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segunda-feira, 28 de maio de 2012

PRESERVANDO A VIRGINDADE



           PRESERVANDO A VIRGINDADE
Hoje sempre ouvimos falar que os jovens estão iniciando a vida sexual prematuramente, mas para muitos não fazer sexo é uma opção. 
Depois das pioneiras pesquisas de Bill Másters com pênis de plástico e dos remédios milagrosos que resolvem a impotência masculina, a ciência passou a olhar a sério para as práticas sexuais do Ocidente.  A fisiologia feminina foi mapeada e cada vez mais se fala abertamente sobre sexo. 
A pesquisa de Marters  era basicamente sobre modos de medir a performance física. Ele transformou o orgasmo em um direito também das mulheres. Mas na sociedade atual o orgasmo está deixando de ser um direito para se transformar em dever. Com a viagrificação das relações sexuais, mesmo de forma mecânica, o sexo se transformou numa obrigação até para aqueles que não sentem desejo. E não sentir desejo também é um direito ou opção de cada pessoa. É intensa a propaganda e reportagens que tentam convencer a todos de que a mulher que não goza é menos mulher e que o homem que não tem múltiplos orgasmos é um inapto.
Há casos em que a inapetência sexual se explica por problemas físicos ou psicológicos. No entanto, existem aquelas pessoas que não apresentam nenhum distúrbio catalogado pelos médicos e mesmo assim não sentem desejo sexual. Uma hipótese para explicar esse tipo de comportamento assexuado é que a chave ativadora do centro cerebral da libido não chega a ser ligada. Talvez seja um problema genético, mas não existe nenhum estudo conclusivo a respeito dessa hipótese.                                                                                                                   
Ao longo da história humana, o modo como a sexualidade foi tratada variou muito. Já na época áurea de Roma o seu estadista Cícero (106-43 a.C.) citanto Terêncio disse: "Sou humano, e nada que é humano me é estranho".  Na Idade Média  as freiras enclausuradas em conventos costumavam se privar do banho só para não terem um contato íntimo com o próprio corpo. Na década de 1960 houve o grande movimento de exaltação ao amor livre. Nos estados Unidos e na Inglaterra de hoje, é cada vez maior o número de jovens que fazem questão de preservar a virgindade até o casamento. Um novo movimento batizado de "A-pride ou orgulho assexuado está cada vez mais ganhando força e já chegou ao Brasil e a diversas outras partes do mundo. Seus militantes ostentam orgulhosamente sua orientação sexual (ou a falta dela) em camisetas e roupas íntimas estampadas com dizeres do tipo "Assexualidade não é apenas para ameba" "Sou assexuado, nasci assim e sou feliz".
Ser feliz é o objetivo maior. Cada um deve buscar a melhor forma de viver com felicidade e dignidade. Muitas pessoas, em nenhum momento da vida desejam alguém sexualmente. Seu desinteresse por sexo não é uma questão de opção e nem dificuldade para encontrar um grande amor.  Elas simplesmente não sentem desejo sexual e, portanto não precisam dele para serem felizes. 
Nicéas Romeo Zanchett 
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domingo, 27 de maio de 2012

