva a concluir que os homens e as mulheres se entenderiam sexualmente muito melhor se estivessem fisicamente preparadas para isso: corporalmente livres e criativamente acesos.
Se os homens precisam de sua potência sexual para satisfazer suas mulheres, elas precisam de seu belo e sensual corpo para seduzir seus parceiros.
As esculturas indianas mostram as mais incríveis posições amorosas.
O Kama-Sutra mostra que, para os orientais, a arte erótica respetenta as forças vitais da criação. Na verdade as cenas de atos amorosos dizem muito mais do que está visível para o olho profano e preconceituoso.
Tal como a semente fecunda a terra, o esperma fecunda o ventre para criar uma nova vida.
http://templosdoamor-romeozanchett.arteblog.com.br
Nicéas Romeo Zanchett

INCESTO - UM TABU INCONVENIENTE

              INCESTO - UM TABU INCONVENIENTE
 O incesto é uma prática de qualquer ato sexual de uma pessoa com outra à qual esteja ligada por certo grau de parentesco, mas a sociedade sempre se recusou a encarar e discutir esta realidade que existe no cotidiano de muitas famílias.
Na maior parte do mundo, tanto as leis como os costumes civis e religiosos, proíbem relações sexuais entre pais e filhos; esta proibição é extensiva a irmãos, mas, em algumas sociedades, é muito mais comum do que se imagina.
A origem do antagonismo cultural em relação a esta prática é objeto de incociliável controversa entre psicólogos, sociólogos e antropólogos. Hoje já existe algum consenso de que o incesto não decorre de uma causa fundamental única, mas de uma série de fatores. O principal é o empírico conhecimento de que a procriação entre parentes pode gerar filhos degenerados. Outro motivo seria a necessidade de impedir que o ciúme perturbasse a ordem hierárquica interna da família. Há também o motivo menos citado que seria a necessidade de ensinar à criança que o comportamento sexual está sujeito a regras supra-individuais e assim prepará-la para a vida social quando adulta. As razões certamente não são apenas estas, mas bem mais vastas, diversificadas e obscuras. Uma coisa certa é que se trata do mais confidencial de todos os comportamentos sexuais. Por essa razão as estatísticas são praticamente inviáveis. 
Nos Estados Unidos se fez um trabalho de estimativa e chegou-se a admitir que cerca de 10% da população já tenham participado de algum ato conscientemente incestuoso. 
Favorecido por oportunidade, intimidade e excitabilidade ocasional, pode haver atos sexuais entre irmãos na infância ou na adolescência. É um incesto fraterno, mas que não deve ser estimulado. Isso não acontece com muita freqüência pela inibição espontânea da atração sexual de pessoas criadas juntas. 
Hoje, num mundo cheio de liberdade e transparência, livros, blogs e sites trazem diferentes relatos de relações incestuosas e assim se descortina o véu para uma realidade que era mantida a sete chaves. 
Nos estados Unidos,  a revista National Enquirer publicou uma matéria afirmando que o famoso reu do Rock, Elvis Presley, era amante da própria mão Gladys. Também houve o rumoroso desabafo de La Toya Jackson, irmã de Michael Jackson, afirmando que sofreram vioência sexual na infância pelos próprios pais.
No Brasil a Rocco editou o livro "A Traição da Inocência" - O Incesto e a sua Devastação, da psicoterapeuta norte-americana Susan Forward e do jornalista Craig Buck, no qual a autora assegura que nos Estados Unidos há mais de dez milhões de pessoas envolvidas com episódios incestuosos.
A mitologia antiga é cheia de exemplos de relações incestuosas. Os deuses dos caldeus freqüentemente praticavam incesto. As irmas Ísis e Neftis casaran-se com seus irmãos Osíris e Seth. Tambem os gregos atribuiam aos deuses ampla liberdade  incestuosa: "Zeus violou sua mãe Rea, casou-se com a irmã Hera e manteve relações com sua filha Perséfone". O próprio Zeus era filho do incesto de Rea com o irmão Kronos.
O Oriente também tem seus deuses incestuosos. Os deuses japoneses Izanagi e Izanami, criadores do mundo e inventores das relações sexuais, eram irmão e irmã.
A Bíblia é cheia de controversias sobre o assunto. Em Levítico, (18:6-18), proibe relações sexuais do homem com a mãe, com outras esposas e concubinas de seu pai, com irmã, neta, tia, cunhada ou com duas mulheres que sejam mãe e filha ou avó e neta. O texto omite proibição expressa de coito entre pai e filha, mas a última das prescrições citadas acima parece coibir indiretamente a lacuna.  Dois capítulos de Deuteronômio (23:1 e 27:20-23) e outro de Levítico (20:11-21) repetem algumas das proibições acima, mas nenhum deles tampouco faz mensão explícita à relação de pai e filha.  No Velho Testamento encontramos o mais terno incesto, as filhas virgens fazem amor com Lot para que seu velho pai tenha descendência. Ainda em Samuel, Amnom, filho de Davi, também comete incesto com a formosíssima irmã Tamar. 
A arte também tem suas inúmeras imagens incestuosas. É o caso de Vênus e Cupido, do italiano Ângelo Bronzini, em que mãe e filho dão um prazeroso beijo na boca.
  