UM VIAGRA PARA AS MULHERES


                                   UM VIAGRA PARA AS MULHERES
 Os remédios contra a disfunção sexual masculina melhoraram a vida de muitos homens, mas criaram problemas para as mulheres que não sentem desejo. Elas se queixam de que seus maridos estão fazendo sexo de forma mecânica e para elas as cobranças se tornaram um tormento. Muitas não se acanham em buscar ajuda nos consultórios, mas as que foram educadas de forma repressiva sofrem caladas e apenas satisfazem o desejo de seus companheiros sem sentir nada. 
Até pouco tempo atrás, acreditava-se que os problemas sexuais femininos só poderiam ser resolvidos no divã. Nos últimos anos as pesquisas avançaram deixando claro que muitas aflições delas são de ordem orgânica, como a baixa na produção dos hormônios femininos, principalmente entre as mulheres na pós-menopausa. Uma das formas mais utilizadas para aumentar a libido feminino é o uso de doses extras do hormônio testosterona. Entretanto os especialistas recomendam mais estudos, pois temem que o uso prolongado do medicamento possa aumentar os riscos de infarto e derrame. Investiga-se também o uso de alguns antidepressivos que poderiam aumentar o desejo sexual de mulheres que não sofrem de depressão. Mas, ao que tudo indica, eles apenas melhoram o seu bem-estar e não necessariamente despertam o desejo sexual.
Calcula-se que cerca de 30% das mulheres sofram de uma disfunção sexual chamada de Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH). É uma situação caracterizada pela ausência de desejo sexual por um período superior a seis meses. São mulheres que tem parceiros, sabem obter prazer, são capazes de ter orgasmo, mas simplesmente não tem vontade.
A sexualidade feminina sempre foi vista como misteriosa, seja por sua anatomia, seja pelo prazer, pela gravidez e pela capacidade de dar à luz. Foi na década de 1950, com os estudos de Alfred Kinsey , que o interesse pelas manifestações sexuais femininas aumentou. Segundo os médicos especialistas, o desejo hipoativo é uma grande fonte de angustia feminina. Na terminologia vulgar são chamadas de frígidas. 
A verdade é que a sexualidade feminina é muito mais complexa do que a masculina, tanto que Freud a chamou de "o continente obscuro". O desejo das mulheres envolve fatores demais para permitir definições categóricas como "Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo".  Não se pode contabilizar quantas vezes por semana uma mulher tem desejo sexual e nem definir o que é sexualidade feminina normal. É muito difícil separar situações de desgaste afetivo de situações de desinteresse sexual.                                                                                                      
O Viagra (masculino) foi descoberto por acaso, quando se buscava uma droga para hipertensão. Constatou-se que ele dilatava os vasos sangüíneos e provocava ereção do pênis.  Já o problema das mulheres é muito diferente, pois não se trata simplesmente de inflar um órgão para permitir a prática do sexo, mas sim de provocar desejo em alguém que não o sente. 
A idústria farmacêutica está tentando resolver por meios químicos um problema que tem natureza mais ampla. Seria uma tentativa semelhante ao uso de medicamentos para tratar depressão, tristeza e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.    Está em estudos e testes uma substãncia chamada flibanserina. É a mesma que no final dos anos 90 não pode ser utilizada como antidepressivo. Ela opera alterando no cérebro os níveis de serotonina, um neurotransmissor que influi na sensação de bem-estar.  Já existe e está sendo comercializado um gel chamado Viatop-AM fabricado pelo laboratório Ativus Farmacêutica que promete melhorar o desempenho sexual. Trata-se de uma espécie de pomada que deve ser aplicada na região do
clitóris. É composto de duas substâncias: arginina e mentol. Enquanto a primeira age como vasodilatador aumentando o fluxo sangüíneo na área genital, a segunda garante maior sensibilidade e cria uma agradável sensação de calor na região do clitóris. Como se trata de aplicação direta o efeito é imediato. Mas, como se pode constatar, não de trata de um remédio para induzir a mulher a sentir desejo sexual. 
Qualquer que seja o medicamento, para uma mulher que tenha falta de desejo moderado, provavelmente não valerá apena.  O tratamento feminino não pode de forma alguma ser comparado ao do masculino. Os homens que se medicam com Viagra, o usam não para sentir desejo, mas para conseguir , iniciar, prolongar ou concluir uma relação por falta de ereção.  O problema é resolvido aumentando o fluxo sangüíneio no pênis. Sua ação é mecânica e local. É por essa razão que os testes feitos com Viagra para tratamento da disfunção sexual feminina não tiveram bons resultado.                                                                                            
A libido da mulher parece ter muito mais relação com a sua mente do que com seus órgãos sexuais. Os remédios tentam interferir na base neurológica do problema e assim não conseguem atingir os objetivos. Todos os estudos mostram que um único remédio, qualquer que seja, não é capaz de resolver os problemas envolvidos na sexualidade feminina. Apesar das dificuldades no diagnóstico e tratamento da hipoatividade sexual, o problema existe e constinui para muitas mulheres um transtorno tão grave quanto à disfunção erétil é para os homens. Ele não pode ser diagnosticado como doença, mas é responsável por muito sofrimento que podem se manifestar como melancolia, depressão e mal-estar. 
A transmissão do impulso nervoso no interior do cérebro é garantida por compostos químicos especializados que se ligam a cada um dos neurotransmissores - substãncias responsáveis pela transmissão de impulsos eróticos no cérebro (dopamina e noradrenalina) ou pelo bem-estar (serotonina). Por algum motivo a substãncia deixa de inibir a liberação de serotonina, isso aumenta a concentração do neurotransmissor e atrapalha a passagem do impulso erótico. Quando todas as substâncias estão na proporção certa, os impulsos eróticos fluem harmoniosamente.
A falta de libido é o mais comum, mas não é o único problema sexual que aflige as mulheres. A ciência reconhece e tenta tratar seus transtornos: a) Desejo sexual hipoativo - (TDSH) que causa falta ou ausência de fantasias sexuais ou desejo por alguma forma de atividade sexual, levando á dificuldade de relacionamento e ao sofrimento; b) Aversão sexual -  quando a mulher sente persistente e permanente aversão ao contato sexual com parceiros; c) Falta de excitação sexual - a mulher tem dificuldade persistente de atingir ou manter a lubrificação vaginal necessária à atividade sexual; d) Anorgasmia - a inabilidade persistente de atingir o orgasmo após a excitação e o estímulo sexual, causando angústia e afetando as relações entre os parceiros: e) a Dispareunia - que consiste na contração involuntária dos músculos próximos à vagina impedindo a penetração do penis;  o Vaginismo - quando a mulher sente muita dor durante a penetração.                                                                                                                     
As opções para tratar mulheres com falta de desejo sexual são restritas e nem sempre eficazes. Todas têm seus prós-e-contras e portanto é preciso rigoroso acompanhamento médico. As principais são: a) Com hormônios masculinos - Consiste na reposição hormonal à base de testosterona (existe na forma de gel, implante ou comprimidos). É indicado para a síndrome de deficiência androgênica (queda nos níveis de testosterona, falta de ânimo e diminuição dos pelos). É mais indicado para pós-menopausa. Os efeitos colaterais são a masculinzação, aumento do colesterol e alterações no fígado. É contraindicado no caso de histórico de câncer ginecológico. b) Reposição hormonal - é a reposição dos hormônios femininos estrógeno e progesterona, na forma de comprimido, gel, adesivo ou implante. Melhora os sintomas da menopausa e depressão e, indiretamente o apetite sexual. É indicado somente para mulheres na menopausa.  Como efeitos colaterais têm o aumento no risco de trombose, AVC, infarto. É totalmente contraindicado para casos de histórico familiar de câncer ginecológico precoce. c) Os Fitoterápicos - O mais usado é o Tribulus terrestris, uma planta que estimula o LH, um hormônio ligado à produção de testosterona. É vendido na forma de comprimido. O medicamenteo é aprovado pela ANVISA, mas não existem pesquisas que confirmem sua eficácia. Funciona por causa do efeito placebo - psicológico. Não tem nenhum efeito colateral. d) Antidepressivos - A droga Bupropiona age nos neurotransmissores ligados ao prazer (dopamina e adrenalina). Também é usado no tratamento da dependência da nicotina como forma de substituí-la. Aprsenta bons resultados em pacientes com baixo desejo devido á depressão. Estudos de seu uso em mulheres não deprimidas ainda são inconclusivos. Seu principal efeito colateral é que pode aumentar o peso e atrapalhar o sono. É totalmente contraindicado para pessoas com histórico de convulsão. 
Nunca na história humana se fez tanto sexo como atualmente. Depois da descoberta da pílula anticoncepcional a festa aumentou e entre erros e acertos a população mundial atingiu a insuportável cifra de sete bilhões de seres humanos. No novo século, início do terceiro milênio, a sexualidade ganhou mais força como atividade de lazer. Nunca se gastou e se ganhou tanto dinheiro com isso.   
Nicéas Romeo Zanchett 
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/
                                                                                                                