Às vezes o sentimento de culpa traz à tona incríveis histórias de incesto. É o caso da famosa jornalista americana da revista Time, Bárbara Dolan. Ela, num tom de desabafo, declarou ao mundo: "Minha mãe apossou-se de meu afeto por ela e o transformou num relacionamento sórdido envolvendo sexo. Minhas primeiras lembranças de nossa interação, quando eu tinha três anos, são de mim feliz sentada entre as pernas dela numa banheira, nos ambas nuas. Também me lembro dela em pé diante de mim, esfregando os próprios seios". Estatisticamente, é mais comum casos de incesto de homens adultos contra crianças, mas não são raros os casos da "supermãe" que tem um relacionamento excessivamente profundo com o filho. 
No campo da fantasia é muito comum as pessoas terem sonhos incestuosos com irmão, irmã, pai e mãe, mas nossa tendência é apagá-los ao acordar. Entre familiares, as pessoas costumam  negar a atração que é natural. O incesto acontece quando não se consegue mais conter o desejo não satisfeito. Quando isso ocorre pode deixar, pelo menos para os participantes, sérias conseqüências psíquicas como aconteceu a jornalista do Time. Para superar a infelicidade gerada é necessário encarar a verdade de frente. A vergonha nunca será a melhor conselheira. Ela apenas ensina esconder o ato vergonhoso e sofrer  em silêncio. O ideal, no caso de adultos, é uma conversa franca para preservar a amizade fraternal que existe entre membros da mesma família.  O incesto de adulto com criança pode virar caso de polícia. Foi oque aconteceu no famoso caso  do autríaco Josef Fritzl que manteve a filha em cativeiro por 24 anos e com ela teve sete filhos. Julgado, foi condenado à prisão perpétua.
O importante é sempre buscar uma solução o mais rápido possível, que pode ser o aconselhamento com um terapeuta. Todo o aspecto sexual tem seus mistérios, motivações e dúvidas que só um bom profissional poderá analisar e enconctrar o melhor caminho.  
Nicéas Romeo Zanchett
http://asfabulasdeesopo.blogspot.com.br

domingo, 16 de setembro de 2012

NARCISISMO DIFICULTA O RELACIONAMENTO

      O NARCISISMO DIFICULTA O RELACIONAMENTO
O homem  sempre é atraído pela beleza feminina, mas muitos exemplares do sexo forte sentem necessidade de competir, em beleza, com as mulheres.
Na mitologia greco-romana, Narciso, famoso por sua beleza, foi um herói do território de Téspias- Beócia. Era flho do deus-Cefiso e da ninfa Liríope. Quando nasceu o adivinho local, Tirésias, previu que ele teria vida longa desde que jamais contemplasse o seu belo rosto. Segundo a história mitológica havia também uma belíssima ninfa tão jovem quanto Narciso, chamada Eco que o amava muito, mas ele apaixonou-se pela própria imagem e regeitou-a. 
É dessa mitologia grega que deriva a palavra narcisismo. 
Na psicologia e psiquiatria, o narcisismo excessivo é reconhecido como um estado patológico e fator que mais dificulta o indivíduo de ter uma vida afetiva satisfatória. É tratado pelos estudiosos como Transtorno de personalidade narcisista.