sábado, 26 de maio de 2012

A SAÚDE E A SEXUALIDADE

                          A SAÚDE E A SEXUALIDADE
A saúde física e psicológica depende muito da sexualidade. O sexo serve como termômetro para a qualidade de vida. As alegrias e os dissabores vividos sob os lençóis são experiências pessoais e intransferíveis. Problemas sexuais comprometem a súde e as atividades do dia-a-dia.       
Quando Freud escreveu seu ensaio sobre a ansiedade e neurose, em 1895, dando ênfase à sexualidade foi duramente criticado. Ele rebateu as críticas com um artigo, no qual foi ainda mais enfático dizendo: "Muitas doenças mentais e as fobias, em especial, não ocorrem quando a pessoa leva uma vida sexual normal."  Sobre as análises de Freud ergueu-se um monumental estudo da sexualidade e de seu impacto sobre outras dimensões vitais do ser humano.  Com crescente interesse, os médicos investigam como as carências sexuais podem produzir doenças físicas e psicológicas e, também, como certas molestias afetam o desempenho e a satisfação sexual.  As depressões, o diabetes, os males cardíacos e circulatórios são doenças com impacto direto sobre a sexualidade.  Hoje não resta a menor dúvida de que é a saúde que faz a diferença entre o sexo satisfatório e o sexo desapontador.
As delícias ou frustrações de alcova repercutem em todas as esferas da vida de uma pessoa.  Pesquisas indicam que 80% de brasileiros (homens e mulheres) são vítimas de algum problema sexual. Suas aflições afetam o trabalho, o convívio com os filhos, as relações sociais e o próprio lazer.  Os homens sentem-se menos homens e as mulheres menos mulheres.  É gigantesco o abismo que separa os homens com problemas de ereção dos que não tem disfunção alguma.
Homens e mulheres ficam com a vida social abalada, tem baixa auto-estima, sentem-se culpados e são vítimados por sentimentos de vergonha.  A pessoa doente sente-se extremamente frustrada com a qualidade de sua vida sexual.
Com o aumento da expectativa de vida da população, nada mais natural que o sexo de boa qualidade passe a ser uma exigência de homens e mulheres mais maduros. Viver mais significa prolongar os encontros amorosos para além da fase áurea da sexualidade, que vai dos 20 aos 40 anos. Com o passar do tempo, porém, não é fácil manter a libido em alta.
A chegada da menopausa provoca uma queda nos níveis dos hormônios sexuais. Há uma redução  no aporte de sangue e no tônus muscular da região genital.  Avagina fica menos elástica e a lubrificação do órgão torna-se mais difícil. Conseqüentemente as respostas às carícias e ao próprio ato sexual já não são tão rápidas e nem tão intensas quanto eram  na juventude.  Uma jovem de 20 anos demora, em média, vinte segundos para sair do patamar do desejo e chegar à excitação. Já numa mulher com mais de 50 anos esse processo leva até três minutos. Com os homens não é diferente. Um estímulo sexual, que na juventude saía do cérebro e deixava o pênis ereto em apenas três segundos, demora dois minutos para fazer efeito nos homens de meia-idade. Com a redução dofluxo sangüíneo para o pênis e a flacidez dos músculos penianos, a ereção torna-se menos potente e o orgasmo mais difícil. A maior das queixas masculinas é a dificuldade  de ter e manter a ereção. A partir dos 40 anos, os homens experimentam uma queda na produção de testosterona, o hormônio da libido. Trata-se de um processo natural. Cerca de 20% costumam ter uma queda acima do normal e isto pode comprometer a libido. Usualmente a reposição hormonal é feita por injeção, comprimido ou adesivos  transdérmicos. Entre os homens mais jovens, na faixa de 18 aos 25 anos, o grande tormento é a ejaculação precoce. Ela parece algo simples, mas se não for tratada pode levar à impotência. 
É possível recuperar o fôlego na cama com a adoção de hábitos saudáveis - a combinação de uma dieta equilibrada com prática regular de exercícios. 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/

DEPOIS DO PRIMEIRO FILHO

              DEPOIS DO PRIMEIRO FILHO
Com a chegada do primeiro filho o ambiente de casa se transforma. A criança modifica os papéis do casal que passa a ser pai e mãe. É um momento único, especial, mas as responsabilidades que esses nomes trazem nem sempre são aceitas com tranqüilidade.  Geralmente o ambiente se transforma para pior. Muitos casais felizes e apaixonados, de repente se vêem diante de um pesadelo. Começam as discussões por coisas insignificantes, o casal perde o desejo sexual e surge um sentimento de dúvida com relação à família.  Muitos se perguntam: será que era isso mesmo que eu queria?  será que este foi o momento certo para termos um filho em nossas vidas? Esse estado de coisas é comum, costuma ser passageiro e não afeta só os pais biológicos, pois acontecem também no caso de filhos adotivos. 
O primeiro filho pode causar um sentimento muito forte na mãe. Muitas vezes insegura e com medo de errar, passa a viver um estado permanente de atenção ao bebê. A mãe que se sente completamente segura costuma estabelecer uma relação em que não consegue se separar do filho para nada.  Sendo mãe ela sente ter atingido o topo da realização pessoal. Nessa condição, acha que pode prescindir do marido e se volta totalmente para a criança, acreditando que ela a completa por inteiro.  Cria-se então uma situação delicada para o marido que pode sentir ciúme e sair de cena. Diante desse quadro é natural que ambos nem queiram pensar em sexo.   
A falta de libido da mulher pode estar ligada a fatores orgânicos, decorrentes das alterações hormonais, ou psicológicos em conseqüência da relação que a mãe estabelece com o filho. Já a falta de libido no homem tem a ver com questões menos objetivas. A sociedade vê a maternidade como algo quase divino e o sexo pode passar a ser considerado uma futilidade dispensável. Com esse raciocínio alguns homens não procuram mais a mulher em virtude da aura de santidade que ela adquire com a maternidade. Outra questão que se precisa levar em conta é o fato das mudanças ocorridas no corpo da mulher que ajudam a diminuir a libido do homem.
Muitas vezes a chegada do primeiro filho coincide com momentos de dificuldade que o pai esta passando na vida profissional e financeira. Com aflição ele acaba descontando tudo na mãe que naquele momento está muito frágil.
A chegada de um bebê é também a chegada de um netinho. O ciúme da mãe pode causar desentendimentos com os sogros. Ela imagina que os avós querem se meter na criação do filho que é só seu e as brigas se intensificam.
Muitos casais têm filhos sem estarem preparados. Costumam levar uma vida rotineira e repetitiva onde o intercâmbio entre eles é satisfatório e nunca pensaram em mudanças.  Com casais jovens é comum ter um passado ainda não resolvido com os próprios pais, ou seja, excessivamente acomodados e sem condições de funcionar como adultos. Dessa forma a mulher, que por seus próprios motivos não consegue se mostrar carente, não pode evitar sua tendência a funcionar apenas como mãe e amplia significativamente o distanciamento do seu homem.
É uma fase difícil que precisa ser enfrentada com paciência e compreenção pelo casal.
Nicéas Romeo Zanchett
http://amoresexo-volume1.blogspot.com/