Freud afirmava que algum nível de narcisismo constitui uma parte de todos os seres humanos desde o nascimento. Para a psicanálise o narcisismo representa uma modo particular de relação com a sexualidade.
Há muito tempo os estudiosos se perguntam como o narcisismo influencia o comportamento na esfera amorosa. A história tem demonstrado que essa característica pode criar um fator de impedimento para afeição por outra pessoa e não um aspecto facilitador do relacionamento. Quando o belo Narciso desdenhou o amor da ninfa Eco, Afrodite (deusa do amor), mãe da jóvem regeitada, irritou-se com o rapaz e o puniu com um amor-próprio insaciável. A partir de então ele se consumiu de desejo pela pela própria imagem refletida na água e terminou por ser tragado por ela.
Para Freud, criador da psicanálise, o amor pode ser entendido como um direcionamento da libido a um determinado objeto, mas este objeto tem de ser algo externo ao sugeito. Quando o indivíduo concentra e gasta toda a sua energia no próprio "eu" pode não sobrar nada para ser dedicado a outra pessoa (o objeto).
O amor-próprio, no sentido de afirmação da própria vida é um elemento impressindível que precisa ser encarado como um traço importante do caráter. Toda a pessoa apresenta traços narcisistas e em certa medida eles fazem parte da nossa auto-defesa. Valorizar a própria imagem é saudável (ame a si mesmo e será amado!), mas o egocentrismo exagerado pode se caracterizar como uma patologia. Em muitos casos o narcisismo é a forma adotada inconscientemente para compensar a falta de atenção e afeto recebidos na infância. Esse tipo de comportamento  costuma causar muito sofrimento não só para a própria pessoa, mas também para os que se relacionam com ela. Dificilmente sente empatia por outra pessoa ou se comove profundamente com o mal-estar alheio, chegando a usar de frieza em momentos em que o mais adequado seria o acolhimento.  
O Transtorno da personalidade narcisista se caracteriza, principalmente, pela necessidade de admiração constante e falta de empatia com o sofrimento alheio.
O narcisista mostra uma forte limitação à capacidade de amar verdadeiramente alguém. Suas conquistas amorosas servem principalmente para fortalecer a própria imagem que precisa ter sua grandiosidade constantemente confirmada. Ele precisa do outro para lhe fornecer afeto e não para estabelecer trocas. Em outras palavras, é como uma criança que se apodera da mãe exigindo atenção constante.
Embora acredite fielmente nos seus prórpios dons e talentos, uma pessoa patologicamente apaixonada por si mesma precisa ser permanentemente reconhecida.  
O narcisista com "self idealista" se caracteriza pelo constante medo de se decepcionar e se ferir em relacionamentos. Preferindo não correr o risco de se entregar a uma relação amorosa acaba sempre só. Retraindo-se e autoprotegendo-se, busca na própria independência uma maneira exagerada de amar a si mesmo a ponto de divinizar-se. Vive em permanente procura pelo perfeccionismo que nunca encontra numa relação porque as pessoas são seres diferenciados e imperfeitos.
Existe um tipo de narcisita, conhecido pelo "self hipocondríaco" que está em permanente estado de preocupação com a própria saúde. Costuma se desmanchar em lamentos para que todos sintam pena de seu estado. É a forma de atrair as atenções das pessoas que lhe demonstram amor e simpatia.
O indivíduo egocêntrico e presunçoso tem tendência a se ofender facilmente. Não aceita discordância e está sempre esperando de elogios e recompensas. Seus relacionamentos são a base da própria necessidade de autoafirmação. Quando seu self é ameaçado ele se sente inseguro, temeroso e desanimado, chegando a considerar-se pouco merecedor de amor.
Em psicanálise o narcisismo representa um modo particular de relação com a sexualidade. Freud o analisava tendo como ponto de partida a infância, ainda na fase auto-erótica, no primeio modo de satisfação da libido pelo prazer com o próprio corpo.
Entretanto, o narcisismo não simboliza apenas mera negatividade. Ele mostra a profundidade de um indivíduo que toma consciência de si mesmo, onde cada um experimenta seus próprios dramas humanos. 
O importante é saber dosar o amor-próprio com o amor ao próximo e a tudo o que nos cerca. 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://selecaodehistoriasinfantis.blogspot.com.br 
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sábado, 15 de setembro de 2012