sábado, 19 de maio de 2012

CIRURGIA PLÁSTICA - A BUSCA DA BELEZA IDEAL

                  CIRURGIA PLÁSTICA - A BUSCA DA BELEZA IDEAL
Os ideais de beleza tem variado em verdadeiros movimentos cíclicos. Períodos diferentes tem adotado conceitos de beleza de outros períodos, com formas ideais em cada tipo de cultura. Isso é facilmente reconhecível na beleza da mulher de Creta, que tem a cintura bem fina e cabelo crespo, na dignidade austera e beleza artificial da egípsia antiga e na delicadeza e sutileza das orientais. 
A cultura greco-rmana deu ênfase à beleza clássica, com proporções perfeitas e simplicidade natural. Na Idade Média, o doce e suave gênero da Madona tornou-se parte integral do expressionismo religioso. É nesse contexto que artistas, a serviço de religiões, criaram belíssimas obras tendo a beleza da mulher como musa inspiradora. A França contribuiu não só com o tipo elaborado e ao mesmo tempo superficial da cortesã do século XVII, mas fez com que a mulher francesa fosse sinônimo debeleza copiado em várias partes do mundo.                               
A verdade é que desde a pré-história o homem pretendeu modificar sua imagem a seu gosto. A documentação a esse respeito é vasta, tanto na forma escrita quanto nas descobertas arqueológicas que datam de 7.000 a.C.
Para adornar orelhas, lábios e narizes, os povos primitivos perfuravam e sacrificavam o próprio corpo. Este costume continua até os nossos dias. A compulsão humana de tentar melhorar a natureza tem tido modulações com a história do homem, passando por pressões autoritárias, guerras, revoluções, pressões religiosas fanáticas e graves períodos de austeridade. Desabrochou na época das monarquias e impérios, em tempos de paz e prosperidade, nas sociedades sofisticadas e onde existiam as classes mais privilegiadas. Os fenômenos de estética, com suas várias correntes, são dramaticamente ilustrados pelos anos que antecedem e pelos que seguem a Revolução Francesa. 
Durante o período de Luiz XVI, a extravagância era uma constante, e os cuidados com a beleza física eram considerados uma arte. O ódio à aristocracia durante e depois da Revolução Francesa era tão grande que as perucas, os perfumes e tudo que fosse sensual eram enormemente desprezados. 
O apogeu do culto à beleza se deu no final do século XX, quando foi ajudada pela democracia, através da liberdade individual de expressão influenciada  enormemente pelos  efeitos da propaganda, pela facilidade de novos produtos, pelos simbolismos do "status" e pela economia sadia. Em algumas sociedades, com forte conceito de moral, foram feitas publicações contra o excesso de atenção dado à estética. Paralelamente, nas sociedades mais liberais e algumas até mundanas, vários apelos tem sido feitos no sentido de que as pessoas precisam dar mais atenção a seu aspecto físico. 
O ser humano é constituido pela relação entre a sua personalidade (imagem interior) e a aparência física (imagem exterior). A unidade dessas imagens ajuda o homem na busca da felicidade. Por isso mesmo a preocupação com a beleza nasceu com o próprio homem. Ele aperfeiçoou suas técnicas de acordo com ideais estéticos que variam com o tempo. A cirurgia plástica, que ja era praticada a mais de 6.000 anos, vem constantemente sendo aperfeiçoada. Ela tornou-se um dos setores cirúrgicos mais desenvolvidos, pois em suas duas modalidades - a reparadora e a embelezadora - consegue preservar, corrigir ou ajudar a natureza, tornando o ser humano mais belo e confiante em si próprio. 
Devido ao grande progresso científico, a cirurgia plástica tornou-se uma indústria altamente lucrativa. Como conseqüência, surgiram milhares de "médicos milagreiros" cujo único objetivo é o lucro fácil. Por outro lado, a indústria de cosméticos e acessórios facilita o acesso de charlatões aos diversos produtos que deveriam ser utilizados apenas por especialistas. Diariamente. em todo o mundo, as páginas policiais estampam notícias sobre graves problemas e até mortes em virtude do mau uso de técnicas e produtos que hoje são facilmente encontrados. 
A história da beleza e sua filosofia no mundo continua, e a operação plástica é apenas um pequeno fragmento do complexo mosaico das práticas de  beleza que tem moldado tanto nossos hábitos e costumes. Essa filosofia, por definição, tem como base a qualidade de dar prazer aos sentidos e à mente. Suas raizes, emaranhadas na grande dimensão da experiência humana, necessariamente voltam aos princípios da civilização que é associada com prazeres sensoriais e intelectuais. O significado e a extenção dessa experiência desafiam uma análise específica e, sem dúvida, marcam um profundo padrão instrutivo de necessidades e reações que se refletem na plástica facial e nas ilimitadas ramificações da estética em geral                                      
Nicéas Romeo Zanchett 
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/                                                                                                          

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A ARTE DE Munch

 
A ARTE DE Munch
Edvard Munch, filho de um médico, nasceu em Löyten, ao norte de Cristiânia, atual Oslo, no dia 12 de dezembro de 1863. Em 1868 com o falescimento da mãe, a tia Karen Bölstad se encarregou de sua educação e iniciação artística. 
Sua primeira e breve viagem a Paris deu-se em 1885. Na volta, passa uma temporada em Asgaard, na costa de Fiordes da Noruega.
Em 1884, Munch expõe sua pintura "Madrugada", que refletia certa influência impressionista. Nesta época sua obra voltava-se para diversas áreas de experiência pictórica. O artista buscava seu estilho em diversas formas de expressão.
Em 1889 retornou a Paris, onde permaneceu por quatro meses. Foi nessa ocasião que teve contato com os impressionistas e pós-impressionistas. Ficou muito interessado nos trabalhos de Manet, Degas e principalmente Van Gogh.
Em 1892, já com 29 anos, expõe seu "Painel da Vida" em Berlim, onde integrou a Secessão local, formada após o fechamento compulsório da mostra. Sexo e angústia são os temas mais salientes desta obra, onde os rostos se tornam lineares, sem uma expressão concludente, e o corpo humano também se sintetiza num traço, um arco de prostração física ou mental. Não é mais um ambiente neutro, mas um prolongamento psíquico do homem, onde a própria paisagem assimila o desespero dos personagens. Nesta ocasião conheceu o colecionador Kollmann, o dramaturgo sueco Strindberg, e o pintor polonês Przybyszewski, que lhe dedica um ensaio intitulado "A Obra de Edward Munch.                                                           
Em 1894 inicia uma série de gravuras, seguida de litografias. Estes trabalhos apresentam grande influência da obra de Toulouse Lautrec. Nesta época, em Paris, sua obra ainda passava quase despercebida, mas na Alemanha já encontrava grande ressonância. O renovador do teatro berlinense, Max Reinhardt, confia-lhe os cenários de sua montagem da peça "Os Espectros" de Ibsem que estreou em 1906.
Completou seus estudos de arte gráfica em Paris, principalmente com August Clot.
Em 1902, em Berlim, conheceu Max Linde, que viria a tornar-se seu amigo e mecenas.
Em 1906 fixa residência em Weimar, junto ao Conde Keesler, onde faz amizade com Van de Velde e com a irmã do filósofo alemão Nietzche, cujos conhecimentos influenciaram grande parte de sua obra. Na mesma ocasião pinta o seu "Retrtato Ideal".
Sua primeira crise nervosa ocorreu em 1908. Foi enternado na clínica do Dr. Jacobson, Copenhague, durante oito meses. O diagnóstico foi uma profunda depressão psíquica. Após estar curado passa a pintar obras mais otimistas, começando com um mural para a Universidade de Oslo.
A partir de 1910, Munch passa a viver retirado no campo, primeiro em Ramme, perto de Huitseten, depois fixa-em Sköten, perto de Oslo. 
Em 1912 expõe na cidade de Colônia (Alemanha), onde teve grande apoio e repercussão consagradora. Na famosa exposição Sonderbund de Colônia, que oferecia uma visão de conjunto de tendências mais importantes da arte, Munch teve à sua disposição uma sala individual como homenagem a um dos pintores que mais importância tivera para o desenvolvimento da arte nova.  
Em 1916, em busca de tranqüilidade e novas inspirações,  muda-se para a granja Ekley, em Sköyen, nas proximidades de Oslo.                                                                                 
No periodo da Segunda Guerra Mundial, em 1937, é denunciado pelos nazistas que consideraram seu trabalho como "arte degenerada" e então teve algumas obras confiscadas. 
Com a Noruega sob ocupação alemã, em 1940, se recusa a aceitar um cargo honorífico oficial.
Após executar uma série de auto-retratos, falece solitário em Sköyen no dia 23 de janeiro de 1944.
Edwad Munch é a primeira contribuição da Escandinávia à pintura europoéia. Sua primeira fase se insere na corrente internacional do Naturalismo.
O Expressionismo alemão reconhecia em Munch um de seus legítimos precursores. Uma gravura em cores, "O Grito" é quase a badeira desse movimento. Ele centraliza o rosto do homem como fonte de sons e ondas de cor, que se dilatam concentricamente no ar, espalhando o sentimento trágico da vida e a sensação de catástrofe iminente. Muitas de suas obras isolarão uma só figura num ambiente envolvente. Edward Munch deu à cidade de Oslo todo o seu legado artístico, que se compunha de 1200 pinturas, 7500 desenhos, 18.000 trabalhos gráficos e seis esculturas, além de documentos e escritos, material que se expõe, quase na sua totalidade, no
Museu Munch (Munch Museet) Da Capital norueguesa. 

Em 2 de maio de 2012, sua obra "O Grito" foi leiloada e arrematada pelo valor de U$ 107.000.000 (cento e sete milhões de dolares). O dinheiro, segundo promessa, será investido no museu que leva seu nome.
Nicéas Romeo Zanchett
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