SIGMUND FREUD TINHA COMPLEXO DE ÉDIPO

                                            Ilustração: Romeo Zanchett                    
SIGMUND FREUD TINHA COMPLEXO DE ÉDIPO
Sigmund Freud nasceu em Pribor - Austria - no dia 06 de maio de 1856 e faleceu em 23 de setembro de 1939 aos 83 anos.
Os preceitos freudianos são largamente utilizados para explicar e elucidar os impasses entre os casais.
Em sua autoanálise, iniciada em 1890, Freud revelou seus mais íntimos segredos de infância. Uma das grandes revelações é que êle tinha complexo de Édipo. Aos quatro anos viu sua belíssima mãe, Amália, completamente nua. Esta imagem ficou marcada em sua mente e fez com que ele, já psicanalista consagrado, percebesse que tal experiência foi sobre tudo erótica.
Em seu texto intitulado Moral Sexual Civilizada e Doença Nervosa Moderna, trata do complexo de Édipo. Nela Freud diz que a sociedade é menos severa em relação às transgressões masculinas, o que permite ao homem viver uma "moral dupla" e o induz à "ocultação da verdade" e que é isto que o leva à "doença nervosa moderna".
Freud casou-se com Martha Bernays em 1886. Seu noivado durou quatro anos e é bem provável que durante todo esse período não tenha se relacionado sexualmente com ninguém. Já sua noiva, com certesa só perdeu a virgindade depois do casamento. 
Três anos depois do casamento, Freud publicou seu famoso livro "A Interpretação dos Sonhos". Neste trabalho êle descreve seus próprios sonhos e também de seus pacientes. Numa dessas descrições ele conta que uma paciente associava o sonho com uma vela gasta a um pênis flácido, para desespero dos moralistas do final do sécilo XIX.
No século XX Freud expôs sua definição de libido, dando ênfase aos instintos sexuais.
O homem brasileiro, em sua maioria, diz que aceita plenamente a liberação da mulher, mas na verdade deseja se casar com uma mulher santificada à semelhança da imagem materna e ter prazer, fazer sexo com a antítese da fêmea virtuosa, bondosa e decente. Então passa a ter uma vida secreta dupla com filhos da santa e vivendo sua sexualidade libertina com as prostitutas.  A verdade é que a maioria dos homens vivem com seu inconsciente ligado na imagem da mãe e acabam transferindo esse modelo para as futuras esposas. Embora digam que não, no fundo eles tem grande medo do sucesso profissional de suas mulheres. Podemos observar que as mulheres de sucesso, quanto mais sobem na profissão mais isoladas ficam do assédio masculino.
O vocabulário criado pelo psicanalista austríaco acabou por influenciar as mais diversas formas de arte, principalmente o teatro, a literatura e o cinema. Na literatura a personagem Pombinha, do livro "O Cortiço", casa com um rapaz que a trata como santa. Ela, cansada daquela vida, se deixa seduzir por uma prostituta. Aqui, o poder da sedução, aliado às suas secretas aspirações, a transformam numa mulher lésbica ou bissexual. Nelson Rodrigues criticava a hipocrisia da classe média brasileira escrevendo "a vida como ela é". Em suas belas histórias desvendou os mistérios de alcova da hipócrita classe média, que cultua um moralismo que não consegue seguir. 
No filme "Escrito nas Estrelas" o diretor Percy Adlon mostra o drama de um "bom vivant" - vivido pelo autor Donald Shuherland - que, de tanto despresar sua mulher, acaba provocando sua morte por ataque cardíaco. Com o passar do tempo, Jonatham (Sutherland) se descobre apaixonado pela esposa morta.
Freud nos legou as melhores informações que nos permitem entender um pouco desse mundo misterioso que é a vida íntima de cada um. Com seus ensinamentos, a sexualidade humana entrou numa nova era que muito tem ajudado na liberação de tabus seculares.
Em 12 de março de 1938, já muito doente devido a um câncer que o martirizava, mudou-se da Áustria para a inglaterra com sua família, onde faleceu em 1939.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

sábado, 8 de setembro de 2012

O ORGASMO ALÉM DO SEXO

O ORGASMO ALÉM DO SEXO
Quando se fala em orgasmo vem logo à nossa mente a idéia de sexo intenso.
O homem é eroticamente condicionado por fatores ambientais e psicológicos. Ele se excita imaginando a mulher, seus genitais, as posições de coito, ou até objetos femininos que lhe são atraentes. Portanto, o caminho inicial que conduz o homem ao orgasmo físico não é fisiológico, mas sim psicológico. 
Já na mulher  o caminho que leva ao orgasmo é o amor físico. São raras as mulheres que se excitam  vendo um filme, uma revista cheia de imagens sexuais, ou um burlesco conto erótico. Ela é muito mais levada pelo sentimento emocional do que o homem. É por essa razão que a mulher precisa ser preparada para o sexo pleno e prazeroso.
Não se pode negar que a razão do sexo é o orgasmo. Que a razão do casamento é o sexo e portanto a razão do casamento é o orgasmo. É êle que traduz o climax final de um processo que tem elementos psicológicos e fisiológicos muito bem definidos. Mas não é apenas o "orgasmo físico" que pode nos dar grande prazer. Ele pode ser também espiritual.

 O orgasmo puramente físico ou fisiológico, constitui apenas uma etapa da vida sexual normal dos seres humanos. Os jovens tem uma certa tendência em unir a felicidade ao sexo prazeroso. Isto acontece porque estão com os hormônios potencialmente muito ativos. Mas é preciso lembrar que a felicidade não é feita apenas de sexo, embora êle seja um elemento importante na vida de um casal.

Com o passar dos anos, tanto o homem como a mulher acabam encontrando outros prazeres que de certa forma podem reduzir ou, em muitos casos, até dispensar o sexo rotineiro que tinham na vida jovem.  Portanto precisamos considerar que o aparente desinterese sexual pode ter sido motivado pela migração do prazer para outros orgamos que a vida está lhes proporcionando.
O orgasmo espiritual é a forma mais alta de emoção de que é capaz o ser humano. Êle não depende da cultura ou da intelectualidade do amante. As qualidades morais e psicológicas que caracterizam as pessoas capazes de orgasmo espiritual são a ternura, atitude de agradecimento, confiança, admiração, companheirismo e compreenção. É quando conseguimos ver no parceiro qualidades superiores às próprias, ou às de terceiros.
Nicéas Romeo Zanchett